Três anos de prisão na República Checa por expressar opiniões favoráveis à Rússia
A
República Tcheca, um estado membro da OTAN e da União Européia, ameaça
sua população com uma sentença de três anos de prisão por expressar
apoio à Rússia na atual Guerra da Ucrânia.
De
acordo com um comunicado de imprensa do Procurador-Geral do país, Igor
Striz, "a Procuradoria Suprema considera necessário informar aos
cidadãos que a atual situação associada ao ataque da Federação Russa à
Ucrânia pode ter implicações na sua liberdade de expressão".
“A
liberdade de expressão também tem seus limites em um Estado de Direito
democrático”, acrescentou o procurador-geral, que é a mesma coisa que os
promotores na Espanha dizem quando querem prender alguém por suas
mensagens nas redes sociais.
Ele
continuou explicando que as pessoas que “publicamente (inclusive em
manifestações, na internet ou em redes sociais) concordaram (aceitaram
ou apoiaram os ataques da Federação Russa contra a Ucrânia) ou
expressaram seu apoio ou elogios à liderança da Federação Russa neste em
relação a isso, eles também podem enfrentar responsabilidade criminal
sob certas condições”.
A nova censura é aplicada sob medidas do Código Penal, que tornam crime questionar, negar, justificar ou tolerar o genocídio.
O relatório da Rádio Praga Internacional explica que a violação do Código Penal pode levar a uma pena de três anos de prisão. Mas o promotor admitiu que seria difícil apresentar queixa.
A
conta oficial da polícia tcheca no Twitter disse estar monitorando
comentários na internet sobre "discussões que aprovam a invasão russa e
as atividades do exército russo" na Ucrânia.
Um texto importante a estudar, a divulgar e a debater - A Chispa!
Manuel Raposo — 10 Julho 2022
Via:"jornalmudardevida.net"
Cimeira da Nato: marco histórico, diz o governo
António Costa, João Cravinho. O governo português insiste em manter-se do lado errado da história
A cimeira da Nato, realizada em
Madrid em final de Junho, não podia ser mais explícita sobre o papel da
Aliança na defesa dos interesses dos EUA. A unanimidade que dela saiu
não esconde o facto de as decisões aprovadas serem em tudo ditadas pelos
propósitos norte-americanos de combater a influência crescente da China
e da Rússia, arrastando para mais essa aventura os aliados que se
deixarem levar.
A Nato mostrou, talvez como nunca,
ser o braço da política imperialista de Washington, agora sofrendo as
agruras da perda de influência no mundo, mas nem por isso menos
ameaçadora. Pelo contrário, à medida que perdem capacidade de domínio
económico global mais facilmente os EUA puxam da pistola para
responderem aos desafios de um mundo que vai escapando à sua tutela.
“Novo” conceito estratégico
O tão falado novo conceito
estratégico adoptado em Madrid apenas é novo no modo como aponta os
inimigos de Washington. A Rússia como “a maior e mais directa ameaça” e a
China como fonte de “sérios desafios” para a próxima década são
afirmações que desenham um estado de guerra (para já, latente) dirigido
contra os principais competidores dos EUA nos planos militar e
económico.
A mira apontada à Rússia escuda-se
evidentemente na guerra contra a Ucrânia, escondendo cuidadosamente os
anos de provocações dirigidas pela Nato no Leste da Europa que tornaram a
guerra na prática inevitável. Nada de novo, no entanto, se
considerarmos que, desde sempre, a Nato teve como alvo a URSS ou a
Rússia, apenas com mudanças de linguagem consoante os altos e baixos das
relações mútuas. O ressurgimento da Rússia como potência nacional e a
sua aliança com a China são a razão de fundo da fúria norte-americana.
