Diante do atentado ocorrido em
Barcelona, o Secretariado Político do PCPE quer expressar sua mais firme
condenação ao acontecido e sua plena solidariedade para com as vítimas, seus
familiares e com o conjunto do povo de Barcelona, que se viu afetado por este
ato terrorista.
Atentados como este, mas também como os
recentes em Londres, Paris, Nice ou Berlim, não são atos isolados, mas se
enquadram numa concreta situação internacional na qual as vítimas sempre são os
trabalhadores e os povos.
O Estado Islâmico, que reivindicou o
atentado, é uma criação das potências imperialistas ocidentais. Tanto os
Estados Unidos como a União Europeia financiaram, legitimaram e armaram esse
grupo para convertê-lo em um fator desestabilizador no Oriente Médio, aliado a
seus própios interesses geoestratégicos.
Os governos espanhóis têm sido parte
ativa destas manobras, chegando a apoiar a entrega de armas a grupos
terroristas na Síria, intervindo militarmente no Iraque, na Síria e no
Afganistão e cedendo nossa terra, nosso mar e nosso ar para facilitar agressões
e ingerências na Ásia e na África.
Sabemos perfeitamente quem são os
cúmplices do ocorrido em Barcelona. Tanto o Governo como a Casa Real são firmes
aliados daqueles que diretamente apoiam e financiam o terrorismo jihadista,
como a Arábia Saudita e as demais monarquias do Golfo. Ao mesmo tempo, são os
que alimentam e difundem o terrorismo em países como a Venezuela.
Em momentos como este não cabem posições
ambíguas. É necessário marcar uma clara linha divisória entre aqueles que
fomentam as guerras e aqueles que delas padecem.
De um lado, está quem apóia e participa
das guerras imperialistas, quem fomenta o terrorismo e se beneficia do saque e
da exploração de países inteiros para em seguida manter em condições desumanas
os refugiados nos Centros de Internamento de Estrangeiros ou nas fronteiras de
Ceuta e Melilla.
De outro lado, está a classe operária e
o povo trabalhador, que tem expressado de forma contundente sua solidariedade
através de múltiplas vias, sobretudo por meio do pessoal da Saúde – que
trabalhou a noite toda para atender as massivas doações de sangue -, dos
taxistas – que ofereceram transporte gratuito a quem dele necessitou durante as
horas posteriores ao atentado – ou dos trabalhadores da empresa de segurança
Eulen, que, apesar dos ataques midiáticos que vêm sofrendo por sua luta contra
a empresa e o Governo, suspendeu temporariamente a greve por tempo
indeterminado.
Nos próximos dias vamos ter que
enfrentar episódios de manipulação política e tentativas de colocar a maioria
da classe operária e do povo trabalhador sob bandeiras alheias com fins
antidemocráticos, anti-operários e repressivos. Vamos ter que enfrentar uma
campanha de xenofobia e racismo contra a população árabe e/ou muçulmana.
Por isto, o PCPE faz o seguinte
chamamento:
Reforcemos a luta contra o imperialismo
e suas guerras. Devemos denunciar os culpados por estes ataques e seus
cúmplices, que favorecem, com suas agressões e suas alianças com terceiros
países, o desenvolvimento de organizações assassinas como o Estado Islâmico.
Lutemos decididamente contra o racismo,
a xenofobia e toda forma de reação, praticando amplamente a solidariedade para
com a população árabe e/ou muçulmana que vive na Espanha.
Nem terra nem mar nem ar para os
imperialistas e seus grupos terroristas!
Solidariedade internacionalista e de
classe frente à reação!
Madri, 18 de agosto de 2017
Secretariado Político do PCPE
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