Com POMPA e CIRCUNSTÂNCIA a Antram anunciou
o "acordo" e o ambiente responsável como decorreu a farsa negocial a
que a Fectrans se submeteu, considerando-o de"acordo histórico" é bem
demonstrativo de quem saiu vitorioso.
O "acordo" conseguido entre a
Antram e a Fectrans é um recuo em relação ao acordo de Maio e continua a não
ter as reivindicações exigidas pelos motoristas de matérias perigosas.
Mas ainda assim é necessário dizer que
como o acordo de Maio, só a luta dos motoristas permitiu à Fectrans não ter que
se rebaixar ainda mais, caso contrário dado a prepotência da ANTRAM, provada na
farsa negocial durante vinte anos, onde por variadas vezes a interrompeu, teria
de prolongar por mais vinte anos tal situação para o conseguir, daí a
necessidade dos trabalhadores de recorrer à greve.
Tal acordo não só rompe com o acordado
em Maio, em benefício do patronato, como fica muito abaixo e sabota desde já, a
proposta de 850 euros para o salário minimo nacional a partir do próximo ano
proposto pela própria CGTP (central onde pertence a Fectrans) na medida em que
o aumento de salário aceite de 120 euros a somar aos 630 actuais, não
ultrapassará os 750 euros.
A CGTP que denunciou os "serviços
minimos" como máximos e a Requisição Civil como um grave atropelo ao
direito à greve, mas que até hoje ainda não compareceu junto dos PIQUETES dos
motoristas, para lhes dar o seu apoio e incentivar à luta, como se esperaria de
uma central sindical que diz ser de classe e defensora dos interesses e
direitos dos trabalhadores, que no minimo se pronuncie e denuncie este
"acordo" vergonhoso e humilhante para os motoristas realizado pela
Fectrans sua associada, na medida em que se trata de um pior acordo do que foi
assinado em Maio, e que por outro SABOTA a sua própria proposta de 850 euros de
salário minimo nacional a iniciar a partir de 2020.
Viva a justa luta dos motoristas!
A luta continua!
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