sexta-feira, 28 de julho de 2017

A administração da Auto-Europa Volkswagem se quiser aumentar a produção, que invista na ampliação da empresa e que empregue mais tralhadores.


O pré-acordo entre a administração e os elementos que compõem a Comissão de Trabalhadores é altamente prejudicial aos interesses dos trabalhadores, não só do ponto de vista económico, bem como social na medida em que os trabalhadores nunca mais terão direito a ter um fim de semana completo para estar com as suas famílias.

Resistam ao terror psicológico que vos é imposto pela administração ou a ameaças de despedimento ou de deslocação da empresa, porque como bem sabem a Auto-Europa Volkswagen, bem como as outras empresas estrangeiras que estão em Portugal e que representam 60% das exportações, não estão cá pelos lindos olhos dos trabalhadores portugueses, mas sim porque aqui têm grandes benefícios fiscais, bem como grandes facilidades de fuga ao fisco, subsídios de vária ordem e na ordem dos milhões de euros concedidos por todos os governos do passado e actual que mantêm uma mão de obra extremamente barata, dócil e submissa que se deixa manobrar facilmente que os atrai para "investir" em Portugal.

Tal cedência a existir implicará mais uma pesada derrota para os trabalhadores da Auto-Europa Volkswagen na medida em que ao longo dos anos paulatinamente têm vindo a perder direitos laborais arduamente conquistados pelas gerações operárias mais antigas, como resultado das variadas cedências feitas pelos elementos colaboradores que têm composto os orgãos representativos, que os governos reacionários e a burguesia capitalista no seu conjunto bastante têm elogiado como bem sabem.

Por outro irá causar enormes consequências e repercussões negativas na luta a travar pelo retorno dos direitos laborais roubados após o 25 de Novembro de 1975, pelos governos capitalistas anteriores, em particular pelo recente PSD/CDS/Tróika imperialista e que o actual governo PS vai procurar manter.

As migalhas inscritas no pré-acordo entre os elementos da CT e a administração não vão pagar a perda de um direito laboral tão importante como vai agravar profundamente os ritmos de trabalho e o grau de exploração de que já sois vitimas.

A administração da Auto-Europa Volkswagen se quiser aumentar a produção, que invista na ampliação da empresa e que empregue mais tralhadores. Pois até ao inicio de 2018 tem muito tempo para o fazer.

Daí que pensemos que não deveis desconvocar qualquer forma de luta já convocada e que inclusive devem de aprovar outras até que a administração recue da sua ofensiva contra os direitos laborais e sociais conquistados com muita luta e sacríficio de várias gerações operárias.


O colectivo comunista A Chispa!

28/7/2017

2 comentários:

  1. os dias escolhidos para a greve foram mal escolhidos, foram escolhidos para uma altura que o turno da tarde só trabalha 4 horas e mete folga as outras 4 porque não há encomendas que justifiquem trabalhar 16 horas. a partir do meio de setembro as encomendas já justificam trabalhar dois turnos completos e a greve devia ter sido marcada para essa altura porque da maneira que está eles desconvocam os meios dias de folfa as duas semanas que faltam e anulam o efeito da greve

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    1. Concordo consigo mas agora o mais importante é:

      O não esmagador ao pré-acordo tramado entre a administração e a Comissão de Trabalhadores reduziu-lhes o campo de manobra, mas pensar que tal resultado será suficiente para conter a ofensiva patronal e os objectivos contidos no pré-acordo, seria uma ilusão tremenda e de enormes consequências para os trabalhadores caso não se prepararem desde já para confrontar as ameaças e o terrorismo verbal tanto da administração como dos elementos da CT com vista a fazer recuar os trabalhadores na sua decisão.

      Para que a situação de 2009 não se repita, em que obrigaram os trabalhadores a votar de novo um pré-acordo que já tinham rejeitado por ampla maioria, onde constava determinadas medidas que os fez perder parte dos seus direitos laborais, somos de opinião na medida em que não respeitam a vontade dos trabalhadores, que tais elementos sejam afastados da CT já que estão altamente alinhados com os interesses da administração como se pode provar pelas suas declarações, caso não sejam destituídos e como em 2009, os trabalhadores poderão sofrer uma pesada derrota.

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