sábado, 30 de outubro de 2021

Não foi apenas o governo que respondeu abaixo das necessidades da classe trabalhadora e do povo, mas também os "parceiros"!

Depois do Portugal 2020 ter dirigido Sete mil milhões de euros às empresas, o Portugal 2030  destinar outros 6,7 mil milhões e o PRR 5,5 mil milhões até 2030, o Orçamento de Estado agora rejeitado previa novos milhares de milhões de investimento público e em apoios privados, que como o 1º Ministro A.Costa e o ministro da economia Siza Vieira, fizeram questão de salientar, tratava-se, como tratará o próximo Orçamento de investimentos para a recuperação e desenvolvimento económico das empresas privadas, ou seja ajudar a classe capitalista a ultrapassar a perda de competitividade e a retoma normal dos seus lucros. 

Mas os partidos mais à direita, querem ainda muito mais, por isso votaram contra por três motivos segundo a nossa opinião:

1º Porque achavam OE insuficiente, (querem muito mais), e sem estratégia como se eles a tivessem e não estivessem  dependentes e submissos às imposições imperialistas da UE/BCE/FMI, tal como o PS. 

Entusiasmados com alguma recuperação eleitoral, nas eleições autárquicas e dado que os apoios às empresas privadas estão garantidos até 2030  e muito pouco ou mesmo nada ter a perder, acharam que tinha chegado o momento de assaltar o poder e as verbas destinadas ao PRR.

Porque estão contra as ninharias sociais que a UE tem autorizado o governo PS a conceder durante os últimos 6 anos, para que os Orçamentos capitalistas possam ser aprovados e  garantir a Paz Social à sua aplicação - Foi interessante observar a demagogia e o salivar dos seus deputados, que tanto diabolizavam que o Orçamento  não respondia aos graves problemas salariais, sociais e ao investimento público necessário,  como ao mesmo tempo pediam os encargos financeiros do custo  dessas medidas sociais de "mercearia" como lhe chamaram, revelando mais uma vez o ódio que destilam e o grau de exploração a que querem continuar a submeter  e sujeitar o povo e a classe trabalhadora.

 Não é apenas este OE, que não responde minimamente à situação social de pobreza, mas todos os Orçamentos capitalistas que desde à seis anos aprovaram em nome da esquerda

 Concordamos com todas as denúncias que estiveram na base do voto reprovável do PCP e do BE entre os quais o investimento na saúde e na educação e outros.

Como concordamos que não responde à revogação  da caducidade da Contratação Colectiva de Trabalho, como achamos que  devia de ter sido exigido desde o primeiro dia, do 1º governo PS,  conjuntamente com toda a devolução de todos os direitos laborais  assaltados desde o 25 de Novembro de 1975 e não apenas os do tempo da governação PSD/CDS/ troika.

Não é apenas o governo que responde abaixo das necessidades da classe trabalhadora, mas também os "parceiros".

Basta recordar que no ano passado o BE fazia questão em respeitar o acordado  com o governo quanto ao aumento do salário minimo para 635 euros e de 750  até ao fim da legislatura,  enquanto que o PCP que já nessa altura defendia os 850 acabou por aceitar os 635 euros. Sobre o aumento das reformas que se queixam e com razão, que continuam abaixo do salário minimo nacional e até grande parte mesmo abaixo do limite de pobreza, recordamos que a proposta de 10 euros, (30 centimos por dia) foi  iniciativa sua e apoiada pelo BE, que desde o governo anterior até aos dias de hoje vem sendo implementada reivindicada e considerada conjuntamente com outros pequenos retornos salariais e sociais   como  avanços importantes pelos seus dirigentes, quando no minimo, deviam  exigir um salário minimo nacional actualizado bem como aproximação das reformas ao mesmo, afim de  repôr toda a desvalorização e congelamento sofrido desde a ofensiva capitalista iniciada em 25 de Novembro de 1975.  
Denunciamos ainda o facto de se denunciar apenas  os grandes apoios financeiros previstos dar ao grande capital, não por ser o povo a ter que os pagar, mas porque o pequeno e o médio capital não serem tidos mais em conta, o que prova em certa medida, que verdadeiros interesses defendem  os "parceiros".

"O PS só não governa se não quiser"

Não foi própriamente a vontade de "O PS só não governa se não quiser" que orientou a posição politica do PCP e mais tarde do BE, mas sim  as supostas vantagens eleitorais que pensaram poder tirar, na medida em que achavam possível fazer virar o PS à "esquerda",só que a coisa correu mal. O PS não só não virou à "esquerda", como continuou a manter-se fiel aos interesses e às imposições da burguesia imperialista da UE e nacional, deixando cair aqui e acolá algumas "ninharias" da mesa do Orçamento capitalista que os contentasse e o ajudassem não só a manter o poder, como a reforça-lo, enquanto os seus parceiros guinaram ainda mais à direita e averbavam a cada acto eleitoral maiores perdas de influência, de  deputados e Cãmaras Municipais.  

Mas  não satifeitos com tais derrotas, como reação à ressaca dos acontecimentos e na tentativa de evitar sofrer o menos de danos possíveis por todo o seu oportunismo, já anunciaram a sua disponibilidade para novos compromissos caso o governo PS decida apresentar novo OGE ou mesmo numa próxima nova legislatura.

Esperemos que os seus militantes reflitam em tal politica oportunista anti-operária e que ajudem a reconstruir  uma alternativa revolucionária que há muito é necessária para poder resistir à ofensiva capitalista e servir os interesses de emancipação da classe trabalhadora.

A Chispa!

29/10/2021 

 


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