Era mais ou menos esperado que estas eleições europeias se traduzi-sem numa pesada derrota para o governo capitalista P"S"D/C"D"S e seus aliados. Por um lado devido à profunda ofensiva capitalista em aliança com a UE/BCE/FMI que continuadamente vem esmagando, empobrecendo e escravizando cada vez mais os trabalhadores, os reformados pobres e particularmente a juventude que a obriga a trabalho precário, miseravelmente mal pago e a emigrar. Por outro, ao lento desvanecer das ilusões criadas pela ideia de uma dita "Europa com connosco" que nunca esteve e a que nunca fomos chamados a dar a nossa opinião sobre tal adesão e que hoje se torna claro, pelas politicas reacionárias que toma e impõe, de que Europa se trata e que interesses defende.
Derrota esta que tem implicações politicas profundas na forma como vai gerir o seu campo de manobra e ao mesmo tempo continuar a aplicar a sua politica reacionária, dado que perdeu uma enorme base eleitoral de apoio, obtendo apenas 909.932 votos, dos 9.650.000 eleitores inscritos, ou seja 9,2% do conjunto total do eleitorado.
Derrota esta que tem implicações politicas profundas na forma como vai gerir o seu campo de manobra e ao mesmo tempo continuar a aplicar a sua politica reacionária, dado que perdeu uma enorme base eleitoral de apoio, obtendo apenas 909.932 votos, dos 9.650.000 eleitores inscritos, ou seja 9,2% do conjunto total do eleitorado.
O P"S" que obteve 1.033.000 mais 68.683 em relação às eleições europeias de 2009, e ganhando um deputado, não deixou de ter uma grande perda em relação às Legislativas de 2011, reduzindo a sua base eleitoral em meio milhão de votos, (mais precisamente em 535.010 votos), para 10,7% como consequência das suas politicas anti-laborais e anti-sociais em governos anteriores, do seu posicionamento em relação ao "memorando" da tróika imperialista que discutiu e assinou, o apoio dado ao primeiro programa do governo PS"D"/C"D"S e aos acordos estabelecidos em sede de "concertação social" por via da UGT e sua aprovação parlamentar, bem como ainda o seu compromisso com o famigerado Tratado Orçamental Europeu que obriga a reduzir o défice público para 0,5%, que a ser imposto como deseja a burguesia, implica mais austeridade, desemprego, pobreza e fome.
Outro dado a ter em conta e revelado por estas eleições e que bem preocupa a burguesia é o facto de que tanto o governo/P"S"D/C"D"S como o P"S", representem apenas dois milhões de eleitores, ou seja 20%, da população inscrita nos cadernos eleitorais, que não só põe em causa a costumeira alternância de poder entre o P"S" e o P"S"D, bem como coloca em risco a constituição de um governo de base social alargada de que há muito vem exigindo. Daí a sua preocupação com o decorrer da situação interna no PS por uma nova liderança, não pelo facto de que veja em A.Seguro um opositor à sua politica reacionária, mas porque vê nele fracas possibilidades de reunir e capitalizar à sua volta a base social indispensável de que tanto necessita e garanta um governo estável e maioritário.
Outro factor interessante a procurar nestes resultados eleitorais é de saber quais as razões que impedem as outras forças politicas com assento parlamentar de se afirmarem, quando tudo indicava a possibilidade de poderem crescer e capitalizar o descontentamento proletário e popular de três anos de profunda ofensiva capitalista e retrocesso social.
Outro dado a ter em conta e revelado por estas eleições e que bem preocupa a burguesia é o facto de que tanto o governo/P"S"D/C"D"S como o P"S", representem apenas dois milhões de eleitores, ou seja 20%, da população inscrita nos cadernos eleitorais, que não só põe em causa a costumeira alternância de poder entre o P"S" e o P"S"D, bem como coloca em risco a constituição de um governo de base social alargada de que há muito vem exigindo. Daí a sua preocupação com o decorrer da situação interna no PS por uma nova liderança, não pelo facto de que veja em A.Seguro um opositor à sua politica reacionária, mas porque vê nele fracas possibilidades de reunir e capitalizar à sua volta a base social indispensável de que tanto necessita e garanta um governo estável e maioritário.
O B.E. sofre mais um revês eleitoral, perdendo dois deputados e reduzindo a sua base eleitoral consideravelmente, agravando as divergências internas existentes entre as várias tendências social-democratas colocando a sua sobrevivência em risco, ao ponto de Mário Soares lamentar a sua situação e pedir-lhes calma.
O PCP que se apresenta como um dos vencedores das eleições e que por tal é elogiado pelos vários quadrantes políticos do regime burguês "pela sua coerência", elege mais um deputado e soma 416.446, mais 35 mil votos em relação às eleições europeias de 2009, que comparado com a brutalidade da ofensiva capitalista em curso, não deixa de ser muito pouco e até confrangedor para quem tem ao seu dispôr os meios apropriados para mobilizar e resistir a tal ofensiva capitalista e ganhar a confiança da maioria dos trabalhadores, não deixa também de ter uma perda considerável, dado que nas legislativas de 2011 obteve 441. 852 e 552.690 nas autárquicas de 2013.
Apesar da sua intervenção politica parlamentar denunciar a violência brutal das medidas de regressão social do governo, ambos os partidos, em vez de se manterem consequentes com o seu discurso e mobilizarem os trabalhadores de forma determinada no sentido de obrigar o governo e seus aliados a recuar e a impedir que no futuro tais politicas sejam aplicadas, acabam eles próprios por capitular vergonhosamente e recuar para uma politica social-democrata/liberal onde sobressai a proposta de "renegociação da divida",colhida com agrado por amplos sectores da burguesia, que suavize as consequências sociais da austeridade a impor, com o objectivo de facilitar a contenção da ampliação e radicalização do movimento operário e popular. Propostas estas, que desmobiliza, confundem e desorientam os sectores mais conscientes e avançados do proletariado e que em grande medida é responsável pela elevada abstenção que se verifica na grande maioria da população operária e popular.
Daí que se torne necessário e urgente, que todos os militantes revolucionários que estão contra tal politica de conciliação e colaboração, organizem os mais variados encontros para discutir e analisar tal situação e avançar para a constituição de uma nova Plataforma Politica Revolucionária, que aos poucos vá organizando a resistência operária e popular, para que se possa alterar a actual correlação de forças e fazer recuar e derrotar as forças capitalistas e abrir o caminho a uma alternativa proletária socialista.
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