A acusação lançada à China, por seu
lado, é uma antecipação do estado de guerra que os EUA querem estender
ao Extremo Oriente. De facto, em que medida é que o crescimento e o
aumento da influência da China no mundo (são estes os argumentos) podem
constituir um “desafio para os nossos valores, os nossos interesses e a
nossa segurança”, isto é, para o Ocidente? Apenas na medida em que a
expansão económica da China e o apoio que presta aos países em
desenvolvimento pode ajudar estes a saírem da penúria, a encontrarem
alternativas de investimento que não passem pelo FMI ou o Banco Mundial,
e a tornarem-se menos dependentes.
Ora, este processo tende a socavar o
domínio que as potências imperialistas hoje ainda mantêm. Só neste
âmbito se percebe a preocupação dos EUA com a China, a ponto de levarem a
Nato (que começou por ser um tratado do Atlântico Norte, lembremos) a
preparar-se para um conflito no outro lado do mundo.
É visível aqui que o interesse em
jogo é essencialmente o dos EUA: manter por todos os meios a sua
dominação mundial. O sim dos aliados europeus é mais um compromisso que,
previsivelmente, lhes vai sair caro: tanto nos gastos militares
acrescidos, como na maior dependência da política guerreira ditada a
partir de Washington, como ainda nas perdas económicas que forçosamente
terão em resultado da guerra comercial que os EUA promovem contra a
China.
Os estados europeus, que estão a
pagar pesadamente a aventura ucraniana em que decidiram participar,
caminham a passos largos para uma completa vassalagem face aos EUA.
Defensiva, a Nato?
A agressividade da Nato, se outras
provas não houvesse, ficou patente nas intervenções destruidoras na
Jugoslávia, no Afeganistão ou na Líbia. Mas, mesmo quando não dispara
tiros, o aliciamento de novos países para as suas fileiras não faz dela
uma aliança defensiva, como insistem os seus mentores.
A expansão a novos territórios
destina-se a possibilitar a multiplicação das bases militares
norte-americanas, a instalar meios de guerra nas fronteiras dos
adversários e a mobilizar forças e recursos locais para um eventual
conflito aberto, como tem sido patente no alargamento da Nato a Leste na
Europa.
Este constante clima de guerra cria
uma pressão permanente sobre os adversários, forçando-os a uma
inevitável corrida às armas. Em Madrid, novos passos foram dados nesse
mesmo sentido.
Uma vez mais, foi declarado apoio, “a
curto e a longo prazo”, à Ucrânia, o que significa que a integração na
Nato não foi excluída. A Geórgia, outro dos mais recentes pontos de
conflito, voltou a ser citada, desta vez na forma arredondada de “apoio
às suas aspirações euro-atlânticas”. A Polónia e os países bálticos
tornam-se a ponta avançada da presença militar directa dos EUA em
equipamento e em tropas. A Bósnia-Herzegovina e a Moldávia terão
“programas alargados” para acorrer às suas “necessidades defensivas”. Na
Roménia, será instalada mais uma brigada de combate sob comando
norte-americano. Espanha, Itália, Alemanha e Reino Unido acolherão mais
navios de guerra, meios aéreos suplementares e dispositivos de
ciber-guerra.
Chamar “dissuasão” e “defesa” a esta política, como repetiu a cimeira, é brincar com as palavras.
Do Atlântico Norte ao Pacífico
Pela primeira vez, a União Europeia
esteve presente numa cimeira da Nato, tendo os dirigentes europeus
destacado “os papéis complementares da Nato e da UE”. Traduzindo: a UE
procede à integração económica dos países que caem na sua esfera de
influência e a Nato trata da sua integração militar.
Percebe-se assim melhor o papel que
desempenharam conjuntamente na crise ucraniana — desde 2004, passando
por 2014, até às vésperas da guerra — e o significado que tem a
apressada aceitação da candidatura da Ucrânia a membro da UE.
Também quatro aliados do Pacífico (Japão, Coreia do Sul, Austrália e Nova Zelândia), estiveram presentes pela primeira vez.
O sinal dado pela cimeira com estes convites foi claro: fazer da Nato uma aliança global.
