quinta-feira, 11 de maio de 2017

Uma luta sem quartel aguarda a europa. O espetro da reação e do fascismo adensa-se e agrava-se a cada dia que passa.


1 - Cai o último baluarte da social-democracia a que as classes burguesas davam sustentação na Europa do pós guerra. Os Partidos socialistas renderam-se à ofensiva reacionária da grande burguesia contra as classes trabalhadoras e com isso eclipsaram-se. 

A crise económica por uma lado, o projeto de um Europa imperialista por outro, abrem caminho por cima dos cadáveres da social-democracia. 

A França era um dos baluartes mais sólidos das reformas obtidas pelas classes trabalhadoras conhecidas sob a designação de Estado-social. O que se está a jogar e a decidir em França é o destino desse estado-social , é a destruição do seu último e mais forte baluarte. Macron é uma declaração de guerra às classes trabalhadoras, guerra que o PS Francês mostrou não estar à altura de liderar. A burguesia precisa de partidos de combate coesos e limpos da cartilha social-democrata. Precisa de partidos de reação (a todo o conjunto de reformas democráticas a que se viu obrigada). O PS tornou-se incapaz de para levar por diante essa "contra-revolução". Desfaz-se dilacerado pelas suas próprias contradições.

O Futuro partido de Macron é o PS reconfigurado de acordo com as necessidades da grande burguesia e da sua ofensiva sem tréguas contra os trabalhadores e contra direitos e reformas democráticas.
2 - A esquerda pró-europeia, mais não tenta que ocupar esse espaço agora vazio, representando a luta das classes médias atreladas ao grande capital na vã tentativa de moderar os efeitos que também sobre si se abatem. Tornar o grande capital monopolista franco-Alemão adepto de uma Europa social é não só patético, como revela uma miopia próxima da indigência. As ilusões destas camadas sobre a verdadeira natureza da União Europeia permite-lhes manterem-se a discutir o acessório, a negociar migalhas e a adormecer as classes trabalhadoras para a verdadeira guerra de classes em curso.

Votar Macron para derrotar Le Pen é aceitar a derrota antes mesmo de travar a luta, é rendermo-nos ao ponto de já só termos como alternativa a de escolher qual dos dois carrascos preferimos que puxe a guilhotina que nos há-de cortar a cabeça.

Cavar trincheiras, declarar guerra à guerra é a única alternativa que resta às classes trabalhadoras. Guerra à U. Europeia, Guerra em defesa da soberania das nações, Guerra às agressões imperialistas da U. Europeia sobre os outros povos(Síria, Libia, Yemen, etc) Guerra à destruição do estado-social, guerra em defesa dos direitos democráticos, guerra contra os salários de miséria e agravamento do horário de trabalho, guerra contra o desemprego.
Uma luta sem quartel aguarda a europa. O espetro da reação e do fascismo adensa-se e agrava-se a cada dia que passa.

Só nas próprias batalhas se acumulam forças e se alinham as classes.

A luta e só a luta decidirá o desenlace da batalha já em curso.

Ou Socialismo ou a barbárie imperialista tal é o verdadeiro dilema com que os povos estão confrontados.

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