O que não se poderia consentir e deixar
levar para a frente como aconteceu no passado em situações idênticas em muitas
outras empresas, era o que fez a direção sindical, num claro conluio com o
patronato e o governo de convencer as operárias a dar como encerrado o processo
de luta e a aceitar o despedimento como se isso fizesse parte das suas
reivindicações e muito menos ainda, numa altura em que o processo de
solidariedade estava a crescer e com tendência a ampliar-se a outras lutas
existentes e em particular aos operários da Auto-Europa Volkswagen, que lutam
contra a escravização dos novos horários que a administração quer impôr.
Daí que o governo tenha agido antes que a ter
de ser obrigado pela luta das operárias e por este movimento de solidariedade em crescendo, a
intervencionar a empresa e a manter os postos de trabalho, tratou de acelerar o
processo judicial e de um dia para o outro a dar provimento à insolvência da
Textil Gramax como vinha a ser exigido pela entidade patronal.
Na medida em que tal desfecho representa
a perda dos postos de trabalho, o subsidio de desemprego ficar aquém dos
miseráveis salários que lhes eram pagos e a ser temporário, o que quer dizer
que a situação económica a prazo se tornará bastante complicada para todas as
operárias e suas famílias e em particular para muitas que pela sua idade
dificilmente conseguirão um novo trabalho, era importante que todas as
operárias mantivessem os contactos entre si de forma a reorganizar a eleição de
um Comité de Luta que mantenha a luta e a concentração junto ou mesmo dentro da
empresa e a estenda a todas as empresas na mesma situação, mantendo a exigência
de obrigar o governo a intervenciar a empresa e a nomear uma nova
administração, que inclua representação operária e que em conjunto com os
restantes trabalhadores mantenham a sua viabilidade económica e os postos de
trabalho como forma de garantir estabilidade economica e social a todos os
trabalhadores.
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