quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Comunicado de imprensa do secretariado da Iniciativa Comunista Europeia, sobre o encontro dos lideres dos governos capitalistas do sul da UE.


A esperança está na luta dos povos pela derrocada da barbárie capitalista. 

A " Iniciativa Comunista Europeia" faz uma importante intervenção em relação ao próximo encontro dos lideres dos Estados do chamado "Sul Europeu" a realizar a 9 de Setembro em Atenas e organizado pelo governo grego.

 A "Iniciativa Comunista Europeia" destaca no comunicado do seu Secretariado que os organizadores deste Encontro pretendem utiliza-lo para reforçar falsas ilusões entre os povos da Europa a respeito de uma "Aliança do Sul" que supostamente poderá por um "fim à austeridade" e chama os povos a fortalecer a sua luta para derrotar a politica antipopular, da UE e do sistema capitalista que estão servindo.

Continuando a denúncia de tal evento o comunicado do Secretariado da "Iniciativa Comunista Europeia diz o seguinte:
A 9 de Setembro, por iniciativa do governo grego SYRIZA/ANEL e dos novos memorandos e de dezenas de medidas anti-populares, se levou a cabo em Atenas uma Conferência dos lideres dos países mediterrâneos da UE, sobre os acontecimentos ocorridos na UE em relação aos refugiados, aos imigrantes e ao chamado "desenvolvimento." 
  Esta iniciativa decorreu uns dias a trás  à reunião entre a velha e a "nova" social-democracia em Paris.
Estas duas iniciativas, igual a outras similares, têm como "denominador comum" o objectivo de fomentar falsas esperanças entre os povos, de que o sistema capitalista e sua construção interestatal reacionária no continente europeu, ou seja na UE, pode melhorar e "humanizar-se". Tratam de convencer o povo que uma diferente correlação no centro da Europa a favor do "Sul" e a expensas do "Norte" ou a favor da social-democracia e contra os liberais trará o "fim da austeridade", a "igualdade", a "solidariedade", o "desnvolvimento" na  União Europeia.
Sem dúvida, os povos da Europa têm a experiência desde há décadas que a UE e cada tipo de governos burgueses ( tanto liberais como social-democratas) têm como objectivo o apoio à rentabilidade do capital e sua recuperação através da agudização das suas politicas  anti-populares. O desenvolvimento que prometem, não há sido, nem pode ser "justo", já que se baseia na destruição dos direitos laborais e  na intensificação da exploração. 
Os trabalhadores com  base na sua experiência confirmam os antagonismos entre os centros imperialistas e os países capitalistas (do Sul e do Norte, com governos social-democratas e liberais)  intensificam as guerras e as intervenções imperialistas, criam novos tormentos, persecuções e convertem as pessoas em refugiados. 
Os povos podem compreender que mecanismos como o ISIS e sua actividade repugnante, financiada e apoiada pelos EUA, a NATO, a UE e seus aliados em toda a região do Médio Oriente, são o protesto para a intensificação das medidas de repressão promovidas pela UE e seus governos. 
Hoje em dia o resultado do referendo britânico a respeito da sua saída da UE há trazido à superficie as contradições entre os diversos centros imperialistas a quanto ao futuro e à perspectiva da UE. Um assunto principal e controverso no seio da zona euro e da UE está sendo a formula  da gestão burguesa, entre a estabilidade fiscal e a monitorização dos Estados membros pelos mecanismos da UE por um lado e por outro o relaxamento do ajustamento orçamental para libertar fundos para apoiar monopólios estatais.

Esta controvérsia é estranho para os interesses do povo, pois em ambos os casos a classe trabalhadora e as camadas populares sai  a perder, já que a condição prévia é a intensificação da ofensiva anti-popular.

Os governos da velha e nova social-democracia na Europa utilizam de maneira enganosa o slogan "não à austeridade". Este slogan não tem que ver com o travar ou reverter as medidas anti-operárias barbáras, ou aliviar o povo. Ao contrário, tem que ver com o apoio que está a ser dado aos grupos empresariais com mais dinheiro quente.

Isso também é demonstrado pelo facto de que esses governos, tal como os liberais promovem novas medidas anti-operárias barbaras na Grécia, em França, em Itália, em Portugal, em Espanha e no Chipre, afim de salvar os fundos em nome do grande capital.

Por muitas reuniões e cimeiras a ter lugar entre os "lideres dos países do Sul"; por muitas grandes palavras que digam respeito a uma "redefinição da UE", a União Europeia não pode ser favorável ao povo, só pode tornar-se pior para os povos. Nem o sistema capitalista, que a UE está servindo, pode humanizar-se.

A esperança está na luta dos povos pela derrocada da barbárie capitalista.

08/09/2016

Nota: O PCP por motivos de divergência politica quanto aos princípios e objectivos revolucionários a atingir, por vontade própria na faz parte deste grupo de Partidos Comunistas Europeus que compõem a "Iniciativa Comunista Europeia"

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