sábado, 16 de setembro de 2017

Que nada fique para trás!


O que mobilizou e trouxe à luta a esmagadora maioria da classe de enfermagem foi a conclusão de que as negociações por si só, pouco lhes acrescentaria e que só a luta lhe poderia trazer vantagens e satisfação das suas reivindicações.

Foi isso que a direção do SEP não quis “perceber” e que o levou a tomar a posição politica sindical ESFARRAPADA de não querer aderir à greve e a continuar agarrado ao processo “negocial” com o qual se tinha comprometido com o governo


Tal atitude foi amplamente aproveitada e explorada pelos outros “sindicatos” SE e SIPE, na medida em que compreenderam que tinha chegado finalmente o momento para sair da pequenez e falta de representatividade que sempre tiveram, não porque não tivessem tido outras oportunidades concedidas pela prática sindical de conciliação de classes das várias direcções sindicais anteriores que têm dirigido o SEP ,mas porque a sua prática politica e sindical reaccionária não só converge como é determinada pelas opções politicas dos partidos que têm liderado tais governos e, imposto um regime de ALTA EXPLORAÇÃO e de ROUBO dos DIREITOS LABORAIS,SALARIAIS e SOCIAIS e isso lhes tenha merecidamente justamente o masi vivo repúdio e desprezo manifestado ao longo dos anos pela classe dos enfermeiros.

Como continuará MOBILIZADA e UNIDA em torno das suas reivindicações, que não passam apenas e só, pelas 35 horas, pelas horas de qualidade e pelo aumento da remuneração dos enfermeiros especialistas, que tanto a direcção do SEP como demais outras direções sindicais SE e SIPE estão empenhados em negociar e ao que parece…. o governo capitalista PS em face da ampla e forte mobilização parece estar disposto a abrir mão no próximo OE, deixando para trás outras reivindicações tão ou mais importantes que as que estão a ser “negociadas” que interessam à esmagadora maioria da classe de enfermagem e que por isso se mobilizou e fez ultrapassar todas as divisões existentes e previsões previstas, inclusive pelas das direcções sindicais que não esperavam uma aderência e mobilização tão grande, tanto em relação à greve como à manifestação e estas se tornarem numa enorme demonstração de FORÇA e UNIDADE , reivindicações essas ao que parece as ditas direcções sindicais não deram importância na medida em que as deixaram para trás e não estar a ser negociadas, e que são:

‑Pelo fim do trabalho precário e a prazo e pela integração na Função Publica, como factor de segurança e estabilidade laboral.

-E o aumento salarial não só para os especialistas, mas para todos os enfermeiros generalistas

Só a LUTA em UNIDADE pode mobilizar e elevar a consciência dos trabalhadores a RESISTIR à exploração e assegurar a conquista dos direitos laborais, salariais e sociais. Assim sendo exortamos todos os enfermeiros a manterem-se VIGILANTES, UNIDOS e FIRMES na sua luta e a exigir que todas as suas reivindicações sejam consideradas e a ser negociadas, que nada fique para trás que possa prejudicar a grande maioria da classe, neste caso os enfermeiros “generalistas” precários e a prazo, que possa cavar maior divisão entre a classe dos enfermeiros .

Viva a justa luta dos enfermeiros!

Que nada fique para trás!

A luta continua!

O colectivo Comunista “A Chispa!”
16/9/2017


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