segunda-feira, 11 de julho de 2022

Protestos crescem no Panamá contra alto custo de vida

   

Protestos crescem no Panamá contra alto custo de vida

Organizações sindicais, organizações populares e associações profissionais no Panamá anunciaram ontem que a partir da próxima semana vão multiplicar os protestos contra o alto custo de vida.


Em entrevista coletiva, Marco Andrade, um dos líderes da aliança Pueblo Unidos por la Vida, destacou que a partir da próxima segunda-feira diversos sectores como educadores, transportadores e construtores vão protagonizar com suas bases o corte de estradas e paralisação de 48 horas de trabalho.

 “As ações devem levar o governo a ouvir a voz do povo, dos trabalhadores e   podemos ter alívio da situação de crise que os panamenhos vivem”, afirmou o também secretário-geral da Confederação Nacional da Unidade Sindical Independente.

Andrade confirmou para terça-feira, 12 de julho, uma marcha da aliança que sairá à tarde do parque Belisário Porras até a Assembleia Nacional (parlamento) para insistir nas demandas sociais.

Aumento geral dos salários, congelamento e redução dos altos preços dos combustíveis, alimentos e remédios, são algumas dessas reivindicações, disse.

Por sua vez, o coordenador da Frente Nacional de Defesa dos Direitos Econômicos e Sociais (Frenadeso), Jorge Guzmán, rejeitou que o Executivo tente condicionar o diálogo e impor quem deve representar as organizações populares nas mesas de discussão técnica.

Os governantes são obrigados pela Constituição a respeitar, promover e defender os direitos humanos dos panamenhos e o que acontece na realidade é exactamente o contrário, por isso a crescente onda de protestos que sacode o país e aos quais mais e mais pessoas e sectores aderem a cada dia, disse.

Guzmán exortou aqueles que ainda não aderiram a participar na próxima terça-feira na marcha de toda a cidade para defender a equidade e a justiça social.

Este sábado, a Associação dos Médicos, Odontólogos e trabalhadores do Fundo de Segurança Social deu ainda 48 horas ao governo para tomar medidas imediatas de poupança fiscal, caso contrário entrará em greve nacional de 48 horas, prorrogável.

O país vive há várias semanas intensos protestos de produtores, educadores, indígenas, estudantes universitários, transportadores e diversos sindicatos que exigem ao governo uma solução imediata sobre o alto custo da cesta básica familiar.

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