terça-feira, 1 de novembro de 2016

"O PCP Considera que a proposta de Orçamento de Estado para 2017 não é "aquela que o país precisa" mas integra "orientações e medidas que dão resposta a prementes problemas" dos cidadãos." Quais cidadãos, só se forem os capitalistas.

Será possível que os militantes não conseguem ver que esta politica não serve os trabalhadores, mas sim os interesses dos capitalistas e o capitalismo?

Diz o CC do PCP pela voz de Jerónimo de Sousa que"O Partido Comunista Português (PCP) considera que a proposta de Orçamento do Estado para 2017 (OE2017) não é "aquela que o país precisa" mas integra "orientações e medidas que dão resposta a prementes problemas" dos cidadãos."

Se não é aquela que o País precisa, pensamos que se refira aos trabalhadores, o natural seria que votasse contra, porque não o faz?
Porque "integra orientações e medidas que dão resposta a prementes problemas" Quais " prementes problemas" os sociais, quando o salário minimo nacional vai continuar muito abaixo da "indigna e insultuosa" proposta de 600 euros que o PCP e a CGTP dizem reivindicar, mas que vão acabar por aceitar os 557 euros?

Num país onde as reformas minimas só completam o aumento de dez euros em Agosto e que mesmo assim ficam muito abaixo dos 412 euros que é o número considerado pela burguesia como o limite de pobreza, mantendo-se 2,5 milhões de pessoas a viver na miséria, onde uma a cada três crianças passam fome?

Onde os trabalhadores e os pobres têm que esperar anos por um consulta médica e pagar uma taxa "moderadora" acima das suas possibilidades, quando a própria Constituição burguesa garante a sua gratuitidade.

Onde os estudantes filhos da classe trabalhadora estão impedidos de estudar porque não têm capacidade económica para pagar os transportes, os livros e as propinas.?

Num país onde o desemprego real é de 20%?

Onde as mulheres trabalhadoras fazem trabalho igual ao do homem, mas apenas recebem 60%

Ou estará o PCP a referir-se quando fala dos "problemas mais prementes do País"aos interesses da classe capitalista que pela via do chamado "quadro comunitário de apoio" e da recapitalização da CGD estão e que vão continuar a ser recapitalizados em milhares de milhões de euros, que depois vão querer exigir que seja o povo a pagar e pela perda de soberania nacional?

Sim, porque são os problemas destes que o "novo" OE para 2017 pretende garantir e que por isso tem sido elogiado pelo BCE/Draghi e pelas Agências Financeiras Internacionais e que tem o apoio da reação interna PSD e CDS embora façam demagogia em seu redor, na medida em que cumpre escrupulosamente quando o mais próprio seria dizer (caninamente) as regras e as imposições imperialistas da UE.

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