Mas há muitos mais moldavos a viver na Rússia do que na UE, quase 40%, dos quais apenas 5% puderam votar.
Editorial 22 de outubro de 2024.
Num exercício carateristicamente descarado, Bruxelas denunciou a "interferência e intimidação sem precedentes" da Rússia no referendo de adesão da Moldávia à UE.
Na realidade, o referendo de domingo foi manipulado, mas ao contrário: para promover a adesão à UE como prelúdio da anexação do país pela Roménia.
O governo fechou todos os canais de televisão da oposição, proibiu vários partidos e até pressionou Durov, o proprietário do Telegram, a censurar os canais de parte da oposição.
A votação foi muito renhida: 50,4 por cento a favor da entrada contra 49,6 por cento contra. Em termos absolutos, a diferença é de cerca de dois ou três mil votos.
Nenhum dos lados assumiu a liderança até ao último minuto, quando foram somados os 180.000 votos dos moldavos que vivem na União Europeia. Noventa por cento deles votaram "sim".
Mas há muitos mais moldavos a viver na Rússia do que na UE, quase 40%, dos quais apenas 5% puderam votar. A maioria não pôde votar porque o governo moldavo abriu apenas duas secções de voto em Moscovo para 400.000 cidadãos moldavos que vivem na Rússia, em vez das 17 anteriores.
Em contrapartida, foram abertas 60 mesas de voto em Itália, 26 na Alemanha, 20 em França, 17 no Reino Unido, 16 na Roménia, 16 nos Estados Unidos, 11 em Espanha, 10 na Irlanda e 6 em Portugal.
A Moldávia está a ser lenta e pacientemente absorvida pela Roménia. A maioria dos altos funcionários da Moldávia são cidadãos romenos, algo que seria inaceitável em qualquer país do mundo.
O Chefe de Estado, o Presidente do Parlamento, o Primeiro-Ministro, o Ministro dos Negócios Estrangeiros, a grande maioria dos ministros e deputados do partido no poder, a maior parte dos cargos de chefes de ministros de Estado, os membros do Tribunal Constitucional, o chefe dos serviços secretos... são romenos.
Para que a Roménia possa absorver a Moldávia, deve primeiro aderir à União Europeia, que é o passo preliminar que deram no domingo com a fraude eleitoral.
Via: "mpr21.info"
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