domingo, 14 de novembro de 2021

A mão-de-obra existe, os trabalhadores recusam-se é a trabalhar com salários miseráveis e sem direitos!

Falta de mão de obra é desculpa, o que os industriais da hotelaria pretendem é uma mão de obra mais barata e ainda mais dócil e sem qualquer poder reivindicativo, que lhes dê maiores ganhos de competitividade e de lucros há semelhança do que se passa em Odemira e em outras explorações agricolas

 Trabalhadores da hotelaria e turismo participam numa acção de protesto convocada pela Fesaht/CGTP-IN para exigir melhores salários e horários para o sector, no exterior do local onde decorre o 32.º Congresso da Hotelaria e Turismo.

 A Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) prevê ter de recorrer a trabalhadores das Filipinas ou Cabo Verde para suprir as necessidades do sector. 

O objectivo,  já está a ser discutido com o governo, como já obteve como era de esperar a concordância antecipada do sempre prestável  e próximo aos interesses do patronato da Hotelaria, o ministro da economia Siza Vieira, na medida em que nunca lhes faltou com altos apoios financeiros exigidos pela Associação de Hotelaria de Portugal  no qual a sua esposa, Cristina Siza Vieira é presidente executiva.  «é criar fluxos de importação de mão-de-obra com países específicos, desde logo com os que formam a CPLP». E desta forma  o patronato hoteleiro e da restauração poder continuar a manter a sua estratégia de obtenção máxima de lucros na base do: salário mínimo, horários desregulados, recurso a estagiários e trabalho temporário. 

A Federação dos Sindicatos de Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal (Fesaht/CGTP-IN), denuncia a situação laboral trágica em que os trabalhadores dos hotéis e outros alojamentos  turísticos trabalham. «Mais de 80% destes funcionários recebem apenas o salário mínimo nacional», como muitas dessas empresas, entre as quais o grupo Pestana, «continuam com os salários em atraso ou a não pagar pontualmente.

A mão-de-obra  existe, os trabalhadores recusam-se é a trabalhar com salários miseráveis e sem que vários direitos, «designadamente prémios de línguas, de produtividade, de assiduidade, complementos salariais e subsídios de transporte», que os patrões retiraram no início da pandemia, ainda não foram repostos. Bem como exigem: 

«Aumento salarial mínimo de 90 euros para todos os trabalhadores»

«integração, nos quadros, de todos os trabalhadores despedidos», «horários estáveis» 

«proibição do trabalho temporário, de prestadores de serviços e de estagiários ocuparem postos de trabalho permanentes».

Na medida em que tal ofensiva capitalista foi  implementada no sector agrícola e agora a querer impôr-se na industria hoteleira e na restauração, que não haja  dúvidas  que tenderá a projectar-se a outros sectores industriais e comerciais, daí que alertemos para a importância de se continuar a mobilizar e a elevar a consciência dos trabalhadores para formas de luta que lhes permita defender os seus interesses e direitos  bem como a preparar o terreno a novas conquistas laborais.

 

 

1 comentário:

  1. Agora , só aguardo que esta luta e determinação, seja levada até ao fim...
    A luta é dura, mas não devemos vergar!
    Muita Força!

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