O modelo, de acordo com os debates
havidos, deveria estender-se ao Extremo Oriente e ao Pacífico, juntando
os aliados dos EUA para enfrentarem conjuntamente a China.
Mas também devia estender-se ao
“flanco sul” da Europa, isto é, ao Médio Oriente e à África. Estas
últimas são, não por acaso, duas das regiões onde o imperialismo europeu
e norte-americano perdem influência e de onde provêm vagas de migrantes
e refugiados vitimados, desde longa data, pela dominação colonial e
neo-colonial do Ocidente. Estender o braço da Nato para o Magrebe, o
Sahel e o Médio Oriente será uma forma, não de atacar os reais problemas
destas regiões, mas de lhes responder por via militar.
Promessas vazias
Adivinham-se as implicações práticas da linha consagrada em Madrid:
Aumento exponencial dos gastos militares, com fatal sacrifício do investimento de carácter social;
Cada
vez maior peso das decisões políticas ditadas por pretextos de
segurança e defesa, e portanto não subordinadas a decisões soberanas de
cada país, e, menos ainda, a escrutínio democrático;
Maior
vassalagem, com consequências agravadas nos países mais fracos, perante
as manobras dos EUA que convenham à sua política de confronto com a
China e a Rússia.
Certamente para sossegar os espíritos
diante desta realidade, a cimeira não resistiu a fazer umas quantas
juras à opinião pública.
Uma, respeita à “preservação dos
valores e das instituições democráticas”. Se os exemplos são os regimes
ucraniano ou polaco, o apoio aos nazis do batalhão Azov, a corrupção que
corrói a Ucrânia, a censura sobre as emissoras russas, as decisões
recentes do Supremo Tribunal dos EUA, as trafulhices de Boris Johnson…
estamos conversados.
Outra jura foi a de “lutar contra as
mudanças climáticas” e de “promover boas práticas” em matéria de consumo
energético. Mas com o aumento previsto da corridas às armas que a
cimeira aponta, tudo vai obviamente piorar também nas questões
ambientais — o que faz da promessa de Madrid uma farsa. (*)
De resto, a própria UE acabou de
fazer marcha atrás nas questões do clima e da segurança energética ao
declarar “verdes” o gás e a energia nuclear, depois de a Alemanha e
outros retomarem o consumo de carvão para compensar a falta do gás
russo.
“Marco histórico”
O primeiro-ministro António Costa
classificou a cimeira de Madrid como “um marco histórico”. Que poderia
ele dizer que não fosse um sinal da subserviência do país diante dos
grandes do mundo? É caso para usar o argumento que os EUA têm usado
contra a China: o governo português, ao arrasto de toda a UE, insiste em
manter-se do lado errado da história.
Costa, bem acolitado pelos ministros
da Defesa e dos Negócios Estrangeiros, prometeu subir os gastos com a
defesa (isto é, essencialmente com a Nato) dos actuais 1,55% do PIB para
1,66% em 2023 (antecipando a medida em um ano) com vista a alcançar,
até 2030, os 2% que os norte-americanos reclamam.
A generosidade de António Costa, em
euros, traduz-se nisto: este ano, os gastos militares serão mais de
4.000 milhões de euros; no ano que vem, quase 4.700 milhões de euros; e
por aí acima nos próximos anos.
Se a isto juntarmos o custo em juros
da dívida pública (quase 6.300 milhões de euros em 2022) teremos, este
ano, uma despesa socialmente perdida acima dos 10.300 milhões de euros.
Com a subida constante do custo de
vida, com a estagnação dos salários, com a recusa do governo em limitar
preços, com o alastrar da miséria, com a falta de meios no Serviço
Nacional de Saúde, com o garantido aumento dos gastos com a dívida — é
de perguntar que legitimidade têm as autoridades portuguesas para
assumirem ainda mais compromissos com a Nato, como fizeram em Madrid,
empenhando o país com verbas colossais saídas dos bolsos de quem
trabalha.
