
Tais afirmações de tal politica reacionária em aliança e de submissão aos ditames imperialistas da UE só podem ser produzidas por um governo em fim de mandato, apoiado em sondagens favoráveis, como resultado das facilidades e conciliação que lhe foram concedidas ao longo de toda a sua governação, por uma oposição parlamentar, cada qual com as suas diferenças e até apoiantes em várias situações, como foi o caso do PS que esteve na base do "memorando" imposto pela Tróika imperialista e votando favoravelmente no primeiro OGE apresentado pelo governo PSD/CDS e em outras medidas propostas, como por exemplo a redução dos direitos laborais e outras matérias "acordadas" em sede de "concertação social", mas que no fundo todas as posições politicas se preocupavam em causar o minimo de oposição e dessa forma salvar a economia capitalista e a burguesia, daí que a sua oposição na maioria das vezes não passa-se de demagogia retórica e não ultrapassa-se as paredes do parlamento e limitada à expressão bastantes vezes repetida e quase "inocente" de que o governo proponha e fazia aprovar a sua politica porque tinha falta de "sensibilidade social" quando na verdade as proponha única e exclusivamente para defender os interesses da burguesia.
Por outro a oposição feita pelas centrais sindicais, a UGT desde o início se mostrou dialogante e colaboradora com tais politicas,nem a demagogia utilizada pelos seus dirigentes, conseguia encobrir a sua traição, pela parte da CGTP apesar dos protestos laborais e sociais realizados que poderiam acumular e aos poucos alterar a correlação de forças e ir obrigando o governo a recuar ou no minimo criar-lhe o máximo de dificuldades e isolamento à sua governação, na medida em que até várias personalidades da sua área politica entravam em contradição com as medidas mais reacionárias de austeridade, bem cedo demonstrou que não estava interessada em levar a sua confrontação e oposição ao governo PSD/CDS/C.SILVA/Tróika até ao limite das suas forças e apoiada na força dos trabalhadores, optou pela contenção da luta, transformando esta numa espécie de luta de guerrilha na maioria das vezes isolada e limitada aos dirigentes e delegados sindicais, mais como prova de sobrevivência e aproveitamento eleitoral das medidas de austeridade e anti-laborais do governo, do que própriamente em defesa dos interesses da classe trabalhadora. O que permitiu não só transformar estes quatro longos e bárbaros anos, numa PASSEATA do governo, como reforçou a sua demagogia e ampliou o seu campo de manobra nas próximas eleições.
Assim sendo cabe aos trabalhadores e em particular aos mais conscientes e revolucionários, aos sindicalistas, retirar todas as concluões politicas destes quatro anos e AVANÇAR.
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