terça-feira, 5 de dezembro de 2023

EUA declara apoio à retomada do genocídio israelense em Gaza

Palestinos buscam seus filhos sob os escombros em Gaza 
 

“Não apoiamos um cessar-fogo permanente. Apoiamos a ideia de pausas humanitárias”, disse John Kirby em resposta a um jornalista.

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2 de dezembro de 2023

 
 
 
 

 EUA declara apoio à retomada do genocídio israelense em Gaza

Os Estados Unidos assumiram declaradamente o apoio ao genocídio perpetrado por Israel em Gaza horas antes de sua retomada, nesta sexta-feira, dia 1º de dezembro. Coube ao porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby, declarar a adesão ao morticínio.

A cumplicidade na continuidade de um dos maiores crimes de guerra desde o final da Segunda Guerra se deu em uma conferência de imprensa realizada em 30 de novembro, na Casa Branca, poucas horas antes de expirar a trégua temporária acordada entre Israel e o Hamas.

“Não apoiamos um cessar-fogo permanente. Apoiamos a ideia de pausas humanitárias”, disse John Kirby em resposta a um jornalista.

Mas, não ficou só nesta declaração indireta. Kirby, embarcando com os dois pés no pretexto usado pelo governo fascista de Netanyahu para seguir na agressão, acrescentou que Washington só apoia extensões adicionais da pausa humanitária, como a que estava no seu sétimo dia, porque um cessar-fogo permanente deixaria o Hamas como uma ameaça para Israel.

E, deixando ainda mais evidente que os EUA estão por trás das ações de Netanyahu, foi mais longe, garantindo que a Casa Branca apoiará militarmente Israel sempre que decidir retomar a sua ofensiva em Gaza.

“Continuamos a acreditar que Israel tem o direito e a responsabilidade de perseguir o Hamas. Eles disseram muito claramente que, quando estas pausas terminarem, pretendem atacar novamente. Enquanto tomam essa decisão, continuarão a ter o apoio dos Estados Unidos em termos de ferramentas e capacidades, dos sistemas de armas de que necessitam, bem como da assessoria e conhecimentos que podemos oferecer-lhes em termos de guerra urbana“, garantiu Kirby.

ENCENAM PREOCUPAÇÃO COM CIVIS

Posando de respeitador dos direitos humanos, o funcionário falou da ‘preocupação’ dos EUA com o número crescente de vítimas civis palestinas (mais de 15.000), ao mesmo tempo em que endossou aquilo que está se desenhando como a segunda fase do genocídio: o ataque à população que Israel concentrou ao sul da Faixa de Gaza, depois de destruir e despovoar pelo terror a região norte.

Sobre isso, não precisa nem de meia palavra, para entender a direção da agressão na qual EUA embarca isolado enquanto o mundo protesta: “Temos sido muito consistentes e claros com os nossos homólogos israelenses de que não apoiamos um avanço para sul a menos, ou até, que tenham devidamente em conta a proteção da vida humana inocente, da vida civil no sul de Gaza”.

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