Como se torna evidente, sobra para a Nato o que falta para o pão dos portugueses.
———
(*) Um relatório
publicado em 2019 pela Universidade de Durham and Lancaster apontou as
forças armadas dos EUA como um dos maiores consumidores de
hidrocarbonetos e um dos maiores poluidores mundiais. Segundo números de
2017, foram responsáveis pela emissão anual de 1.200 milhões de
toneladas de gases com efeito de estufa, o equivalente a 257 milhões de
automóveis — mais do que as emissões totais de países como a Suécia,
Marrocos ou Portugal.
Os EUA retiraram-se em 2001, pela mão
de George W. Bush, do Protocolo de Quioto (assinado em 1997) que
estabelecia regras para diminuir a emissão de gases com efeito de
estufa. Os EUA não estão por isso obrigados a divulgar as emissões
poluentes das suas forças armadas, pelo que os valores reais de poluição
que elas provocam são difíceis de calcular.
Bush argumentou então que o protocolo
“afectaria negativamente a economia dos EUA”, e pôs em causa as bases
científicas sobre as alterações climáticas. Dezasseis anos depois,
Donald Trump faria o mesmo com o Acordo de Paris usando os mesmos
argumentos de Bush.
Protestos crescem no Panamá contra alto custo de vida
Organizações
sindicais, organizações populares e associações profissionais no Panamá
anunciaram ontem que a partir da próxima semana vão multiplicar os
protestos contra o alto custo de vida.
Em
entrevista coletiva, Marco Andrade, um dos líderes da aliança Pueblo
Unidos por la Vida, destacou que a partir da próxima segunda-feira
diversos sectores como educadores, transportadores e construtores vão
protagonizar com suas bases o corte de estradas e paralisação de
48 horas de trabalho.
“As
ações devem levar o governo a ouvir a voz do povo, dos trabalhadores e
podemos ter alívio da situação de crise que os panamenhos vivem”,
afirmou o também secretário-geral da Confederação Nacional da Unidade
Sindical Independente.
Andrade
confirmou para terça-feira, 12 de julho, uma marcha da aliança que
sairá à tarde do parque Belisário Porras até a Assembleia Nacional
(parlamento) para insistir nas demandas sociais.
Aumento
geral dos salários, congelamento e redução dos altos preços dos
combustíveis, alimentos e remédios, são algumas dessas reivindicações,
disse.
Por
sua vez, o coordenador da Frente Nacional de Defesa dos Direitos
Econômicos e Sociais (Frenadeso), Jorge Guzmán, rejeitou que o Executivo
tente condicionar o diálogo e impor quem deve representar as
organizações populares nas mesas de discussão técnica.
Os
governantes são obrigados pela Constituição a respeitar, promover e
defender os direitos humanos dos panamenhos e o que acontece na
realidade é exactamente o contrário, por isso a crescente onda de
protestos que sacode o país e aos quais mais e mais pessoas e sectores aderem a
cada dia, disse.
Guzmán
exortou aqueles que ainda não aderiram a participar na próxima
terça-feira na marcha de toda a cidade para defender a equidade e a
justiça social.
Este
sábado, a Associação dos Médicos, Odontólogos e trabalhadores do
Fundo de Segurança Social deu ainda 48 horas ao governo para tomar
medidas imediatas de poupança fiscal, caso contrário entrará em greve
nacional de 48 horas, prorrogável.
O
país vive há várias semanas intensos protestos de produtores,
educadores, indígenas, estudantes universitários, transportadores e
diversos sindicatos que exigem ao governo uma solução imediata sobre o
alto custo da cesta básica familiar.
