quarta-feira, 27 de março de 2024

O ataque terrorista em Moscovo não parece ser obra do ISIS: “Seja quem for, reside na Ucrânia”


As tentativas de Washington de culpar o Estado Islâmico* pelo ataque terrorista de sexta-feira, 22 de março, em Moscou, não coincidem com o comportamento subsequente dos perpetradores, disse à Sputnik o ex-oficial de inteligência do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA, Scott Ritter.



 24/3/2024

 

 Apontando para o facto de os terroristas terem sido detidos enquanto fugiam para a Ucrânia depois de cometerem o massacre, Ritter observou que “as pessoas que se envolvem em violência” têm uma tendência a “navegar em direcção ao seu verdadeiro norte” no final do dia.

 “O que quero dizer com isto é que pensamos numa equipa de forças especiais que opera atrás das linhas inimigas: se estão comprometidas, tentam regressar ao seu país de origem, tentam fugir para linhas amigas”, explicou, acrescentando que “O ISIS é leal à sua versão pervertida de religião. Seu verdadeiro norte é se tornarem mártires, navegar de volta ao céu.”

“Mas não foi isso que estes terroristas fizeram”, continuou o especialista, salientando que “o norte dos atacantes era a Ucrânia. E isso é tudo que precisamos saber sobre isso. “Este foi um ataque relacionado ao conflito em curso entre Moscou e Kiev.”

“Quem estava por trás deste ataque? Quem são os autores intelectuais? Os serviços de segurança russos irão descobrir. Mas quem quer que sejam, residem na Ucrânia”, concluiu Ritter.

Recorde-se que pelo menos 133 civis morreram depois de um grupo de terroristas armados ter invadido a sala de concertos Crocus City Hall, disparando indiscriminadamente contra o público.

As autoridades de segurança russas lançaram operações, graças às quais os perpetradores foram presos. Da mesma forma, foi lançada uma investigação para descobrir a identidade dos responsáveis ​​intelectuais pelo massacre, que foi descrito pelo Governo russo como um “ato terrorista”.

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