O que mobilizou e trouxe à luta a
esmagadora maioria da classe de enfermagem foi a conclusão de que as
negociações por si só, pouco lhes acrescentaria e que só a luta lhe poderia
trazer vantagens e satisfação das suas reivindicações.
Foi isso que a direção do SEP não quis
“perceber” e que o levou a tomar a posição politica sindical ESFARRAPADA de não
querer aderir à greve e a continuar agarrado ao processo “negocial” com o qual
se tinha comprometido com o governo
Tal atitude foi amplamente aproveitada e
explorada pelos outros “sindicatos” SE e SIPE, na medida em que compreenderam
que tinha chegado finalmente o momento para sair da pequenez e falta de
representatividade que sempre tiveram, não porque não tivessem tido outras
oportunidades concedidas pela prática sindical de conciliação de classes das
várias direcções sindicais anteriores que têm dirigido o SEP ,mas porque a sua
prática politica e sindical reaccionária não só converge como é determinada
pelas opções politicas dos partidos que têm liderado tais governos e, imposto
um regime de ALTA EXPLORAÇÃO e de ROUBO dos DIREITOS LABORAIS,SALARIAIS e
SOCIAIS e isso lhes tenha merecidamente justamente o masi vivo repúdio e
desprezo manifestado ao longo dos anos pela classe dos enfermeiros.
Como continuará MOBILIZADA e UNIDA em
torno das suas reivindicações, que não passam apenas e só, pelas 35 horas,
pelas horas de qualidade e pelo aumento da remuneração dos enfermeiros
especialistas, que tanto a direcção do SEP como demais outras direções
sindicais SE e SIPE estão empenhados em negociar e ao que parece…. o governo
capitalista PS em face da ampla e forte mobilização parece estar disposto a
abrir mão no próximo OE, deixando para trás outras reivindicações tão ou mais
importantes que as que estão a ser “negociadas” que interessam à esmagadora
maioria da classe de enfermagem e que por isso se mobilizou e fez ultrapassar
todas as divisões existentes e previsões previstas, inclusive pelas das
direcções sindicais que não esperavam uma aderência e mobilização tão grande,
tanto em relação à greve como à manifestação e estas se tornarem numa enorme
demonstração de FORÇA e UNIDADE , reivindicações essas ao que parece as ditas
direcções sindicais não deram importância na medida em que as deixaram para
trás e não estar a ser negociadas, e que são:
‑Pelo fim do trabalho precário e a prazo
e pela integração na Função Publica, como factor de segurança e estabilidade
laboral.
-E o aumento salarial não só para os
especialistas, mas para todos os enfermeiros generalistas
Só a LUTA em UNIDADE pode mobilizar e
elevar a consciência dos trabalhadores a RESISTIR à exploração e assegurar a
conquista dos direitos laborais, salariais e sociais. Assim sendo exortamos
todos os enfermeiros a manterem-se VIGILANTES, UNIDOS e FIRMES na sua luta e a
exigir que todas as suas reivindicações sejam consideradas e a ser negociadas,
que nada fique para trás que possa prejudicar a grande maioria da classe, neste
caso os enfermeiros “generalistas” precários e a prazo, que possa cavar maior
divisão entre a classe dos enfermeiros .
Viva a justa luta dos enfermeiros!
Que nada fique para trás!
A luta continua!
O colectivo Comunista “A Chispa!”
16/9/2017
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