"O Centro Hospitalar do Médio Tejo paga 1200 euros mensais por profissional, mas estes só recebem 3,1 euros por hora.
É, até aqui, o salário mais baixo pago a um enfermeiro por uma empresa: 3,1 euros por hora, ainda sem descontos. E há oito enfermeiros no Centro Hospitalar do Médio Tejo a receber estes valores, na maioria dos casos para trabalhar na urgência de Abrantes. A empresa está a receber 1200 euros euros por mês, mas a penas paga 510. Apesar de estarem em curso centenas de contratações no SNS, o recurso às prestações de serviços mantém-se e por valores cada vez mais baixos, que rondam os cinco euros à hora, este valor já é menos 50% do que o valor de tabela.
De acordo com o contrato de trabalho entre a empresa Sucesso 24 Horas e estes profissionais, a que o DN teve acesso, os enfermeiros têm de trabalhar 40 horas por semana para receber estas verbas sem descontos e sem subsídio de refeições, um valor recorde pago por estas empresas." Por Diana Mendes
Estes e outros casos são a continuação do agravamento das condições de escravização laboral a que a grande mobilização que UNIU a classe dos enfermeiros durante dois dias de greve nacional devia ter dado resposta, caso a luta não tivesse mais uma vez sido interrompida e quase votada ao esquecimento sem qualquer prestação de contas ou indicações de novas formas de luta por parte das direcções sindicais, dado que a situação de super exploração não só se mantem, como diariamente se agrava.
Esperemos que em face das inconsequências de classe por parte das direcções sindicais, que os enfermeiros se organizem e formem comissões de luta em cada hospital e centros de saúde e as coordenem a nivel nacional, no sentido de continuar a luta e a exigir melhores salários, a redução do horário de trabalho bem como o vinculo ao Estado como forma de melhorar continuadamente as suas condições laborais bem como a substituição dos dirigentes sindicais.
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