O cerco ao Palácio de São Bento (12/13 de novembro)
49 ANOS DEPOIS, QUE É FEITO
DA ESQUERDA?
Continuamos a festejar o 25 de Abril, o 1.o de Maio e as esperanças do PREC. Mas como estamos hoje?
Desvalorização do Trabalho, degradação da vida da população trabalhadora.
Protestos de massas sucedem-se — contra a troika, contra a carestia, por uma vida mais justa. Mas o povo, na defensiva, continua a perder terreno.
As lutas mais combativas são atacadas com pretextos legais e constitucionais.
A maioria dos trabalhadores vira costas à política. A direita e a extrema-direita cavalgam o descontentamento do povo.
Que fazer?
Que fazer para travar a pilhagem do trabalho pelo capital? Como assegurar emprego e vida digna? Como acabar com os privilégios de grandes patrões, gestores e políticos que os servem? Como pôr fim a especuladores e corruptos?
Como combater a fascização das instituições? Como impedir que a extrema-direita tire proveito da revolta popular?
Como rejeitar as ordens de Berlim ou de Bruxelas? Como desvincular o país das guerras da NATO?
Estas perguntas têm de ter resposta. Sem isso, o movimento popular não ganhará capacidade para fazer frente aos desafios da situação.
Há que reacender o combate ao capital!
Enfrentamos uma sociedade plenamente capitalista, com todas as suas pragas.
Cada vez é mais claro que esta democracia é monopólio das classes capitalistas.
Mesmo assim, os trabalhadores deixam-se amarrar a um regime político que os exclui de qualquer decisão, e a um sistema de exploração que os empobrece continuamente.
Esta submissão tem de ser rompida. Colocar o movimento popular à altura da situação exige uma política dos trabalhadores, para os trabalhadores, abertamente anti-capitalista.
Foi o combate aberto ao capital, por acção dos próprios trabalhadores,que assegurou as conquistas de 1974-75.
Há que tomar posição contra a guerra e contra a NATO
O país foi arrastado, sem resistência, para uma guerra que agrava tudo: marasmo económico, carestia galopante, ataque ao Estado Social, despesas militares crescentes, submissão aos planos dos EUA-NATO-UE.
A maioria dos partidos e organizações ou está do lado da NATO ou hesita em denunciar a NATO.
É preciso criar uma corrente popular contra a NATO, apostada em pôr fim à guerra.
A política do Governo e do Estado de apoio incondicional guerra tem de ser denunciada e atacada. A Esquerda só conseguirá fazer-se ouvir se disser claramente que é pela derrota da NATO na guerra da Ucrânia.
Diante da divisão do mundo, há que escolher campo
O mundo divide-se em dois. A trupe imperialista EUA-UE-Japão entrou em declínio.
Os países que acolhem a larga maioria da população do mundo afastam-se do bloco imperialista que os tem dominado.
Abrem-se aos povos mais atrasados possibilidades novas de desenvolvimento económico e de independência.
Crescem também ameaças de guerras devastadoras por parte do bloco imperialista em queda.
A Esquerda não pode fugir ao desafio: colocar-se do lado dos povos que rejeitam a tutela do FMI, do G7, ou dos blocos militares, apoiar a mudança para um mundo de povos mais livres, juntar forças que travem as ameaças de guerra, ajudar a desmantelar o sistema imperialista.
25 de Abril / 1 de Maio 2023
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