Dos 47% da população 33% mesmo trabalhando vive no limiar da pobreza, o restante vive bem abaixo desse limite, com reformas altamente miseráveis depois de uma longa vida de trabalho e de exploração.
Os salários foram desvalorizados pelas constantes crises económicas capitalistas, como pela especulação inflacionista, os direitos laborais e sociais conquistados antes e após o 25 de Abril de 1974, pela classe operária, desde o 25 de Novembro/74 que vem a ser destruídos pelos vários governos da burguesia, ora pela mão do P"S" ou pela do P"SD"/CDS.
Na crise económica e financeira de 2008, o desemprego real atingiu os 22%, milhares de trabalhadores tiveram que recorrer ao subsídio de desemprego e perto de um milhão teve que emigrar, entre os quais milhares de jovens trabalhadores licenciados.
O trabalho precário e extremamente mal pago, paulatinamente até aos dias de hoje expandiu-se para a ordem dos 22%, os governos prometem combatê-lo, mas o que se verifica é uma tendência para o seu crescimento. Quanto aos salários, os custos médios do trabalho hoje representam 16% nos custos de produção, o que quer dizer que os assalariados na riqueza produzida por si sofrem um roubo de 84%
As "estatisticas" encomendadas sobre o emprego vem apresentando números cada vez menores de desemprego, mas tal situação torna-se não só muito duvidosa, quando sectores importantes da economia têm um descréscimo de actividade económica na ordem dos 50% como é caso do turismo, segundo afirmam as suas associações patronais, bem como o "despedimento de mais de um milhão de trabalhadores, na indústria, banca e serviços, em nome das transições “verde” e “digital”. e por outro quando a recuperação económica de 4,8% segundos dados do governo é ainda negativa em face dos 8,5 em que caiu, após 2019.
Dito isto.
As próximas eleições de 30 de janeiro vão ditar qual dos dois principais partidos lacaios da UE, e da burguesia nacional vai governar o país durante quatro anos.
Entre eles, existe pequena diferença, enquanto um está disposto a servir esses interesses burgueses à conta de uma exploração e repressão e cortes sociais, seja em que situação económica for, a outra mais "democrática" até acha que aqui e ali até pode deixar cair alguma migalha desde que os OE sejam concretizados em paz social e os interesses da burguesia não sejam colocados em causa.
Se os aumentos do salário minimo nacional e das pensões durante os ultimos seis anos manteve grande parte dos 47% da população no limite de pobreza ou mesmo muito abaixo, a nova especulação inflacionista em curso, não só vai agravar tal situação, como vai desvalorizar os novos miseráveis aumentos.
Daí que não baste escolher de entre os partidos da burguesia o P"S" ou o P"S"D o mal menor, como também não basta esperar que qualquer possível acordo parlamentar, ou acordos em sede de Concertação Social vá mais longe que as migalhas que cairão em função da aprovação dos anteriores OE favoráveis aos interesses da UE e da burguesia nacional. Daí que seja necessário que em cada local de trabalho e escolar se forme Comités de Luta e se levante a RESISTÊNCIA em torno dos interesses económicos e sociais imediatos e de emancipação dos trabalhadores a todas as ofensivas politcas capitalistas que estão em curso e em preparação.
Contra a miséria e a exploração capitalista!
Viva a classe operária e todos os trabalhadores!
Vamos à luta!
A Chispa!
26/1/2022
Claramente um apelo ao voto naquilo que "A Chispa" diz ser oportunismo. Já não estou "nem aí" para considerar os partidos que se dizem à esquerda do PS.
ResponderEliminarAcha então o LF que é um "apelo ao voto naquilo que a A Chispa diz ser oportunismo" A Chispa! pensa que o apelo que faz é no sentido de que não basta o voto útil, nem os "acordos parlamentares" ou em "concertação Social" mas concentrar a luta operária e popular nos locais de trabalho em torno dos interesses economicos e sociais imediatos e futuros.
ResponderEliminarNão se trata de não bastar o voto. O voto neste momento é inútil. Não existe partido bolchevique para apoiar. É isso que a mensagem de "AChispa" não expressa claramente.
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