segunda-feira, 12 de março de 2018

"Emprego aumentou mas precariedade impede saída da pobreza.

O crescimento da economia e o lucro da burguesia capitalista está apoiada nos baixos salários, na precariedade laboral, no desemprego, nas pensões miseráveis do qual 25% da população trabalhadora e reformada sofrem.


"Emprego aumentou mas precariedade impede saída da pobreza.

A entrada no mercado de trabalho aumentou, mas os empregos precários impedem a população de sair da pobreza, revela um estudo do Barómetro do Observatório de Luta Contra a Pobreza na Cidade de Lisboa, hoje divulgado mostra que a inserção no mercado de trabalho se "faz em condições tão precárias que nenhum [entrevistado] consegue sair da situação de pobreza".

O documento refere que "a desigualdade social e a precarização do trabalho têm estado em acelerada evolução e atingem grandes grupos populacionais a partir de baixos salários, trabalho sem contrato, penosas condições laborais, nomeadamente em termos de horários",

Em relação ao tipo de trabalho que os portugueses conseguem, Portugal tem a maior taxa, da União Europeia, de empregados a tempo parcial com o ensino básico, são 55,4%, mais do dobro da média da União Europeia (27,3%). São também os portugueses com o ensino básico que têm a taxa mais alta de "'desencorajados', apesar de estarem disponíveis para trabalhar": 66,7%, contra os 45,2% de média da União Europeia.

Para quem está em situação de pobreza e vive nos bairros históricos de Lisboa, o aumento do turismo não ajuda. "Arrendar uma habitação no mercado privado tornou-se praticamente impossível, dada a crescente procura de habitações para o arrendamento "

Esperemos que alguém reclame por tais avanços...


1 comentário:

  1. O ECLIPSE da “ANÁLISE CONCRETA DA SITUAÇÃO CONCRETA”

    1 - Pouca gente desconhece que as Ideias que formamos sobre a nossa vida tornam-se, com o passar do tempo, obsoletas ou a precisarem de alguma correcção adequada. Tudo isto, porque o movimento da realidade nunca pára - nem se engana - o que leva a que muitas das ideias ligadas a um qualquer presente, acabam por amarelecer quando se tornam passado.

    2 - Foi isto que sucedeu durante os 10 séculos de oiro da Igreja do Papa, durante a denominada Idade Média Feudal. Mas neste período da sua “hegemonia”, foi-se desligando aos poucos da realidade concreta, enrodilhando-se - através do “pensamento puro” - em conciliar o inconciliável: a “fé” imutável trazida do “além” pelos textos sagrados, com a “razão” material que o Mundo, sempre em transformação, ia tornando evidente. E qual o resultado desta longa - e inútil - tentativa de “aperfeiçoamento puro” e que a História nos mostra? Um rodopiar sobre si próprio, uma forma de cegueira onde a realidade acabou por passar ao lado e seguir o seu caminho. Ou seja: a decadência.

    3 - Em minha modesta opinião, os marxistas portugueses - como recorda a Chispa, os “que tornam extensivo o reconhecimento da luta de classes ao reconhecimento da Ditadura do Proletariado” - parecem hoje interessados em reeditar uma nova escolástica em vez de atacar de frente os principais e graves problemas concretos com que se defronta o País onde nascemos e vivemos. Em vez de se refrescar as mentes tentando olhar e entender os problemas concretos, reais, da nossa Sociedade, preferimos deambular sobre se o “etapismo” é certo ou errado, ou se um texto ou frase isolada dum Marxista considerado, é a melhor forma de inverter, abstratamente, o rumo das derrotas que nos vêm caindo em cima. Por isso, julgo eu, os resultados das energias gastas no conhecimento da nossa base económica, são duma “pobreza franciscana”. Isto vem também ajudando, desde há largos anos, que a nossa inteligente Burguesia capitalista nos continue a enfiar as suas tangas e até aos pés…Mas essa de vermos os combóios a passar, julgo não ser uma boa forma de vida.

    ResponderEliminar

Por favor nâo use mensagens ofensivas.