quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Só uma luta mais consequente, permanente e de âmbito nacional pode travar e derrotar a ofensiva capitalista!



Depois de dois anos e meio de esmagamento dos salários, das pensões, dos direitos laborais e sociais, a crise económica capitalista mantem-se. Os recentes dados económicos que o governo e seus lacaios de serviço se agarram, são apenas uma miragem, com que tentam enganar e sujeitar os trabalhadores e os mais pobres à sua politica reacionária, mas ao mesmo tempo também não deixam de ser o resultado lógico de tal esmagamento salarial, laboral e social. Daí que voltem à carga com novo OGE ainda mais reaccionário, cruel e doloroso, que aprofundará o desemprego e a miséria social, para que desta forma possam melhorar a competitividade económica e a taxa de lucro aos capitalistas.

Para que tal sacrifício não se perca e beneficie ao máximo a burguesia e possa permanecer, dado que de outra forma poucas possibilidades o tem para o fazer, considerando o estado de atraso em relação às médias e grandes economias também elas em crise e a serem obrigadas a tomar o mesmo tipo de medidas, utilizam todos os meios ao seu alcance para obrigar o Tribunal Constitucional a ceder e a considerar as suas medidas apropriadas e constitucionais e ao mesmo tempo arrastar o PS para um dito consenso que  garanta a continuidade das mesmas politicas e salvaguarde os interesses da burguesia.

Enquanto no inicio da ofensiva capitalista o governo jurava e prometia que as medidas eram de duração reduzida, que todos os salários e direitos sociais seriam repostos, hoje já anuncia pela voz dos seus mentores que a crise está para durar e a serem repostos só o serão quando a economia crescer sustentadamente, ora, como isso não vai acontecer, bem pelo contrário, será cada vez uma economia mais decadente e paupérrima, e como declara a ministra das Finanças, Maria Luis Albuquerque, passo a citar: "As pessoas não podem ter a expectativa de voltar ao que era" o que quer dizer que tais cortes são para ficar e até aprofundados  na medida em que a competitividade capitalista o exija e a classe trabalhadora e os mais pobres se  sujeitem e resignem a tal miséria.

A nova ofensiva já aprovada em sede parlamentar pela maioria reacionária, é por outro, o resultado lógico do compromisso e da inconsequente oposição parlamentar e sindical  que lhe é feita,  que em vez de procurar resistir e mobilizar os trabalhadores para formas superiores de luta, que obrigue o governo a recuar e abra uma saída para que tal politica seja derrubada, fazem antes a opção por uma politica burguesa que mendiga até à exaustão pela "renegociação e reestruturação da divida", proposta esta que não se opõe aos objectivos de recuperação capitalista da burguesia, mas que apenas pugna por uma austeridade mais branda, mas que não deixa de aprofundar o empobrecimento generalizado da classe trabalhadora e dos mais pobres, recorrendo e subordinando-se sistemáticamente às decisões do Tribunal Constitucional independentemente de estas favorecerem ou não os trabalhadores, ou apelando a eleições antecipadas, com o objectivo claro de evitar a todo o custo a radicalização da contestação social, e ao mesmo tempo criar um novo estado de graça e espaço de manobra que permita a um "novo" governo manter exactamente a mesma politica reaccionária afim de não colocar em causa a recuperação económica e o desenvolvimento da economia burguesa capitalista, bem como o comprimento de pagamento do dito programa de assistência.

Daqui se concluir  que a  jornada de luta nacional a realizar no dia 1 de Fevereiro, não pode ser apenas de um só dia, porque  como o prova a luta que até aqui de uma forma inconsequente foi travada,  não altera o que quer que seja, não se pode continuar por esta via a responder à enorme ofensiva capitalista diária do governo e seus aliados internos e à tróika imperialista, é necessário uma politica combativa de resistência e de classe, que mobilize e eleve a consciência politica a milhões de trabalhadores e pensionistas pobres, que responda de pronto e se radicalize a cada passo contra as medidas reaccionárias. Porque só tal atitude combativa pode segurar os interesses laborais e populares e obrigar o governo a recuar e até cair, bem como impedir que qualquer outro governo que as queira impôr. 

Assim sendo, todos os trabalhadores, se devem unir e lutar nos seus locais de trabalho, fazendo  greves, ocupações, manifestações e ao mesmo tempo exigir aos seus dirigentes sindicais a unidade de toda esta luta e transformá-la numa luta mais eficaz, permanente e nacional, que ajude a modificar a correlação de forças, derrote a ofensiva do capital nacional e internacional e abra a porta  a uma via que nos conduza à emancipação da exploração capitalista e ao socialismo. 










Sem comentários:

Enviar um comentário

Por favor nâo use mensagens ofensivas.