sexta-feira, 15 de maio de 2020

Sobre o dito acordo social, imposto ao governo e aos lacaios da UGT !

 
Tal dito "acordo" não é mais do que a satisfação das exigências de mais apoio financeiro e diminuição fiscal que desde a discussão parlamentar do OE 2020 (orçamento de Estado) as associações patronais e todos os partidos mais à direita vinham reclamando, mas agora reforçado  e à boleia do "coronavirús" segundo o comunicado saído de tal acordo : "para reforçar e aprofundar, a breve prazo, um quadro legal, administrativo e de medidas de apoio céleres  e cada vez mais desburocratizadas às empresas... que seja favorável à retoma da actividade económica, à promoção da produtividade e competitividade"  e é evidente que para satisfazer os ditos sentimentos "patrióticos" ou seja  " os objectivos estratégicos para o nosso país" que não deixam de ser exclusivamente os seus e para que tudo corra pelo melhor, ou seja, evitar ao máximo  a resistência dos trabalhadores à sua ofensiva, não se esquecem de referir e recorrer aos seus parceiros sociais para a necessidade quanto "à salvaguarda da coesão social" ou seja, para que os trabalhadores se submetam pacificamente à sua ofensiva capitalista e a toda a exploração que dela decorra
 É inteiramente justo as denuncias que a CGTP faz de uma série importante de situações anti-laborais e sociais, que já vêm de trás e reforçadas recentemente, pela via da simplificadíssima Lei-off a favor da tesouraria da classe capitalista,  como os novos ataques contemplados no novo documento, como não o assinar foi ainda mais positivo, como aliás já em outras situações anteriores também o tinham feito, mas com muito pouco resultado prático para a classe operária, na medida em que a mobilização e a luta convocada ficou muitíssimo aquém do que era necessário e por isso tais "acordos" anti-laborais e sociais foram implementados na sua totalidade, particularmente no governo PSD/CDS/TRÓIKA.
 
 Portanto cair de novo na ilusão de que a CGTP poderá ir mais além longe  do que faz à décadas, ou seja,   umas poucas manifestações ou greves simbólicas, na medida em que  continua a defender até à exaustão, como aliás o PCP e o BE a "recuperação da actividade económica" indo ao encontro da ambição  e da estratégia capitalista, seria um erro grasso por parte dos trabalhadores  pensar que a "oposição" da CGTP ao governo e à exploração capitalista,  vá mais longe do que foi no passado.

Assim sendo o mais importante e o que de facto poderá contribuir para o equilibrar um pouco a balança da luta de classes e contrariar a ofensiva capitalista em curso, é nos locais de trabalho, nas escolas e nos locais de habitação operária e popular, é que os trabalhadores mais conscientes, bem como os intelectuais progressistas que se opõem a esta tragédia humana para o qual o capitalismo em agonia nos está a conduzir, se cheguem à frente e com o seu trabalho revolucionário possa ajudar a acordar e a elevar a consciência da classe trabalhadora, para o combate social emancipador, que é necessário e urgente travar.

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