quarta-feira, 26 de junho de 2024

As empresas falidas multiplicam-se na zona euro

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número de falências de empresas continua a aumentar desde a pandemia em vários países da zona euro, de acordo com a Coface, uma companhia de seguros de crédito.

Os confinamentos, a guerra da Ucrânia (sanções contra a Rússia) e a inflação acabaram por esgotar um tecido empresarial que já estava em agonia. Em 2019, a imprensa especializada falou de "empresas zombie", mas graças aos subsídios e às baixas taxas de juro, as empresas puderam respirar.

Durante a pandemia, a ajuda pública permitiu a sobrevivência de muitas empresas. No início, os tribunais de comércio foram indulgentes. Mas isso acabou. O dinheiro fácil deixou de existir. Os empréstimos têm de ser reembolsados e o Banco Central Europeu endureceu a política monetária. "A economia da zona euro atingiu o fundo do poço", afirma a Coface.

A atividade económica não recuperou o nível anterior à pandemia, diz o relatório. As sanções impostas à Rússia fizeram subir os preços da energia e os indicadores estão a ficar vermelhos, uns atrás dos outros. Muitas empresas encerraram as suas máquinas. ( e milhares de trabalhadores para o desemprego)

Em termos percentuais, a Espanha é o país da União Europeia onde os pedidos de falência mais cresceram desde 2020, ano em que começou a pandemia. O número total de empresas que fecharam as portas cresceu 163%.

Nos quatro anos anteriores à pandemia (2016-2019), foram registadas menos de 15 000 falências em Espanha; nos quatro anos seguintes, o número duplicou. Trata-se de um aumento de 100 por cento.

Na Alemanha, 5.209 empresas declararam falência nos primeiros três meses deste ano, o que representa um aumento de 26,5% em relação ao quarto trimestre anterior.

A situação é a mesma nos Estados Unidos. O número de falências aumentou 17% em agosto do ano passado, em comparação com o mês anterior, devido ao aumento das taxas de juro.

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