sábado, 13 de julho de 2019

Eles coitados não têm culpa de que a burguesia seja ingrata e veja nas suas posições politicas qualquer perigo ou radicalismo...


"É um grande dia para o Serviço Nacional de Saúde" defende o BE.


"A solução encontrada (diz o PCP) remete para uma base aprovada por proposta do PCP que fixa o princípio  de que o Estado só deve recorrer à prestação de cuidados de saúde por privados de forma supletiva, temporiariamente e enquanto o SNS não dispõe de capacidade de resposta" ou seja  não só vai ao encontro do projecto de lei do PS, como mantêm as PPP existentes.

Ou um recuo em toda a linha do BE e do PCP quando antes se diziam contra o projecto de lei do PS, e agora o aprovam sem que haja qualquer alteração ou garantia por parte do PS em acabar com as PPP na saúde ou mesmo em qualquer outro sector, porque se assim não fosse o que poderia impedir desde já o PS fazê-lo, na medida em que agora reunia todas as condições politicas para o fazer?


Como aconteceu com a votação da contagem total do tempo de serviço congelado nas carreiras, no retorno dos direitos laborais roubados, no abaixamento do IVA para 6% na electricidade e no gaz, na aprovação dos OE recomendados pela UE/BCE/FMI, mais uma vez se prova que para esta pseudo-esquerda o que conta mesmo não é mobilizar os trabalhadores para garantir o retorno completo de todos os direitos laborais e sociais até aqui roubados pelos sucessivos governos, desde 25 de Novembro de 1975, com particular destaque para os governos Socrates e Passos Coelho/P.Portas/ Troika, mas a continuação dos acordos e aliança com o futuro governo capitalista PS, para que dessa forma possam reivindicar a seu favor, as côdeas que entretanto possam cair,
com o consentimento da UE.


Com mais esta demonstração colaboracionista com os interesses da burguesia e de capitulação perante as politicas capitalistas do PS, esperemos que os trabalhadores e particularmente os mais conscientes e militantes se mobilizem por criar uma nova alternativa politica partidária, que lute efectivamente pela defesa dos interesses e direitos dos trabalhadores, rumo à sua emancipação social. 

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