quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Diz o PCP em nota divulgada pelo seu Comité Central.- Que "Ano novo, velhos problemas"


Em 3 de Janeiro em nota divulgada pelo seu CC diz o PCP que :"As subidas de preços de bens e serviços essenciais que têm nos últimos dias vindo a ser anunciadas, nomeadamente no que se refere à electricidade, aos combustíveis, às portagens, às comunicações e aos transportes públicos - aumentos que serão projectados em cadeia nos preços de outros bens essenciais, nomeadamente na alimentação - constituem para o PCP motivo de preocupação e discordância. Na verdade, o peso crescente destas despesas nos orçamentos familiares, como o último inquérito às despesas das famílias demonstram, irá absorver uma parte significativa da reposição do rendimento dos trabalhadores e dos reformados e pensionistas iniciada em 2016, impedindo e limitando desta forma a melhoria das condições de vida da nossa população."

Diz ainda:"Não é possível ignorar as consequências destes aumentos... E muito menos ignorando que estes aumentos conduzirão à acumulação dos lucros de algumas grandes empresas como acontece nos sectores da energia, dos combustíveis e das telecomunicações"


Depois de ter aprovado, conjuntamente com o BE e o PS os orçamentos capitalistas do Estado para 2016-2017, que previam todos estes aumentos de "bens e serviços essenciais" e novos impostos, que reduzem a zero a devolução de algum rendimento económico feito pelo governo capitalista PS, e que tais "aumentos conduzirão à acumulação dos lucros de algumas grandes empresas,como acontece nos sectores da energia, dos combustíveis e das telecomunicações" vem agora o PCP lamentar tal situação quando tem enormes responsabilidades não só nisso, como no de criar ilusões acerca das diferenças das politicas capitalistas do governo PS, com as do governo anterior PSD/CDS, bem com o travão que têm constituído ao desenvolvimento da luta social contra tal politica reacionária.

Assim entendemos que só por demagogia e pela evolução das pressões e contradições internas e pelo aproximar das eleições autárquicas a clique social-democrata dominante no PCP, pode agora avançar com esta posição,já que ainda há muito pouco tempo atrás, precisamente no seu XX Cong. fez aprovar a continuação do seu apoio ao governo capitalista PS, embora para "inglês ver" ou mandar "serradura para os olhos dos trabalhadores e do povo" as tenha considerado a suas politicas sociais "insuficientes" mas ainda assim bastante positivas, quando na verdade, tanto no O.E. de 2016, bem como no de 2017 a situação da classe trabalhadora e de amplas camadas populares pobres se continua a degradar a cada passo diariamente. Basta observar os dois milhões  e meio de pessoas que vivem abaixo do chamado limite de pobreza, a passar fome, bem como os milhares de jovens que todos os anos  continuam  a ter que emigrar.


Apelamos aos seus militantes, bem como aos do BE, à classe trabalhadora em geral para que se oponham a tais aumentos e que exigem aos seus orgãos representativos, sindicatos e comissões de trabalhadores, (já que eles por sua livre iniciativa não o querem fazer) que rompam com o estado de paz social que tem vindo a impôr aos trabalhadores, numa clara demonstração de apoio à politica capitalista e ao "acordo" de pacto social realizado entre o BE e o PCP com o governo  PS, a mobilizar e a convocar novas formas de luta até  o fazer recuar nas suas pretensões politicas anti-laborais e sociais e de recuperação capitalista.


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