Apesar das nossas divergências politicas e ideológicas com a grande maioria destas organizações, pelo facto de as considerar-mos, com uma prática politica revisionista/reformista, politica essa responsável pela degenerescência e traição aos ideais da revolução e do socialismo e do retorno do capitalismo ao antigo campo socialista, mas que agora procuram uma fuga para a frente, passando por cima de uma auto-critica séria e profunda que no nosso entender deveriam promover ao seu passado, como nos parece que está a ser feito pelo PCGrego e alguns outros partidos.
No entanto, não deixamos de aplaudir esta iniciativa conjunta, bem como concordamos inteiramente com o teor do documento e os objectivos que se propõem alcançar,desejando que esta iniciativa se aprofunde e que contribua para a emergência de um PROGRAMA que unifique os vários proletariados nacionais, em torno dos seus principais interesses, contra os interesses da burguesia imperialista europeia e contra o capitalismo, pelo socialismo proletário.
Chamamos ainda a atenção dos militantes e simpatizantes do PCP, para o facto de a Direcção do seu partido não ter assinado tão importante documento, convergindo na prática com as posições oportunistas dos partidos pequeno burgueses, como o BE, que compõem o Partido da "Esquerda" Europeia-PEE, que em vez de combaterem os vários PECs anti-sociais impostos pela Comissão Europeia e pelos governos da burguesia contra os seus povos, como é o caso em Portugal, procuram "suavizar" estes, com a introdução de algumas propostas politicas demagógicas de caracter social, contribuindo na prática, para a salvaguarda dos interesses económicos e politicos das burguesias nacionais, quando estas devem ser responsabilizadas pelas crises económicas que provocam, como ainda para o agravamento das condições sociais em que já vivem as populações trabalhadoras. " A Chispa"!
Partidos Comunistas e de Trabalhadores dos Países da União Europeus
O Encontro dos Chefes de Estado da União Europeia, de 21 de Fevereiro, sinaliza um novo ataque severo contra a classe trabalhadora e a população da Europa. As resoluções do Encontro, de acordo com a «Estratégia 2020 da EU» que promove e aprofunda a Estratégia de Lisboa, intensificam a política anti-popular da União Europeia e dos governos burgueses através de duras medidas contra a classe trabalhadora e o povo. Eles procuram reforçar a lucratividade dos monopólios europeus da União Europeia e a competição do imperialismo internacional. A estratégia da UE para sair da crise é baseada na imposição de mudanças no sistema de segurança social, no aumento da idade de aposentação e no drástico corte de salários, pensões e benefícios sociais. Esse ataque carrega a estampa das forças liberais e sociais-democratas que sustentaram a estratégia do capital em cooperação com a União Europeia.
O deficit público e a supervisão das economias de alguns Estados Membros onde se incluem a Grécia, a Irlanda, Portugal, Espanha além de outros países são usados para intimidar, ideologicamente, o povo trabalhador da Europa.
As companhias transnacionais e os bancos tiveram lucros imensos através da exploração dos trabalhadores e dos subsídios do Estado, ambos antes e durante a crise. Agora eles competem pela partilha do novo empréstimo. Novamente eles jogam a culpa sobre os trabalhadores, os pobres e as famílias dos pequenos camponeses, e os trabalhadores autónomos através da persuasão e da intimidação. O espírito de resistência é intensificado entre os trabalhadores europeus que não estão prontos para compartilharem o custo da crise que não devem suportar pois não são eles os culpados. Na Grécia, Portugal e outros países, trabalhadores e pequenos e médios agricultores estão protagonizando manifestações públicas e greves contra as medidas austeras tomadas. Os Partidos Comunistas e de Trabalhadores signatários estão a desempenhar um papel protagonista neste movimento, estando na linha de frente da luta de classes.
Os Partidos Comunistas e de Trabalhadores chamam a classe trabalhadora e os povos de cada país a organizarem seus contra-ataques e condenarem os partidos que apoiam a ofensiva anti-popular da UE; para reforçar as fileiras do movimento operário; rejeitarem as alianças que promovem políticas anti-populares e darem uma forte resposta à agressão contra a população exigindo, ao invés disso: emprego pleno e estável com todos os direitos garantidos para todos, aumento substancial dos salários, abolição das leis que vão contra o bem-estar e o trabalho, redução na idade para aposentadoria e, principalmente, educação, saúde e segurança gratuitas. Trabalhadores podem viver melhor sem os capitalistas; eles produzem o bem-estar e, por isso, devem aproveitar isso.
1. Partido dos Trabalhadores da Bélgica
2. Partido Comunista Britânico
3. Novo Partido Comunista da Inglaterra
4. Partido Comunista da Bulgária
5. Partido dos Comunistas Búlgaros
6. AKEL, Chipre
7. Partido Comunista na Dinamarca
8. Partido Comunista da Estónia
9. Partido Comunista da Finlândia
10. Partido Comunista da Grécia
11. Partido Comunista dos Trabalhadores Húngaros
12. Partido Comunista da Irlanda
13. Partido dos Trabalhadores da Irlanda
14. Partido dos Italianos Comunistas
15. Partido Socialista da Letónia
16. Partido Socialista da Lituânia
17. Partido Comunista de Luxemburgo
18. Partido Comunista de Malta
19. Novo Partido Comunista da Holanda
20. Partido Comunista da Polónia
21. Partido Comunista da Roménia
22. Partido Comunista da Eslováquia
23. Partido Comunista dos Povos da Espanha
24. Partido Comunista da Suécia
Como a Noruega é um membro associado da UE, Partido Comunista da Noruega também assina o documento.
Outros Partidos: Pólo de Renascimento Comunista da França
Lutemos por iniciativas destas, iniciativas comuns de unidade - de acordo com os princípios, como o do internacionalismo proletário - e desenvolvamos a luta contra as burguesias de cada país. É pena não estarem representados outros partidos como é o caso, e apelas como exemplo, o PCOE (Partido Comunista Operário de Espanha).
ResponderEliminarLeitor do norte