por KKE
Manifestação do PAME, 15/Janeiro/2018.
Na noite de 15 de Janeiro o parlamento grego aprovou o projecto de lei que
prevê novas medidas anti-populares, numa sessão plenária com votação nominal
como exigido pelo KKE. Dentre as medidas aprovadas destacam-se: o ataque ao
direito de greve, a extensão de leilões electrónicos de dívidas para com a
administração fiscal e fundos da Segurança Social, corte nas prestações sociais
para com crianças e inválidos. Outros elementos no projecto de lei aprovado
incluem privilégios e novas isenções fiscais para grupos de negócios.
O secretário-geral do CC do KK e outros
deputados do partido denunciaram os objectivos reais anti-trabalhadores
atendidos pela nova lei e pela linha política do governo como um todo e
demonstram o acordo substancial da Nova Democracia [partido da direita] com um
certo número de medidas anti-povo. Os deputados do KKE enfatizaram que com esta
linha política o governo SYRIZA-ANEL "semeia ventos e colherá
tempestades".
Dimitris Koutsoumpas, secretário-geral
do CC do KKE, ao tomar a palavra dirigiu-se ao primeiro-ministro A. Tsipras do
pódio do Parlamento com as seguintes palavras:
"Vocês enganam-se a si próprios se
pensam que a classe trabalhadora, o povo, aceitará esta situação como algo
feito e consumado. Nós vos dizemos que não abandonaremos sem combate os
direitos adquiridos pela classe trabalhadora com o seu sangue. Vocês nos
encontrarão constantemente no vosso caminho, por muita lama que atirem, por
muita calúnia que utilizem, por muito autoritarismo que possuam, qualquer que
seja o número de lacaios que vocês paguem. E nós vos recordamos que ri melhor
quem ri por último".
Nestes dias dezenas de milhares de
trabalhadores em todo o país participaram na greve de 12 de Janeiro, bem como
na outras mobilizações organizadas pelos sindicatos com orientação de classe na
semana anterior e na noite de 15 de Janeiro a fim de denunciar a linha política
anti-povo do governo. A Frente Militante de Todos os Trabalhadores (PAME) apela
aos trabalhadores a que continuem no caminho da militância, da luta colectiva,
a utilizar toda a sua força para melhorar o funcionamento dos sindicatos, para
mudar decisivamente a correlação de forças dentro do movimento trabalhista e
sindical, para por um fim às leis e medidas anti-populares no seu conjunto.
16/Janeiro2018
A versão em inglês encontra-se em
inter.kke.gr/...
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