Tal situação não existe apenas em França, mas em todo o mundo e com situações bem piores, o que não deixa de ser bem demonstrativo que o sistema económico capitalista não só não resolve os problemas sociais da humanidade, como os agrava constantemente. No caso português tal situação representa 48%, práticamente metade da população, como o tem revelado os inquéritos realizados por vários Observatórios Nacionais
Quase 11 milhões de pessoas passam fome na França
Na terça-feira, a associação das Famílias Rurais publicou um estudo (*) sobre o poder de compra dos franceses e a insegurança alimentar. As conclusões são devastadoras: na alimentação a inflação é de 12 por cento e há quase 11 milhões do que é classificado como “precariedade alimentar”, para não falar das pessoas famintas.
Os preços de alguns produtos alimentares dispararam: 40,6% para as cenouras, 23,2% para o leite semidesnatado e 20,4% para o arroz.
Como seria de esperar, a situação é ainda mais preocupante nos enclaves coloniais estrangeiros, com uma inflação equivalente em produtos até duas vezes mais caros e um rendimento médio 20% mais baixo em Guadalupe e 33% mais baixo na Reunião. Finalmente, em Maiote, o rendimento é até seis vezes inferior ao da França continental.
No ano passado, um em cada dois franceses deixou de comer ou de se aquecer por falta de meios. Nos hospitais, aumentam as internações de centenas de milhares de pacientes. Todos os anos são gastos 20 mil milhões de euros para tratar patologias que podem ser prevenidas com uma melhor nutrição.
As Famílias Rurais, associação membro da União Nacional das Associações Familiares, recomenda no seu relatório um “plano alimentar” para França, estabelecendo um subsídio alimentar mensal que abrangeria produtos bons para a saúde e destinados a todos os consumidores sem condições de rendimento.
Enquanto isso, Macron gasta o dinheiro no envio de armas para a Ucrânia.
(*) https://www.famillesrurales.org/observatoire-prix-grande-consommation-2023
Agora o resultado esta ai. A vida rural a tomar posição de força. Com estas politicas neoliberais o resultado já não esgana toda a gente. O mundo do trabalho tem que exigir os seus verdadeiros direitos.
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