Razan Najjar
"Com as nossas almas e o nosso
sangue vai resgatar a nossa mártir Razan", gritou a multidão para o
cortejo fúnebre que passava com o corpo de Najjar envolvido numa bandeira
palestina. O cortejo passou perto da casa Najjar, na cidade de Juza, perto da
fronteira com Israel.
"Eu quero que o mundo ouça a minha
voz ... Que culpa tem a minha filha?" Perguntou Sabrin, a mãe de Razan,
durante o funeral. Najjar, 21 anos, a mais velha de seis filhos, foi baleada no
pescoço enquanto tratava de pessoas feridas acerca de cem metros da fronteira
entre Gaza e Israel, segundo o centro palestino de direitos humanos Al Mezan.
O exército israelita atira sobre
qualquer um que se aproxime da fronteira a menos de 300 metros de distância,
mas, nos protestos dos últimos dois meses, soldados dispararam contra pessoas
que estavam mais distantes – segundo depoimentos de jornalistas estrangeiros
presentes, bem como manifestantes e ONGs.
O ministro da Saúde palestino, Jawad
Awwad, descreveu a morte de Najjar como um "crime de guerra" e
explicou que o exército israelita atirou apesar do uniforme médico – informação
que Al Mezan corroborou.
Izzat Shatat, 23 anos, voluntário de
saúde, explicou que ele e Najjar iriam anunciar seu compromisso no final do
Ramadã, o mês sagrado do jejum muçulmano. "Ela sempre ajudou toda a gente.
Ela nunca se recusou a ajudar. Era a primeira a correr quando alguém era
baleado ", disse Shatat.
BALANÇO DE 118 MORTOS
No protesto de ontem houve dois mortos e
pelo menos 40 feridos. Desde que os protestos em Gaza começaram em 30 de março
pelo direito de retorno dos refugiados, 118 palestinos foram mortos pelo
exército israelita, segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza.
(Resumo em português do texto original aqui)
Publicada por "movimentoenfermeirosesaúde.blogspot.pt"
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