Declaração conjunta dos partidos comunistas e operários (preparada pela RCWP juntamente com os comunistas do Donbass e da Ucrânia)
Quatro
meses se passaram desde o início da operação militar abertamente
declarada das forças armadas da Rússia e dos exércitos das repúblicas de
Donbass contra o regime nazista na Ucrânia. E
embora a guerra dos nazistas de Kyiv contra as repúblicas rebeldes, a
DPR e a LPR, esteja realmente acontecendo desde 2014, levada pelo início
de 2022. Para cerca de 15
mil vidas, acabou sendo uma tarefa muito difícil para todos nós fazer
um diagnóstico preciso das verdadeiras causas da tragédia vivida por
sintomas observáveis externamente. A disparidade de opiniões causou uma série de discussões e até levou algumas partes a conclusões opostas.
Hoje,
em nossas análises, podemos usar informações sobre as ações práticas
das partes beligerantes, seus aliados e parceiros, sobre os resultados
dessas ações, sobre os humores dos povos tanto nos países beligerantes
quanto em outros países do mundo. Isso, figurativamente falando, pode ser comparado ao esclarecimento do diagnóstico após o início de uma operação cirúrgica. O abscesso é aberto, quais são as causas do abscesso? Quão perigosa é a patologia? Começou a infecção do sangue e a disseminação da doença para outros órgãos? O plano de intervenção cirúrgica e o tratamento subsequente são escolhidos corretamente? E quais são as perspectivas?
A primeira coisa que chama sua atenção é a diferença nos métodos de guerra. Se
as forças armadas russas e do Donbass agem de forma extremamente
proposital contra o inimigo armado, tentando de todas as maneiras
possíveis evitar danos diretos à população civil, o que é notado pela
mídia russa e estrangeira, então as forças do regime de Kyiv usam
táticas exatamente opostas . Eles se escondem atrás da população civil como um escudo humano. Eles usam pessoas como reféns, por exemplo, em Mariupol na fábrica de Azovstal. As
Forças Armadas da Ucrânia (AFU), principalmente de artilharia, estão em
todos os lugares em áreas residenciais e disparam contra o inimigo de
lá, esperando que as tropas russas não atirem em casas com pessoas.
Em segundo lugar,
trata-se do bombardeio das cidades de Donbass e áreas residenciais,
especialmente Donetsk, por artilharia de longo alcance das Forças
Armadas da Ucrânia, que tem sido repetidamente intensificada e colocada
em uma base regular. Há
exemplos frequentes de bombardeios pelas Forças Armadas da Ucrânia em
seus próprios territórios para culpar o inimigo por esses crimes. Pessoas puramente pacíficas sofrem e morrem todos os dias.
Em terceiro lugar,
representantes das Forças Armadas da Ucrânia estão planejando e
tentando realizar vários atos de sabotagem em instalações industriais de
alto risco, desde processamento de gás e usinas químicas até usinas
nucleares, a fim de causar desastres em grande escala com um grande
número de baixas humanas e culpar o inimigo por isso.
Quarto,
em ações contra a população civil, unidades nacionalistas com símbolos
nazistas abertos e slogans correspondentes são especialmente cruéis. Essas pessoas se sentem fascistas e se apresentam abertamente ao mundo dessa maneira.
Quinto, uma atitude completamente diferente das partes beligerantes em relação aos prisioneiros. Calma, com a implementação das normas da Convenção de Genebra, pelas forças armadas da Rússia e Donbass. Ao
mesmo tempo, por outro lado, ouvimos apelos francos de oficiais
ucranianos para aleijar prisioneiros de guerra, vemos vídeos em canais
de TV ucranianos onde os nazistas lidam com soldados feridos ou
capturados da Federação Russa e Donbass com especial sadismo.
Sexto , quase duas dezenas de países da coalizão militante existente liderada pelos Estados Unidos, incl. armas de artilharia pesada e sistemas de mísseis de médio alcance, tanques e veículos blindados. Os volumes dessa "ajuda" já chegam a dezenas de bilhões de dólares e continuam a crescer.
