Organizar a resistência e a luta dos trabalhadores em todos os cantos do mundo
Prezados Colegas,
Em nome da Federação Sindical Mundial,
queremos fazer uma forte saudação a todos os representantes das organizações
sindicais de trabalhadores.
Vivemos um período em que a vida, a
qualidade de vida, o trabalho e as condições de trabalho para a classe operária
e os camponeses pobres seguem piorando dia a dia em todo o mundo capitalista. A
situação é crucial para todos os trabalhadores; as gerações mais jovens, os
jovens trabalhadores, os jovens cientistas e os jovens camponeses vivem na
incerteza e insegurança para o futuro.
A FSM está organizando a resistência e
as lutas dos sindicatos em todos os cantos do mundo, a fim de defender as
conquistas dos trabalhadores de todos os países e setores. A partir desta
tribuna, condenamos as perseguições sindicais no Cazaquistão; expressamos nossa
solidariedade com os sindicalistas na Colômbia que sofrem a violência de grupos
paramilitares; estamos ao lado, especialmente, de sindicalistas colombianos que
lutam contra o desmantelamento dos seus sindicatos. Ao lado dos trabalhadores
de Honduras lutando por acordos coletivos, ao lado dos professores no México,
em suas lutas contra as reformas educacionais, expressamos nossa solidariedade
com os ex “Braceros” e nossos irmãos em Angola. Expressamos nossa solidariedade
com os professores e a classe trabalhadora na Turquia que sofrem as
consequências das políticas anti-democráticas do Governo turco. Condenamos a
política anti-trabalhista da multinacional SAMSUNG e apoiamos o Sindicato Geral
de Trabalhadores da Samsung e seu Secretário Geral, Kim Sung Hwan, que foi
preso por 3 anos por causa de sua atividade sindical.
A situação é complicada e incerta. A
pobreza extrema e alto desemprego geram muitas dificuldades no desenvolvimento
das lutas. Mas não temos escolha. É nosso dever unir todos os trabalhadores de
acordo com sua classe social e organizar a nossa resistência, às vezes de
maneira defensiva e às vezes para atacar. Com uma estratégia flexível e
inteligente para ter resultados concretos positivos para os trabalhadores. Junto
com a luta por nossos direitos econômicos, sociais, democráticos e sindicais
que realizamos, também devemos consolidar nossas ações contra as estratégias do
imperialismo, das multinacionais e transnacionais, que causam derramamento de
sangue à muitos povos e obrigam milhões de pessoas a deixar seu país, sua
região e seu lar.
Como FSM, temos a nossa solidariedade e
internacionalismo com os povos e países que sofrem com intervenções
imperialistas na vanguarda das nossas lutas dentro do movimento sindical
internacional.
– A Venezuela está agora na mira das
políticas dos Estados Unidos e seus aliados.
– Cuba continua sofrendo o criminoso
bloqueio dos Estados Unidos que dura mais de 55 anos.
– O povo palestino ainda vive sem ter
seu próprio país, enquanto milhares de crianças palestinas estão encarceradas
em prisões israelenses.
– O povo sírio sofre com os ataques de
milhares de mercenários que foram recrutados e apoiados pelos imperialistas.
– O povo do Iraque, Mali, Líbia,
Afeganistão, sofre com as políticas antidemocráticas.
– A região do Golfo está em chamas por
causa de disputas econômicas e antagonismos interimperialistas.
– O povo mexicano é vítima do racismo e
das ameaças do presidente dos Estados Unidos, que ameaça construir um muro e
perseguir todos os imigrantes econômicos.
Este é o quadro da realidade obscura do
capitalismo atual. Nestas circunstâncias, a classe operária mundial, todos os
trabalhadores, precisam de um movimento sindical militante, eficiente e ativo.
Necessitamos de sindicatos valorosos, que resistam, que sejam democráticos. Que
prestem atenção à base dos seus membros e para unir todos os trabalhadores,
independentemente da sua religião, etnia, gênero ou idioma.
No contexto atual, o tema “Construir um
futuro com trabalho decente” é mais preciso do que nunca e só pode ser
alcançado através das lutas de classe que colocam como central a satisfação das
necessidades atuais dos trabalhadores. O movimento sindical também precisa de
uma OIT representativa, sem exclusões ou discriminações; com igualdade de
tratamento dos seus sindicatos membros, com democracia e transparência. Neste
sentido, a FSM criou e distribuiu um texto de princípios gerais. Continuaremos
nossa luta até que se termine o quadro unilateral atual do Conselho de Administração.
A representação proporcional, igualdade e transparência são as condições
prévias para o trabalho decente e para relações decentes.
Obrigado.
George Mavrikos – Secretário Geral da
FSM
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