quinta-feira, 24 de novembro de 2022

Contra o Orçamento de Estado do capital, todos à Assembleia da Républica amanhã pelas 10,30!

  

CARESTIA e GUERRA = POBREZA, INJUSTIÇA, DESIGUALDADE



O custo de vida aumenta, mas não aumenta igualmente para todos. A inflação geral está acima dos 10% ao ano (INE, outubro), mas o preço do cabaz de bens alimentares essenciais subiu 14,35% em nove meses (Deco, novembro).

São os pobres e os assalariados que mais pagam com a inflação. Mesmo assim, o Governo recusa-se a tabelar preços e a travar a especulação. O Governo, em acordo com o patronato, quer que sejam os trabalhadores a pagar os custos da crise económica.

Travar a subida dos salários é a única coisa em que o Governo se sente forte, com o pretexto de não estimular a inflação. Mas a prática desmente o Governo: a inflação sobe por si, desde 2020 — pela crise económica mundial, pela especulação — sem que os salários tenham aumentado.

Trabalhar para empobrecer é o caminho que as coisas tomam se não houver uma mudança de rumo. O Governo gere as contas públicas para pagar a dívida aos credores-agiotas internacionais e para ajudar a financiar a guerra — o Trabalho que fique para trás.

O apoio à guerra e as sanções à Rússia só vieram piorar o que já era mau. Prolongar a guerra é agravar o sofrimento dos ucranianos e dos europeus. Guerra e sanções foram impostas sem que os povos tivessem direito de escolha, mas são os povos que lhes sofrem as consequências.

O Governo vai atrás dos EUA e da UE de cabeça baixa.

Com a sua submissão às potências imperialistas, faz pagar aos trabalhadores os custos humanos e económicos da guerra.

Os gastos com a Nato são duplamente criminosos: alimentam morte e destruição e roubam recursos ao estado social. Aquilo que vai para a guerra falta nas escolas, na saúde, nas pensões, nos salários, nos transportes, nos apoios sociais.

Os povos estão fartos da guerra. Manifestações crescentesem vários países europeus contra a carestia, a falta de bens, a escassez de energia, o desvio de recursos sociais, as quebras salariais podem transformar-se em manifestações contra a própria guerra, assim as populações percebam a ligação directa entre uma coisa e outra.

O futuro nada oferece de bom às próximas gerações se não forem os trabalhadores a mudar o rumo político do país. Precisamos de um movimento popular aguerrido pelo bem-estar das classes trabalhadoras, pela justiça social, contra a guerra, contra a Nato.

Contra a inflação e a especulação — indexação dos salários, tabelamento dos preços. 

Contra a austeridade — os ricos que paguem a dívida.

Fim à guerra, fora a Nato — negociações de paz já. Não queremos pagar a vossa guerra — não ao aumento das despesas militares.

25 Novembro 2022

A Chispa - achispavermelha.blogspot.com

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