Sétimo, na Ucrânia, o regime nazista usa ativamente mercenários estrangeiros de muitos países do mundo. A corrente principal desse lixo moral foi para a Ucrânia da Polônia, Romênia, Grã-Bretanha, Canadá, Geórgia e EUA. Mais de dois mil desses bandidos já encontraram seu fim nas terras do Donbass e da Ucrânia.
Oitavo
, dos lábios de políticos possuídos por demônios em Kiev e alguns de
seus parceiros ocidentais, há desejos e propostas para a aquisição de
armas nucleares pela Ucrânia. Assim,
idéias extravagantes e provocativas semelhantes sobre a necessidade de
um dia desferir um ataque nuclear de retaliação aos centros de tomada de
decisão podem ser ouvidas de tempos em tempos da boca de publicitários e
políticos russos.
Nono,
em ambos os campos dos partidos combatentes (Rússia-OTAN), vozes já são
ouvidas abertamente na propaganda, que considera, com uma combinação
bem-sucedida de circunstâncias, arrancar algumas partes da Ucrânia ou da
Rússia para si. Na Polônia, alguns círculos sonham com a Transcarpatia e a Ucrânia Ocidental. Há pessoas na Rússia que querem resolver a questão da devolução de terras históricas . Na UE, alguns levantam a questão da necessidade de separar a região de Kaliningrado da Federação Russa. Estes são sinais de um possível desenvolvimento da situação para uma guerra muito maior.
Décimo,
em ambos os lados em guerra (Rússia e Ucrânia), até campos (Rússia com
aliados e Ucrânia com a OTAN), de maneiras diferentes, mas há claramente
um aumento do anticomunismo e da chamada descomunização oficial . Como
o anticomunismo é uma característica inalienável do fascismo, temos que
afirmar o perigo do crescimento do fascismo em ambos os campos e no
mundo como um todo.
Décimo primeiro, o fim próximo da guerra em curso não é visível de nenhuma direção. Os parceiros ocidentais estão empurrando o regime ucraniano para a guerra até o fim (“ até o último ucraniano” ). As
autoridades russas não têm um plano específico sobre como alcançar a
desnazificação e a desmilitarização com o estabelecimento de uma ordem
estável em vastos territórios com milhões de pessoas. Sim, é bem provável que desde o início esses objetivos tenham sido mais proclamados do que concretizados.
De tudo o que foi exposto, pode-se tirar as seguintes conclusões:
-
A guerra é de natureza interimperialista, causada pela rivalidade das
maiores forças imperialistas lideradas pelos Estados Unidos pela
dominação mundial e pelo desejo de suprimir as forças crescentes do
imperialismo russo, apoiadas pela Bielorrússia, em parte pela China e
outros aliados. Sem
dúvida, o ímpeto para a guerra é a nova rodada especialmente aguda da
crise econômica do sistema capitalista mundial que está sendo
vivenciada.
- A guerra pelo povo das repúblicas de Donbass tem um caráter justo e libertador.
-
Para a Rússia, embora a guerra seja imperialista, é amplamente
defensiva por natureza, protegendo-a de uma possível ameaça da OTAN. Naturalmente, o Estado russo defende os interesses de sua classe dominante, a grande burguesia.
-
Forças abertamente fascistas operam na Ucrânia, que são iniciadas e
apoiadas pelo Ocidente, que na verdade já está travando uma guerra com
as mãos da Ucrânia contra a Rússia.
- Hoje, os países da OTAN, liderados pelos Estados Unidos, estão praticando uma política externa fascista. Eles não apenas fornecem armas para a Ucrânia, eles fornecem armas, encorajam e ajudam fascistas reais a matar pessoas. Ou seja, o próprio Ocidente hoje manifesta uma essência abertamente fascista.
-
Os partidos comunistas e operários do mundo, sobretudo os países
beligerantes, incluindo os países da NATO, e simpatizantes, devem
explicar esta situação aos trabalhadores dos seus países. Sem
dúvida, que os esforços comuns de todos os partidos deveriam de estar dirigidos a suprimir o fascismo na Ucrânia e na política externa dos Estados Unidos e seus
aliados. Esta é uma luta, em geral, para evitar a possibilidade de o conflito se transformar em uma terceira guerra mundial.
