sábado, 30 de abril de 2016

Por um 1º de Maio vermelho e de luta contra a exploração capitalista e pelo socialismo revolucionário!


A baixa dos juros, do preço do petróleo, a deflação e as recentes previsões em baixa da economia mundial vem confirmar que a crise de sobreprodução e de acumulação de capital, do qual resulta a actual crise económica não só não foi estancada, como tende a aprofundar-se na medida em que o escoamento dos produtos não se verifica, como se reforça ainda mais. Segundo dados da ONU o excesso de mercadorias representa duas vezes mais as necessidades básicas da população mundial, a agravar tal situação e considerando que perto de metade desta mesma população, por motivo de baixos salários,desemprego ou exclusão social  pouco acesso tem ao consumo,  não só torna  mais complicado a resolução da crise economica capitalista, como dá sérios sinais de poder evoluir para crise permanente.


Em face de tal situação, a lógica capitalista/imperialista da UE, bem como de outras potências rivais,  tem sido a de procurar injectar milhares de milhões de euros na economia e com isso procurar novos estímulos ao investimento, na tentativa de relançar o crescimento económico, mas até agora  com resultados praticamente insignificantes ou mesmo nulos, quando comparados com os montantes investidos na maior parte dos países que compõem o seu espaço económico. A demonstração de tal fracasso e  que bem prova a ineficácia de tais medidas financeiras está no facto de  terem  revisto em baixa o crescimento económico das suas economias.

Pelo grau  de exposição e entrelaçamento à economia internacional a situação económica nacional tende também a agravar-se, a recente revisão em baixa do crescimento económico por parte do governo é também prova disso mesmo.

Não temos dúvidas quanto às fragilidades e ao atraso da economia nacional, nem tampouco quanto à dependência, subserviência e parasitismo da burguesia capitalista portuguesa, no entanto temos a convicção de que o Plano Nacional de Reformas aprovado pode modernizar as empresas, aumentar a produção e até dotá-las de maior competitividade, mas não será suficiente na medida em que a questão fundamental, nesta crise económica profunda  não reside no investimento e na modernização, porque se o fosse já os capitalistas  teriam iniciado a retoma há muito, mas no excesso de mercadoria que continua a saturar os ditos mercados. A provar tal situação, está o conjunto de outros países pertencente à UE, que tendo uma margem de  evolução cientifica e tecnológica muito mais avançada do que Portugal, passam pelo mesmo problema, ou seja com crescimentos perto do ZERO, ou por exemplo o Japão que à duas décadas vive estagnado ou em recessão.

O Plano Nacional de Reformas tão do agrado dos "novos" parceiros do governo capitalista PS não passa de uma profunda ilusão com que procuram mergulhar a consciência da classe trabalhadora portuguesa, ele não vai trazer melhoria de vida para os trabalhadores, o desemprego vai manter-se alto e pode mesmo até evoluir como aconteceu com a  modernização, no Sector do Calçado e dos Textéis.

O Plano de Estabilidade aprovado pouca diferença faz do que o executado pelo governo capitalista anterior PSD/CDS, as metas a cumprir e impostas pela UE imperialista são as mesmas e caso  a situação económica se agrave como tudo leva a crer, a pressão imperialista e a da reação interna PSD/CDS  não só vai continuar, como aumentar e colocar em causa a devolução dos rendimentos, dos direitos sociais e laborais.

O governo já provou inclusive aos que o apoiam, que não oferecerá resistência a qualquer imposição da UE, o 1º ministro em visita à Grécia, não só elogiou o governo  grego, como disse que o governo grego/Syriza/ANEL e o dele constituem a "prova viva que há alternativa, às politicas  de austeridade e de empobrecimento implementadas pela UE, com o apoio dos partidos mais reacionários" quando na verdade o governo grego não só capitulou, como está a implementar as medidas reacionárias que lhe foram impostas, quando um referendo as rejeitou.

 A sua submissão foi também verificada quando lhe foi imposto medidas adicionais para compensar a despesa com a devolução dos salários e de outras medidas de carácter social, que acabam por roer metade desse rendimento devolvido como piorar a vida aos trabalhadores e reformados e pensionistas mais pobres.

Enquanto  perto de três milhões de pessoas são mantidas abaixo dos limites de pobreza e que foram praticamente excluídas do OE  e do dito "acordo",vão continuar a passar fome, o governo avança com a proposta de fazer o  Estado assumir o "mal parado", existente nos bancos, perto de 30 mil milhões de euros, livrando os banqueiros e seus accionistas de prejuízos, (daí a sua satisfação e concordância) que irá recair sobre os ombros dos contribuintes trabalhadores, (caso estes não se mobilizem contra tal) com o argumento de que assim os bancos  passam a ter maiores disponibilidades de financiamento à economia, é mais do que a prova concreta de que o assumir o "mal parado" do Banif, não deixa também de ser uma vontade sua e do governo anterior e de todos quantos o apoiam

A lógica do governo e seus apoiantes e restante quadro parlamentar, independentemente da sua verbalização retórica e demagógica, vai ser de submissão continua às regras e imposições da UE imperialista, mas para manter o apoio à sua esquerda tem que manter a base minima do "acordo" ou seja, aquilo  que de ínicio o PS prometeu, ou seja a devolução dos salários e da sobretaxa sobre o IRS sobretudo às camadas intermédias assalariadas numa perspectiva de recuperar a sua base eleitoral, mas mesmo estes na medida em que a situação económica se agrave verão os seus rendimentos e direitos sociais agravados pela via da implementação de outras medidas que não seja os salários, por outro irão se opôr a qualquer nova reivindicação salarial, laboral e social.

Assim neste 1º de Maio, apelamos aos militantes, aos trabalhadores, aos jovens, aos desempregados e aos reformados e pensionistas pobres, que têm ou vão tomando consciência de tal situação social e de exploração, para que se mobilizem e que nos seus locais de trabalho lutem pela melhoria das suas vidas.

Pelo direito ao trabalho para todos, lutemos pela aplicação das 35 horas semanais, tanto na função pública, como no privado!

Não aos subsidios de assistencialismo, queremos aumento das reformas e pensões para 90% do salário minimo nacional!

Atribuição do subsídio de desempego na base do salário minimo nacional a todos os desempregados!

Fora a NATO e a UE, abaixo o capitalismo! Pelo socialismo revolucionário!

Viva a unidade de todos os trabalhadores explorados!

Viva o internacionalismo Proletário 

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