sábado, 11 de junho de 2016

O que vale a pena é prosseguir o caminho, apontado pela luta dos trabalhadores da estiva !

Recentemente o PCP pela voz de Jerónimo de Sousa manifestou a opinião de que os resultados do retorno de rendimento prometido pelo governo que é "pouco" mas que comparado com os resultados obtidos durante os últimos quatro anos pela luta dos trabalhadores contra o anterior governo que "valeu a pena" e que é um "caminho justo" a prosseguir pela a actual maioria que suporta o governo. 
É verdade que o retorno de rendimento até aqui realizado, que mesmo reduzido a metade pelo aumento dos impostos sobre os combustíveis, que ainda assim é menos negativo quando comparado com a ofensiva reacionária de austeridade do governo anterior PSD/CDS .
Mas é necessário dizer que se a luta dos trabalhadores nunca atingiu tais resultados isso se deve ao facto de a luta a travar sempre estar muito aquém do que aquilo que era necessário. Mesmo as greves gerais convocadas com algum exito assinalável do ponto de vista da mobilização laboral e popular segundo números das próprias centrais sindicais, não tiveram a devida consequência positiva para os trabalhadores, na medida que em vez de se prosseguir nessa via, torna-las mais amplas, douradoras e radicais e com isso se procurar aumentar cada vez mais a consciência do movimento laboral e popular, até obrigar o governo a recuar, continuou-se a optar pela via burguesa reformista de dar a primazia ao DIALOGO e à CONCERTAÇÃO SOCIAL oferecendo campo de manobra à UGT e ao governo, e com isso criar as condições politicas para a aplicação do seu programa  anti-laboral e de austeridade durante quase quatro anos e meio de terror social.
"um caminho justo"a prosseguir?
Quando o programa do governo capitalista PS é a continuação da politica de recuperação capitalista que vem de trás e que por isso o PCP e o BE não se queiram "identificar" com ele, procurando criar a ideia nos seus militantes e nos trabalhadores que só o apoiam naquilo que tenha a ver com o retorno social, programa esse que tem nos aspectos macro económicos o apoio do PSD e do CDS, (daí o dito abstencionismo que os tem caracterizado na sua acção parlamentar apesar da retórica demagogica e reacionária utilizada pelo CDS).
Quando aceita submeter-se às regras do cumprimento do déficit público previsto no Tratado Orçamental Europeu e onde é notório que em face do agravamento da crise económica mundial e da ingerência imperialista da UE o governo não vai cumprir com o que quer que seja que está para além deste retorno social mitigado.
Quando o salário minimo nacional, não atende minimamente às necessidades básicas dos trabalhadores e suas famílias e ainda está sujeito a impostos; O aumento para 600 euros do salário minimo só fim da legislatura, 2019/20; A atribuição do subsídio de desemprego aos trabalhadores que já não o recebem só para 2018 e só previsto para aqueles que estão inscritos na Seg.Socail, deixando todos os outros sem qualquer apoio; Quando o desemprego real ronda os 22% e nos jovens 35%; Os reformados e pensionistas pobres a continuarem a ser colocados de lado e a terem que viver ma miséria e na exclusão social?
Será um "caminho justo" quando tal governo assume os prejuízos do Banif (três mil milhões de euros) e se prepara para encaixar perto de trinta mil milhões do crédito mal parado da restante banca,bem como refinanciar a CGD em quatro mil milhões de euros para recapitalizar capitalistas, que a manter-se a crise e o insuficiente crescimento económico capitalista, não garante o retorno de tal investimento, facturas estas que irão de novo fazer a classe trabalhadora e os pobres pagar?
O único caminho a percorrer é aquele que os trabalhadores e jovens franceses contra a contra-reforma laboral que o governo reacionário do PS françês quer impor e os da estiva em Portugal estão percorrer , que apesar de não verem todas as suas reivindicações aceites, as que foram vão-se tornar uma referência para todos os seus camaradas nos outros portos, demonstrando que em tal luta e caminho é possível RESISTIR e VENCER!

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