-
Os comunistas da Rússia, Ucrânia, Donbass, Bielorrússia e seus aliados
devem apoiar as ações para reprimir o fascismo e libertar o Donbass e a
Ucrânia dele, mas ao mesmo tempo devem explicar a culpa do capitalismo
russo e ucraniano, o papel do contra-revolução que ocorreu na União
Soviética em um desenvolvimento tão trágico dos eventos.
-
Os comunistas de todos os países devem juntos propagar e organizar a
luta pelo socialismo como a única maneira possível de destruir o
fascismo e criar um mundo sem guerras.
Proletários de todos os países, uni-vos!
A declaração foi apoiada pelos partidos: - Partido Operário Comunista Russo - Organização Operária Comunista da LPR (KRO LPR) - Frente Operária de Donbass (DPR) - União dos Comunistas da Ucrânia - Frente Operária da Ucrânia - Partido Comunista do Azerbaijão - Organização Republicana Bielorrussa do PCUS
(A declaração está aberta para assinatura por outros partidos e organizações)
Onda de greves na Europa contra o aumento do custo de vida
Não é apenas no Equador. Uma onda de greves também começou em quase toda a Europa. Os trabalhadores estão exigindo aumentos salariais em face da inflação descontrolada e do aumento do custo de vida.
A
situação é especialmente espetacular no Reino Unido, que está passando
por sua maior greve ferroviária em 30 anos nesta semana. Além
disso, há outras greves planejadas ou em discussão entre trabalhadores
aeroportuários, advogados, professores, funcionários dos correios e
trabalhadores da saúde.
O
governo quer mudar a lei para legalizar os fura-greves: substituir os
grevistas por trabalhadores temporários e reduzir o que considera um
impacto desproporcional das greves.
O transporte aéreo é particularmente afetado por greves. Em
companhias aéreas como a Ryanair, Brussels Airlines ou Easyjet, houve
várias greves no início do verão em Espanha, Itália e Portugal. O
aeroporto de Bruxelas-Zavantem foi forçado a cancelar todos os seus
voos no início da semana, após uma mobilização nacional dos sindicatos
belgas.
Na
quinta-feira começou o primeiro dia de greve no setor metalúrgico em
Bizkaia, com 52.000 trabalhadores exigindo aumentos salariais.
Na
França todos os setores são afetados por greves, seja na SNCF, o
equivalente da Renfe, cujos sindicatos estão preparando uma greve geral
em 6 de julho, ou na RATP (linhas de ônibus) ou TotalEnergies na
sexta-feira. O aeroporto Roissy-Charles-de-Gaulle já sofreu greves em 9 de junho e as lojas Marionnaud em 24 de maio.
A
aceleração da inflação, que deve atingir 6,8% em setembro, está sendo
sentida nos bolsos dos trabalhadores, primeiro nos preços da energia e
agora nas prateleiras dos supermercados. O aumento do custo de vida leva os trabalhadores a aumentar a pressão sobre seus empregadores. A falta de mão de obra em alguns setores reforça a posição forte dos trabalhadores.
Fonte: mpr21.info
Esperemos
que o avanço concedido desde o 1º de Maio, ao governo capitalista PS/UE
de dois meses e sete dias, termine em 7 de Julho, e que às novas
mobilizações seja incorporado às reinvidicações apresentadas pela
CGTP, as reivindicações de cada fábrica e de outros sectores em luta, na
perspectiva de a cada uma dessas lutas dar unidade, dimensão e força
nacional, afim de se conseguir obrigar o governo a ouvir e a atender a
tais exigências urgentes contra a carestia de vidae pelo retorno de todos os direitos laborais e sociais roubados. A Chispa!