Comunicado enviado a'OS BÁRBAROS por um grupo de enfermeiros/as dos Hospitais da Universidade de Coimbra:
Os professores recusaram a carreira dividida em duas categorias, agora preparam-se para a luta porque estão frontalmente contra a existência de quotas para ingresso em escalões mais elevados, no entanto, nós enfermeiros, ou melhor, os nossos representantes sindicais aceitaram para nós tudo isso que os professores recusaram!
Talvez não seja elegante estarmos a comparar-nos com a classe dos professores, mas o facto é que somos todos licenciados e os sindicatos de ambos os sectores possuem cores semelhantes, onde estará então o erro se nós temos até uma actividade socialmente de maior impacto? O que aconteceria se nós, enfermeiros, parássemos totalmente? O facto das sucessivas marcações e desmarcações de reuniões serem sempre de iniciativa da ministra da Saúde, onde nada se decide e tudo se engonha, revela bem em que consideração o governo tem os nossos representantes sindicais e o papel que estes, ao que parece, estão dispostos a desempenhar.
Basta fazer um pequeno balanço:
- Dia 21 de Setembro, pouco tempo antes das eleições do dia 27 e já com a “nova” carreira aprovada, a ministra mantém a proposta inicial de “estrutura da grelha salarial” e adia qualquer decisão para depois das eleições. E marca nova reunião para 15 de Outubro. Os sindicatos saem da reunião mudos e quedos quanto a formas de pressão;
- Dia 15 de Outubro, a ministra da Saúde adia a reunião “sem justificação”, segundo palavras dos dirigentes sindicais, e com a indicação de que será “agendada oportunamente”. Reacção dos dirigentes sindicais: o SEP e o SERAM fazem um comunicado à imprensa!
- O Governo não só não liga peva aos dirigentes sindicais como não abre concurso para os 1600 enfermeiros, como tinha prometido e perante a satisfação dos ditos dirigentes, deixando de lado mais de mil enfermeiros.
- Entretanto, o SEP e a Ordem dos Enfermeiros regozijam-se com a manutenção da ministra no novo governo (subsequentemente com a vitória do PS, argumentos: a continuidade do processo negocial!).
- A ministra marca reunião para o dia 26 de Novembro, mas com a condição dos dirigentes sindicais desconvocarem a vigilia que tinham marcado para esse mesmo dia à porta do Ministério, o que é feito de imediato. Como resultado de tanta obediência, a ministra nada adiantou e marca nova reunião para o próximo dia 9 de Dezembro.Os dirigentes sindicais aceitam, outra coisa não seria de esperar, e, talvez para não serem acusados de que saíam com o rabo entre as pernas, marcam “nova vigília” para início (?) de Dezembro, caso a ministra “não assuma compromissos” – coisa que nada tem custado à ministra já que não tem cumprido com nenhum dos compromissos assumidos.
- O Sindicato dos Enfermeiros (Norte) e o SIPE (Centro) talvez envergonhados de tanta conciliação, emitem comunicado, dia 3 de Dezembro, “ameaçando” a ministra de que o tempo está a acabar e, caso nada seja decidido, não se responsabilizam pelas formas de luta que a classe dos enfermeiros possam a vir a tomar.
Perante esta triste telenovela de reuniões e não-reuniões entre a ministra da Saúde, a grande maioria dos enfermeiros estão dispostos a ir à luta, discordando frontalmente da estratégia seguida pelos seus representantes que, até hoje, nunca fizeram uma assembleia com os associados para prestar contas das ditas “negociações” ou/e para discussão e aprovação de formas de luta. Tudo tem sido decidido no segredo do gabinete ministerial e o resultado final quase de certeza que não irá agradar, porque fruto de cozinhado feito ao gosto do “chefe de cozinha” José Sócrates.
Os enfermeiros recusam uma carreira que não permita a progressão de todos os enfermeiros ao topo da carreira, recusam rácios de vagas na categoria de enfermeiro principal e não aceitam que as actuais categorias transitem todas para a categoria de enfermeiro.
Os enfermeiros exigem, ainda antes da entrada em vigor da nova grelha salarial, o descongelamento dos escalões actuais, com a contagem do tempo remanescente antes da data do referido congelamento – coisa que os dirigentes sindicais têm negligenciado, para não dizer outra coisa pior.
Os enfermeiros exigem uma transição que permita uma melhoria de nível remuneratório, mas de igual modo a progressão até ao topo – recusam que haja enfermeiros de 1ª e enfermeiros de 2ª, bem como recusam o estatuto de licenciados de categoria inferior.
Os enfermeiros exigem que os seus dirigentes sindicais façam de imediato assembleias amplamente participadas e alargadas a sócios e não sócios, de molde a informar detalhadamente toda a classe do estado das negociações, e onde se proceda à discussão e aprovação de formas de luta – a única linguagem que o primeiro-ministro reconhece – de molde a termos uma carreira que dignifique a classe e seja uma mais-valia na prestação de cuidados de saúde ao povo português
Os professores recusaram a carreira dividida em duas categorias, agora preparam-se para a luta porque estão frontalmente contra a existência de quotas para ingresso em escalões mais elevados, no entanto, nós enfermeiros, ou melhor, os nossos representantes sindicais aceitaram para nós tudo isso que os professores recusaram!
