sexta-feira, 8 de junho de 2018

Indignação pela morte da enfermeira palestina Razan Najjar, assassinada por soldados israelitas

Razan Najjar


"Com as nossas almas e o nosso sangue vai resgatar a nossa mártir Razan", gritou a multidão para o cortejo fúnebre que passava com o corpo de Najjar envolvido numa bandeira palestina. O cortejo passou perto da casa Najjar, na cidade de Juza, perto da fronteira com Israel.


"Eu quero que o mundo ouça a minha voz ... Que culpa tem a minha filha?" Perguntou Sabrin, a mãe de Razan, durante o funeral. Najjar, 21 anos, a mais velha de seis filhos, foi baleada no pescoço enquanto tratava de pessoas feridas acerca de cem metros da fronteira entre Gaza e Israel, segundo o centro palestino de direitos humanos Al Mezan.


O exército israelita atira sobre qualquer um que se aproxime da fronteira a menos de 300 metros de distância, mas, nos protestos dos últimos dois meses, soldados dispararam contra pessoas que estavam mais distantes – segundo depoimentos de jornalistas estrangeiros presentes, bem como manifestantes e ONGs.


O ministro da Saúde palestino, Jawad Awwad, descreveu a morte de Najjar como um "crime de guerra" e explicou que o exército israelita atirou apesar do uniforme médico – informação que Al Mezan corroborou.


Izzat Shatat, 23 anos, voluntário de saúde, explicou que ele e Najjar iriam anunciar seu compromisso no final do Ramadã, o mês sagrado do jejum muçulmano. "Ela sempre ajudou toda a gente. Ela nunca se recusou a ajudar. Era a primeira a correr quando alguém era baleado ", disse Shatat.

BALANÇO DE 118 MORTOS


No protesto de ontem houve dois mortos e pelo menos 40 feridos. Desde que os protestos em Gaza começaram em 30 de março pelo direito de retorno dos refugiados, 118 palestinos foram mortos pelo exército israelita, segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza.

(Resumo em português do texto original aqui)
Publicada por "movimentoenfermeirosesaúde.blogspot.pt" 


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