"No dia 1º de maio, comemora-se o Dia do Trabalho
ou Dia do Trabalhador, como forma de celebrar as conquistas dos
trabalhadores ao longo da história. Nessa mesma data, em 1886, ocorreu
uma grande manifestação de trabalhadores na cidade de Chicago, nos
Estados Unidos. Em Chicago, milhares de trabalhadores protestavam contra
a enorme carga horária pela qual eram submetidos, ou seja, 13 horas
diárias. A proposta era reduzir para 8 horas diárias. Além da diminuição
da carga horária, os trabalhadores também exigiam descanso semanal
remunerado e um período anual de férias, direitos trabalhistas que ainda
não existiam na época. Os organizadores das manifestações foram
denominados Mártires de Chicago. No monumento erguido a eles, estava o
seguinte epíteto: “Um dia nosso silêncio será mais forte que as vozes
que hoje vocês estrangulam”
O governo PPD/P"SD"/CDS que começou por dar o dito por não dito nas suas demagógicas promessas vai continuar por essa via, ele será a nova face de um governo ainda mais à direita do que as políticas do anterior governo do PS, terá o apoio dos conservadores ultra reacionários da IL e do fascista Chega nas medidas mais importantes que favorecem os grupos e a classe capitalista nacional e estrangeira, tais como a baixa do IRC, a nacionalização da TAP e de outras empresas públicas lucrativas, o favorecimento da iniciativa privada nas áreas da saúde, na educação em prejuízo dos serviços públicos.
O apoio à guerra imperialista na Ucrânia e Palestina proporcionadas pelos EUA/UE/NATO e Israel, com dezenas de milhares de mortos, na sua maioria crianças, para o qual querem arrastar os povos da Europa, bem como os novos investimentos financeiros em armamento militar para o reforço da NATO, com altos custos económicos e sociais para a classe trabalhadora europeia, em nome do "perigo" de evasão militar da Russia, será outra área que fará convergir não só toda a maioria de direita com o governo AD, bem como o próprio PS.
Daí que a comemoração do próximo dia 1º de Maio se deva revestir da maior
importância para todos trabalhadores, não só porque é urgente nos UNIR-MOS e ORGANIZAR em torno dos nossos direitos laborais e sociais, bem como cortar com
a prática sindical reformista/capituladora que desde novembro de 1975 se instalou e
tem vindo a conciliar e a ceder constantemente aos interesses económicos
da burguesia capitalista com enorme perda de conquistas laborais e
sociais, e ainda mais grave na medida em que contribuiu para a perda de consciência de classe e politica de centenas de milhares de trabalhadores.
A nova
situação coloca exigências à classe trabalhadora que não se compadecem
com as formas de luta que após o 25 de novembro foram levadas à pratica ou com quaisquer ilusões no actual quadro parlamentar que se possam formar de que seja possível derrubar
ou mesmo impedir tal ofensiva capitalista imposta pelas "novas regras" da UE sobre política laboral e
social que o governo AD se presta para executar, bem como o avanço da
reação e do fascismo. Só uma forte mobilização operária e popular em
torno da recuperação dos direitos roubados, e de outros a
conquistar, pode impedir que tal ofensiva capitalista se concretize.
Daí que apelemos a todos os trabalhadores a que centrem a luta nas seguintes palavras de ordem:
Abaixo a nova maioria reacionária ao serviço dos interesses imperialistas da UE e dos EUA/NATO !
Fora a UE, fora a NATO !
Abaixo a exploração e o roubo capitalista! Abaixo o capitalismo!
Viva o Internacionalismo Proletário !
Viva o Primeiro de Maio !