Talvez não seja elegante estarmos a comparar-nos com a classe dos professores, mas o facto é que somos todos licenciados e os sindicatos de ambos os sectores possuem cores semelhantes, onde estará então o erro se nós temos até uma actividade socialmente de maior impacto? O que aconteceria se nós, enfermeiros, parássemos totalmente? O facto das sucessivas marcações e desmarcações de reuniões serem sempre de iniciativa da ministra da Saúde, onde nada se decide e tudo se engonha, revela bem em que consideração o governo tem os nossos representantes sindicais e o papel que estes, ao que parece, estão dispostos a desempenhar.
Basta fazer um pequeno balanço:
- Dia 21 de Setembro, pouco tempo antes das eleições do dia 27 e já com a “nova” carreira aprovada, a ministra mantém a proposta inicial de “estrutura da grelha salarial” e adia qualquer decisão para depois das eleições. E marca nova reunião para 15 de Outubro. Os sindicatos saem da reunião mudos e quedos quanto a formas de pressão;
- Dia 15 de Outubro, a ministra da Saúde adia a reunião “sem justificação”, segundo palavras dos dirigentes sindicais, e com a indicação de que será “agendada oportunamente”. Reacção dos dirigentes sindicais: o SEP e o SERAM fazem um comunicado à imprensa!
- O Governo não só não liga peva aos dirigentes sindicais como não abre concurso para os 1600 enfermeiros, como tinha prometido e perante a satisfação dos ditos dirigentes, deixando de lado mais de mil enfermeiros.
- Entretanto, o SEP e a Ordem dos Enfermeiros regozijam-se com a manutenção da ministra no novo governo (subsequentemente com a vitória do PS, argumentos: a continuidade do processo negocial!).
- A ministra marca reunião para o dia 26 de Novembro, mas com a condição dos dirigentes sindicais desconvocarem a vigilia que tinham marcado para esse mesmo dia à porta do Ministério, o que é feito de imediato. Como resultado de tanta obediência, a ministra nada adiantou e marca nova reunião para o próximo dia 9 de Dezembro.Os dirigentes sindicais aceitam, outra coisa não seria de esperar, e, talvez para não serem acusados de que saíam com o rabo entre as pernas, marcam “nova vigília” para início (?) de Dezembro, caso a ministra “não assuma compromissos” – coisa que nada tem custado à ministra já que não tem cumprido com nenhum dos compromissos assumidos.
- O Sindicato dos Enfermeiros (Norte) e o SIPE (Centro) talvez envergonhados de tanta conciliação, emitem comunicado, dia 3 de Dezembro, “ameaçando” a ministra de que o tempo está a acabar e, caso nada seja decidido, não se responsabilizam pelas formas de luta que a classe dos enfermeiros possam a vir a tomar.
Perante esta triste telenovela de reuniões e não-reuniões entre a ministra da Saúde, a grande maioria dos enfermeiros estão dispostos a ir à luta, discordando frontalmente da estratégia seguida pelos seus representantes que, até hoje, nunca fizeram uma assembleia com os associados para prestar contas das ditas “negociações” ou/e para discussão e aprovação de formas de luta. Tudo tem sido decidido no segredo do gabinete ministerial e o resultado final quase de certeza que não irá agradar, porque fruto de cozinhado feito ao gosto do “chefe de cozinha” José Sócrates.
Os enfermeiros recusam uma carreira que não permita a progressão de todos os enfermeiros ao topo da carreira, recusam rácios de vagas na categoria de enfermeiro principal e não aceitam que as actuais categorias transitem todas para a categoria de enfermeiro.
Os enfermeiros exigem, ainda antes da entrada em vigor da nova grelha salarial, o descongelamento dos escalões actuais, com a contagem do tempo remanescente antes da data do referido congelamento – coisa que os dirigentes sindicais têm negligenciado, para não dizer outra coisa pior.
Os enfermeiros exigem uma transição que permita uma melhoria de nível remuneratório, mas de igual modo a progressão até ao topo – recusam que haja enfermeiros de 1ª e enfermeiros de 2ª, bem como recusam o estatuto de licenciados de categoria inferior.
Os enfermeiros exigem que os seus dirigentes sindicais façam de imediato assembleias amplamente participadas e alargadas a sócios e não sócios, de molde a informar detalhadamente toda a classe do estado das negociações, e onde se proceda à discussão e aprovação de formas de luta – a única linguagem que o primeiro-ministro reconhece – de molde a termos uma carreira que dignifique a classe e seja uma mais-valia na prestação de cuidados de saúde ao povo português
Como devem calcular este governo apenas pretende continuar a politica anterior, não tendo maioria, quer levar as suas investidas como tal.
ResponderEliminarO importante é não baixarmos os braços e lutarmos pela dignificação de cada carreira dos vários organismos público. O mesmo acontece com administração local.
O governador do banco de Portugal vem a terreiro dizer que:
Os aumentos para a Função Pública não deve ser abaixo de 1,5%, ora este senhor, (coitadinho só ganha o ordenado mínimo), quer que nós passemos cada vez mais fome.
Se o tal senhor ganha-se 500€ por mês, logo desejava que chegasse o final do ano para ver se vinha por ai mais um pequenino aumento…
Temos que voltar de novo à rua, lutar pelos nossos direitos conquistados no passado, a luta continua companheiros.
Um bem aja a todos
Eu sou solidário com a vossa nossa luta por vencimentos e direitos mais sociais.
Melo