Cinquenta (50) anos de regime Novembrista de constante ofensiva, ora por governos PS ou PSD sózinhos ou coligados entre si ou em aliança com o CDS, contra os interesses dos trabalhadores, de agravamento da exploração, de assalto aos direitos laborais e sociais, de baixos salários, reformas miseráveis para a grande maioria dos reformados, que fez com que 50% da população sobreviva no limite da pobreza ou mesmo abaixo, (facto comprovado pela isenção de pagamento de IRS), com tendência a cada nova crise económica e ofensiva capitalista para se agravar, daí que se pergunte: se foram as medidas anti-operárias e anti-populares para proteger os interesses da burguesia que nos explora e rouba, levada à prática por estes governos que nos trouxe de retorno práticamente à miséria vivida no tempo do fascismo, porque razão amplas massas da classe trabalhadora, inclusive nos distritos com décadas de larga tradição de luta contra o fascismo e a exploração capitalista não só elegeu um "novo" governo de direita, como reforçou o espaço e o campo de manobra da extrema direita.
É evidente que a lábia e a demagogia não denunciada e desmascarada, não só do PSD/CDS como da extrema direita, as promessas quase nunca cumpridas, e só o são quando obrigados pelo receio da luta e movimentação laboral, das consequências para si que tal radicalização lhe pode trazer se não for bloqueada, que mobilizam os seus batalhões de propaganda, no qual o apoio sistemático dos meios de "informação" públicos e privados ao seu serviço, para nos confundir, enganar e instrumentalizar é uma poderosa arma nas suas mãos, que consegue fazer esquecer os profundos sacrifícios que a burguesia nos faz passar: Os baixos salários, o desemprego, a fome a pobreza, a miséria e até a repressão policial para nos obrigar a calar e a não lutar, e a tornar a votar a seu favor, contra os nossos próprios interesses, até interiorizar que sem ela burguesia será bem pior, é de tal ordem agressiva e sofisticacda que até a consciência nos roubam, que em nosso entender foi a causa principal do resultado eleitoral de dia 18 de Maio, na medida em que acreditamos que só uma grande inconsciência e manipulação politica pode levar a classe trabalhadora a votar, a eleger e a reforçar o governo que a vai continuar a explorar e roubar.
Mas tal situação também resulta de ausência de trabalho e da influência revolucionária comunista junto das amplas camadas do proletariado, nos locais de trabalho, nas grandes empresas, nas escolas e universidades, nos bairros etc. etc. na medida em que só este trabalho, proximidade e ligação às massas trabalhadoras, pode abrir a via para uma maior elevação de consciência politica de classe, e a uma maior resistência às ofensivas do capital, sejam elas de propaganda, ou outras contra os interesses dos trabalhadores.
A crise de sobreprodução e a competitividade capitalista que dela decorre, aprofundou as divergências a nivel mundial entre blocos que querem continuar a impôr o seu dominio e as nações que procuram resistir a tais imposições, o caminho da guerra e da destruição foi novamente o escolhido. Os dados económicos que resultam do diagnóstico que as principais instituições bancárias e financeiras mundiais continua a confirmar que a tendência de queda está para durar, o que quer dizer que tudo indica que mais consequências económicas e sociais para a classe trabalhadora e para os povos estão a caminho. Sendo a economia capitalista portuguesa extremamente dependente e obediente aos ditames imperialistas da UE e dos EUA, tudo se conjuga que em nome da crise económica, do rearmamento militar, do aumento da contribuição para a NATO, para o pagamento da divida publica e privada, que as promessas económicas e sociais da direita eleita de novo, sejam cativadas ou reduzidas ao minimo, na medida em dizem que NÃO SE PODE DAR TUDO A TODOS...
Só um unico caminho nos resta, o caminho da UNIDADE e do ESCLARECIMENTO, do DEBATE IDEOLÓGICO e PROCURA DE RUMO, de PROGRAMA, de ORGANIZAÇÃO e de LUTA.
A Chispa!
Um texto que põe a nu a estratégia conservadora de quem se reafirma de esquerda, mas que na sua prática política usa e utiliza a social democracia e não a ideologia Marxista.
ResponderEliminarNão quer tomar um cafèzinho, para esclarecermos melhor o assunto
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