O relatório “O Estado da Insegurança Alimentar no Mundo 2012 (SOFI)” publicado em outubro deste ano por três agências da Organização das Nações Unidas (ONU) – FIDA(Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola),FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) e PMA(Programa Mundial de Alimentos) – revelou que uma a cada oito pessoas passam fome no mundo, totalizando cerca de 868 milhões famintos (12,5% da população mundial).Destes, aproximadamente 16 milhões encontram-se nos países desenvolvidos, mostrando que as contradições do capitalismo e as condições sub-humanas a que estão submetidos a maioria da população também estão presentes nos países considerados ricos, onde falsamente a mídia burguesa, os países imperialistas e os exploradores fazem propaganda de que estes lugares são o paraíso e as pessoas possuem seus direitos garantidos e ampla qualidade de vida.
Os dados são ainda mais críticos nos países considerados subdesenvolvidos, nações que na verdade sofreram duras invasões e saques de suas riquezas durante décadas por países como Inglaterra, Estados Unidos, França e, até hoje, continuam com sua soberania ameaçada pela ganância e aprofundamento da miséria pelos que se acham donos do mundo. Segundo o relatório, nas últimas duas décadas, houve aumento da fome na África, de 175 milhões para 239 milhões de pessoas, sendo este crescimento de 20 milhões nos últimos quatro anos. Na Ásia e no Pacífico houve uma redução de aproximadamente 30% (de 739 para 563 milhões de pessoas), mas ainda assim os números mostram que houve pouca mudança quantitativa e qualitativa nos últimos vinte anos para os que todos os dias não têm do que se alimentar. As “missões de paz” dos Estados Unidos nestes países, onde são enviados exércitos e armas para dar “segurança e organizar” às populações, possui na verdade o objetivo de reprimir o povo e controlar as riquezas destes países.
A desnutrição infantil a nível mundial ameaça 500 milhões de crianças, afeta o crescimento e leva a morte 2,5 milhões todos os anos. Segundo estudo realizado nos países da Índia, Bangladesh, Peru, Paquistão e Nigéria pela ONG Save de Chidren, as famílias não possuem condições financeiras para comprar carne, leite e vegetais. No relatório da organização divulgado em fevereiro deste ano, essas crianças podem ter problemas de crescimento nos próximos 15 anos devido a desnutrição e um a cada cinco pais entrevistados revelaram que seus filhos abandonam a escola para trabalhar e ajudar a comprar comida.
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