sábado, 2 de maio de 2020

A "recuperação económica que é necessário fazer"?

Em face da exigência ao governo por parte das associações patronais para que se alivie as medidas de confinamento, para que as empresas possam retomar a actividade sem que para isso haja um parecer cientifico que demonstre que é possível fazê-lo em segurança sanitária para os trabalhadores, A Chispa! até acha que a concentração do 1º de Maio até podia e devia ser muito maior, caso a direcção da CGTP não levasse  as regras impostas pelo governo capitalista bem mais para lá do que era exigido ...

Quanto ao discurso, é justo que se denuncie os ataques que vem sendo feitos aos direitos sociais e laborais, e ao salário, como mesmo o pouco apoio social ou até a falta dele a muitos milhares de trabalhadores, enquanto por outro se atribui apoios na ordem  dos milhares de milhões de euros, no qual muitos milhões a fundo perdido, às empresas capitalistas

No entanto não deixamos de criticar a direcção da CGTP por continuar a insistir no velho discurso de colaboração e conciliação de classe com o poder burguês capitalista, em vez de optar por um discurso e por uma prática anti-capitalista, que eleve a consciência de classe ao proletariado, e o mobililize contra a actual situação social e anti-laboral de miséria crescente, de desemprego e de exclusão social e ao invés disso venha considerar que tal situação não apenas prejudica os trabalhadores, como a própria "recuperação económica que é necessário fazer" ou seja, recuperação essa que não é, nem mais nem menos, do que a recuperação dos lucros capitalistas.

Sendo esta orientação politica sindical a questão central do discurso, ela é  extremamente perigosa para os trabalhadores, na medida em que em nosso nosso entender ela, vai fazer depender a resposta e a resistência a dar à nova ofensiva capitalista em curso.  Assim sendo apelamos a todos os trabalhadores aos militantes sindicais e outros, aos jovens e às mulheres trabalhadoras a estar vigilantes e a lutar contra tal orientação politica sindical, na medida em que  está contra os nossos interesses de classe.
Não à conciliação de classe!
Não ao desemprego e à degradação dos salários !

Redução dos horários de trabalho, trabalho para todos!

O caminho a percorrer só pode ser um, o caminho da luta pela defesa dos nossos direitos e da nossa emancipação do jugo capitalista!

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