"Que não haja dúvida que quando cá chegar, os partidos da direita e da extrema direita e o aliado do costume à sua esquerda, a exemplo do famigerado governo PSD/CDS/ P.Passos Coelho/P.Portas, e do ataque aos trabalhadores migrantes, independentemente da rétorica que possam usar vão aplicar as mesmas medidas anti-laborais e anti-sociais." A Chispa!
A grande questão é até que ponto o colapso da França arrastará consigo os outros países europeus.
Nenhuma campanha de rearmamento ou histeria antirrussa
conseguirá encobrir a falência. O governo tem que pegar a tesoura não só para as armas, mas também para pagar a gigantesca dívida. A crise exigetrabalhar mais e ganhar menose, sobretudo, uma boa campanha de desinformação para que os franceses aceitem isso sem barricadas, com bom humor.
Alguns já falam em prolongar a jornada de trabalho, acabar com os feriados e as férias. Para Amelie de Montchalin, ministra da Contabilidade Pública, trabalhar mais eliminando os feriados “é uma espécie de pacto coletivo”.
O jornal Le Monde pede uma “mobilização geral dos franceses” para economizar 43,8 bilhões de euros no orçamento de 2026. Mas as contas não fecham: a cada segundo a dívida aumenta em 5.000 euros.
As outras medidas são bastante frequentes: aumentos de impostos, aumento de tarifas, cortes nas pensões e nos benefícios sociais, saúde, educação, habitação, transporte… As consequências são óbvias: os aposentados, que até agora apoiavam Macron, pensam em votar na “extrema direita”, indicam as pesquisas.
“A França está entre a espada e a parede”, confessa Sophie Primas, porta-voz do governo. O primeiro-ministro, François Bayrou, compara a situação da França com a da Grécia em 2008, com a diferença de que a União Europeia não pode assumir a dívida da França, devido ao seu tamanho.
Os capitalistas franceses não têm muito onde cortar. Os índices de pobreza já são muito altos, os mais elevados em trinta anos.
Se sobrar algum dinheiro público, irá para as empresas de armamento. Em plena política de austeridade, Macron anunciou um gasto militar adicional de 6,5 bilhões de euros. O presidente francês é acusado de se preocupar mais com a Ucrânia do que com seu próprio país.
Os cortes orçamentários passarão por cima do Parlamento e dos debates públicos. O primeiro-ministro vai recorrer a uma disposição constitucional para aprová-los por decreto e é provável que isso desencadeie uma moção de censura contra o governo.
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