Coordenação Nacional da Unidade
Classista
O balcão de negócios da burguesia
funciona a todo vapor; a mídia promove o programa econômico do governo
escancaradamente; os cortes no orçamento da educação anunciados, mesmo após
dois dias de manifestações e greves em centenas de cidades estão mantidos; os
acordos sobre o texto do projeto de emenda constitucional que pretende destruir
nosso sistema previdenciário e implantar o sistema de capitalização estão sendo
costurados no congresso. Em breve virão as privatizações e a ampliação da
retirada de direitos trabalhistas por meio da carteira verde e amarela.
A correlação de forças entre trabalho e
capital nas duas câmaras federais, nas assembleias legislativas e em todas as
esferas do poder executivo é amplamente desfavorável aos trabalhadores. O saldo
das últimas eleições tem sido, na maioria dos casos, de sucessivas derrotas, e
a classe trabalhadora encontra-se tão gravemente desorganizada, que setores da
extrema direita já disputam e dirigem alguns sindicatos.
Aos trabalhadores, não há outra
alternativa para barrar o projeto da reforma da previdência, e iniciar as lutas
de resistência contra todos os demais ataques, que não passe pela construção de
um movimento grevista de imensas proporções, que paralise a produção, o
comércio, os serviços e a circulação de mercadorias.
A construção da Greve Geral Contra a
Reforma da Previdência, de 14 de junho, marcada pelo Fórum das Centrais
Sindicais, é tarefa mais do que necessária e bastantes complexa, pois, apesar
do ataque frontal aos interesses dos trabalhadores contidos no projeto da
reforma, o peleguismo, o banditismo e o apassivamento promovido pelas políticas
de conciliação de classe difundidas no interior dos sindicatos e movimentos
sociais nos últimos anos, além das diversas formas de alienação e opressão
próprias da sociedade capitalista, dificultam a mobilização dos trabalhadores.
Não há como reverter um quadro tão
desfavorável sem ações políticas bem planejadas, que extrapolem a mera
intervenção das direções sindicais junto às bases, pois no caso da maioria
delas, este movimento significa um retorno ao lugar de onde saíram há muito
tempo. Neste contexto, é necessário intensificarmos os esforços e
transformarmos os problemas em oportunidades, para desenvolver consciência de
classe e organização de trabalhadores e estudantes.
Experiências exitosas como a criação dos
TERRITÓRIOS SEM MEDO, dos FÓRUNS SINDICAIS, POPULARES E DE JUVENTUDE, dos
FÓRUNS DE LUTA EM DEFESA DAS APOSENTADORIAS e das FRENTES SINDICAIS CLASSISTAS
precisam ser multiplicadas. Nestes espaços, ao mesmo tempo em que convivemos
com militantes de diversas organizações sindicais e populares, dialogamos com
trabalhadores e estudantes que participam pela primeira vez de ações
organizadas, e que estão tendo o primeiro contato consciente com a luta de
classes. É principalmente daí que deriva sua importância.
A Greve Geral de 14 de junho, que já é
produto de uma ação mais consciente e organizada, será fundamental na luta
contra a reforma da previdência e nas próximas lutas de resistência e, se bem
trabalhada, poderá também potencializar a construção das bases para a
reorganização da classe trabalhadora!
Avante camaradas!
Construir a Greve Geral!
Unidade Classista, futuro socialista!
CONSTRUIR A GREVE GERAL PARA BARRAR A REFORMA DA PREVIDÊNCIA E REORGANIZAR A CLASSE TRABALHADORA!
9 de junho de 2019
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