"A CHISPA !" subescreve a posição de "Classe contra Classe !" desejando à luta dos enfermeiros, os maiores êxitos e que ela se transforme num enorme exemplo para todos os trabalhadores.
Os funcionários públicos e em particular os enfermeiros, têm utilizado o recente "acordo de princípios" entre o Governo/ME e Direcções Sindicais como uma vitória da luta dos professores, e a ser seguido como um exemplo pela a classe dos enfermeiros, quando de facto este "acordo" não só não garantiu os direitos conquistados, como se trata de um RETROCESSO em relação à legislação anterior.
O principal objectivo do governo foi conseguido, ou seja, garantir a eliminação das PROMOÇÕES AUTOMÁTICAS e promover o bloqueamento do acesso ao topo da carreira a dois terços da classe docente, impondo o sistema de quotas, a avaliação de dois em dois anos, etc., etc. Estas são as questões principais que motivaram a luta dos professores, que decorreu durante quatro anos, e que o dito "acordo" não garante, mantendo-se no essencial o articulado proposto pelo GOVERNO/MLR (Maria de Lurdes Rodrigues) que, agora a ser aplicado, irá contribuir para uma maior concorrência e divisão entre os professores. E esta a concretizar-se será a maior vitória de Sócrates/MLR (Isabel Alçada pouco conta, limitou-se a seguir o programa do Governo, ou seja, o da sua antecessora).
Assim, tendo precisamente esta luta como referência, somos de opinião que a classe dos enfermeiros se deve mobilizar para levar a sua justa luta em frente até conseguir no essencial os seus objectivos principais, participando em massa na greve anunciada e na manifestação de 29 de Janeiro, mantendo-se no entanto vigilantes em relação às Direcções Sindicais, durante o processo negocial.
As indicações de paralização do movimento do processo reivindicativo durante os três períodos eleitorais e a satisfação com que receberam a noticia de que Ana Jorge seria de novo a ministra da Saúde, quando esta tem tido um comportamento igual a Maria de Lurdes Rodrigues, ou seja, reduzir os gastos com a Saúde e também com as remunerações dos seus funcionários, tratando os enfermeiros licenciados como uma classe inferior em relação às outras classes licenciadas, em particular à dos médicos, é um sinal bem claro de que, a qualquer momento, os enfermeiros poderão não ver as suas reivindicações satisfeitas. Ou serem reduzidas a uns quaisquer paliativos que possam cair da mesa "negocial", como aconteceu na realidade com os professores.
Neste sentido, era de todo importante que surgissem nos hospitais, nos centros de saúde e outros estabelecimentos, comissões ou movimentos que agrupem em torno de si todos os enfermeiros sindicalizados ou não, que não só mobilizem toda a classe, mas que garantam informação contínua e atempada e que denunciem qualquer possibilidade de acordo que não garanta os interesses da classe.
Por fim entende-mos que a vossa luta, deve-se realizar junto aos locais de trabalho e durante esses períodos de greve, discutir-se a importância de se pôr cobro à actual divisão e unificar os sindicatos porque esta só serve os governos capitalistas e os Estabelicimentos de Saúde privados; proceder-se a uma sindicalização massiva, tendo como primeiro objectivo, a DISTITUIÇÃO das Direcções Sindicais, caso TRAIAM o actual processo de luta, garantindo de imediato a eleição de novas Direcções merecedoras da inteira confiança da classe. No entanto, mantendo sempre a vigilância...
"Classe contra Classe!" envia-vos saudações e deseja que a vossa luta se transforme num grande êxito para a classe dos enfermeiros, mas também um exemplo a seguir pelos trabalhadores portugueses na sua luta contra as politicas capitalistas, reaccionárias e anti-sociais do II governo P"S"/Sócrates.
Por um sindicalismo combativo e anti-capitalista !
Viva a justa luta dos enfermeiros !
Abaixo a politica reaccionária e anti-social do II governo capitalista do P"S"/Sócrates !
"classecontraclasse.blogspot.com"
"Classe contra Classe !"
Desde há muito tempo que não se assistia no movimento sindical tanta determinação na luta e tanta confiança na vitória. Esta luta com o aparecimento de novos represetantes dos trabalhadores é reveladora de que o espírito de negociata nos bastidores está a dar os últimos suspiros e que uma nova corrente sindical pode emergir com outro espírito de combatate e de vitória. Até o governo está a ser obrigado a reconhecer o seu fracasso nas negociações.
ResponderEliminarCaro Anónimo
ResponderEliminarGostariamos de concordar com a sua opinião,pois era sinal que a situação no movimento sindical,se tinha modificado para melhor,mas infelizmente não é isso que contastamos.As Direcções Sindicais continuam agarradas à sua prática anterior,ou seja, convocam manifestações de tempos em tempos, as greves são convocadas, mais para exigir-se negociações do que própriamente para exigir as reivindicações dos trabalhadores,veja os casos dos professores, que depois de várias jornadas de luta enpolgantes,com a classe docente ganha e mobilizada práticamente a 100% para novas e mais radicais formas de luta,e num quadro parlamentar e governativo mais favorável,as Direcções Sindicais acabaram por assinar um documento,com o governo,que representa um retrocesso em relação à anterior legislação. Nos enfermeiros as Direcções Sindicais não só se congratularam com a manutenção da Ministra (o que de certa forma não deixa de ser o mesmo em relação ao governo)como já tinha negociado a divisão da classe dos enfermeiros em duas categorias, recentemente assinaram um acordo com as administrações dos centros de saúde privados, onde os enfermeiros iniciam a sua actividade com um salário de 900euros,muito abaixo do que estão a exigir no público,que em termos práticos cria dois acordos colectivos para uma mesma classe.A última greve desta classe de quatro dias,teve menos efeitos negativos para o governo que a greve anterior,por ser espartilhada por vários horários,quando aqui também se verifica uma grande mobilização e possibilidades de encostar o governo a parede com acções mais radicais. Na função pública,as Direcções Sindicais durante todo este espaço de tempo que decorreu da discussão do O.E. e do PEC,convocaram uma manisfestação em 4 de Fevereiro e uma greve em 5 de Março,preparando-se agora para fazer uma nova acção nacional apenas para o fim de Maio,o que quer dizer que o governo irá ter todo o tempo do mundo para aplicar as suas politicas reacçionárias já amplamente anunciadas.
Quanto ao sector privado da economia, as Direcções Sindicais têm limitado a exigir pequenas reivindicações e formas de luta ainda mais pequenas,com a agravante de não ligarem estas a luta mais geral,como por exemplo a luta contra o código do trabalho e pela exigência da redução do horário de trabalho,etc.etc.
De facto têm aparecido novos elementos a nivel sindical, mas os hábitos politicos e sindicais anteriores mantêm-se, as "negociatas" continuarão a ser a exigência principal destas Direcções, e muito menos o governo foi obrigado a "reconhecer" o fracasso das "negociações",quando sabe de antemão que toda a sua politica terá que passar por aí.
No entanto gostariamos que nos apresenta-se casos concretos onde essas situções, que o levaram a formular a sua opinião, existiram.
Um abraço e comente mais
A CHISPA!