A classe burguesa desde o início dos sindicatos que tenta
restringir a sua acção e controlar o seu funcionamento dentro dos limites da
lógica da sua política burguesa, de forma a fazer deles inofensivos para o
domínio burguês. Muitas teorias, baseadas nessas lógica, têm surgido sobre o
papel, a orientação e missão dos sindicatos.
Os sindicatos têm de ser massivos, abertos e democráticos, para
constituir um centro multiforme de actividades e simultaneamente educar
militantemente a nova geração da classe operária. A missão de todos os
sindicatos operários é reunir nas suas fileiras todos os trabalhadores do
sector de que é responsável, seja qual for a cor, etnia, nacionalidade, crenças
políticas ou religiosas desses trabalhadores. Para defender os interesses dos
seus membros contra os patrões e a sua classe burguesa. Para educar os
trabalhadores no espírito da luta com orientação de classe e para liderá-los
nas lutas de classes contra os capitalistas até à vitória final do
proletariado. Para educá-los no espírito internacionalista da solidariedade
operária.
Os sindicatos, de forma a alcançar a activação dos seus membros
e de todos os trabalhadores do seu sector, precisam de convencer-los com a sua
postura de firmeza inabalável e orientação de classe que luta pelos seus
interesses.
Precisam de ser reconhecidos pelas suas lutas contra os patrões.
A liderança do Sindicato tem de estar numa relação próxima com os
trabalhadores.
Para conhecer os seus problemas. Para aprender e confrontar sem
demora qualquer problema que surja a cada dia e a cada momento em todas as
fábricas e postos de trabalho.
Para confrontar imediatamente o comportamento dos patrões, como
as suas violações e ataques aos direitos dos trabalhadores, os despedimentos e
as condições de trabalho.
O sindicato tem de prontamente tratar destes assuntos para
organizar e mobilizar os trabalhadores. Desta forma o sindicato ganha a
confiança dos trabalhadores, leva os trabalhadores a aproximarem-se uns dos
outros, torna-se massivo, dinâmico e mobiliza os trabalhadores nas suas
fileiras.
A tarefa de educar os trabalhadores é uma obrigação muito séria
dos sindicatos para o desenvolvimento da sua consciência de classe e para o
conhecimento dos seus direitos. Os sindicatos têm de dar seriamente atenção às
mulheres e aos jovens. Os Sindicatos têm de trabalhar nos assuntos particulares
que dizem respeito aos jovens e às mulheres. Não apenas para fazer listas de
reivindicações mas também para implementar estes assuntos na dia-a-dia de
trabalho do sindicato. Os sindicatos têm de trabalhar também para responder aos
problemas dos desempregados, para ajudá-los e para organizar comités para que
os desempregados possam organizar-se nos sindicatos ou nos bairros. Os
desempregados têm de estar ligados às lutas dos trabalhadores.
Eles não podem perder contacto com o seu sector e com as
reivindicações da classe trabalhadora. As reivindicações e os alvos da luta
mudam em diferentes períodos. Em todos os casos, contudo, as reivindicações e
alvos da luta têm de inspirar os trabalhadores.
As reivindicações e alvos da luta têm de dar a perspectiva que a
luta tem de ter. Isso significa que a luta não pode manter-se apenas no nível
económico e na restrição da exploração, mas também lutar pela sua abolição.
Fonte: PAME – Livro da PAME
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