quarta-feira, 16 de setembro de 2015

É necessário e urgente retirar todas as conclusões politicas destes quatro anos e AVANÇAR!

Depois de quatro anos de profunda ofensiva capitalista sobre os direitos sociais e laborais dos trabalhadores e da maioria da população pobre, da Escola Pública e dos Serviços de Saúde Públicos e do resto das empresas públicas que faltava privatizar ou desmantelar pelos anteriores governos capitalistas PS ou PSD/CDS, politica esta responsável pelo agravamento das condições sociais de 2,5 milhões pessoas que passam fome; do meio milhão de trabalhadores que tiveram que emigrar; de 22% de desemprego real  (que por muito que o governo/CEFP (Centro de Emprego e Formação Profissional) aldrabe e o Instituto de Estatísticas colabore no apagão dos números  do desemprego e os coloque ao serviço da propaganda reaccionária do governo, não deixa de constituir uma realidade denunciada inclusivamente por várias instituições sociais, da igreja e outras personalidades bem próximas do governo);  do aumento dos impostos para os trabalhadores e  a baixa do IRC para os capitalistas;do crescente número de trabalhadores a serem obrigados a trabalhar em regime de falsos recibos verdes e precaridade laboral superior a 20% da população activa, e em muitos casos a receber abaixo do que o SMN (salário minimo nacional) estipula; bem como o crescimento da população trabalhadora a receber o SMN e que segundo dados do "Gabinete de Estratégia e Estudos, em outubro de 2014, 25% das mulheres recebia o salário mínimo, enquanto 15% dos homens ganhava 505 euros. No ano passado, eram 880 mil trabalhadores a receber o salário mínimo. Três anos antes, eram menos 345 mil", o que quer dizer, que por um lado se agrava o grau de exploração sobre os trabalhadores e que por outro aumenta o enriquecimento dos capitalistas; 35%  dos jovens em idade de poder trabalhar, estão desempregados e são obrigados a emigrar, entre eles dezenas de milhares de licenciados; um terço das crianças, na sua maioria filhos da classe trabalhadora, vive abaixo do chamado limite de pobreza estabelecido pelo  governo e pelo parlamento burguês, centenas de milhar entre as quais, vivem em extrema pobreza; Os reformados pobres, depois de uma longa vida de trabalho e exploração são tratados abaixo do nível do chão, as suas reformas são miseráveis e não se compadecem minimamente com as necessidades da sua sobrevivência, vem agora o governo a elogiar tal politica e a dizer que não se pode colocar os sacrifícios feitos pelos portugueses, (ou seja pela classe trabalhadora e reformados pobres) em risco, o que quer dizer que tais sacrifícios são para manter e que caso seja eleito de novo para governar, continuará exactamente a aprofundar a mesma politica.

Tais afirmações de tal politica reacionária em aliança e de submissão aos ditames imperialistas da UE só podem ser produzidas por um governo em fim de mandato, apoiado em sondagens favoráveis, como resultado das facilidades e conciliação que lhe foram concedidas ao longo de toda a sua governação, por uma oposição parlamentar, cada qual com as suas diferenças e até apoiantes em várias situações, como foi o caso do PS que esteve na base do "memorando" imposto pela Tróika imperialista e votando favoravelmente no primeiro OGE apresentado pelo governo PSD/CDS e em outras medidas propostas, como por exemplo a redução dos direitos laborais e outras matérias "acordadas" em sede de "concertação social", mas que no fundo todas as posições politicas se preocupavam em causar o minimo de oposição e dessa forma salvar a economia capitalista e a burguesia, daí que a sua oposição na maioria das vezes não passa-se de demagogia retórica e não ultrapassa-se as paredes do parlamento e limitada à expressão bastantes vezes repetida e quase "inocente"  de que o governo proponha e fazia aprovar a sua politica porque tinha falta de "sensibilidade social" quando na verdade as proponha única e exclusivamente para defender os interesses da burguesia. 

Por outro a oposição feita pelas centrais sindicais, a UGT desde o início se mostrou dialogante e colaboradora com tais politicas,nem a demagogia utilizada pelos seus dirigentes, conseguia encobrir a sua traição, pela parte da CGTP apesar dos protestos laborais e sociais realizados que poderiam acumular e aos poucos alterar a correlação de forças e ir obrigando o governo a recuar ou no minimo criar-lhe o máximo de dificuldades e isolamento à sua governação, na medida em que até várias personalidades da sua área politica entravam em contradição com as medidas mais reacionárias de austeridade, bem cedo demonstrou que não estava interessada em levar a sua confrontação e oposição ao governo PSD/CDS/C.SILVA/Tróika até ao limite das suas forças e apoiada na força dos trabalhadores, optou pela contenção da luta, transformando esta numa espécie de luta de guerrilha na maioria das vezes isolada e limitada aos dirigentes e delegados sindicais, mais como prova de sobrevivência e aproveitamento eleitoral das medidas de austeridade e anti-laborais do governo, do que própriamente em defesa dos interesses da classe trabalhadora. O que permitiu não só transformar estes quatro longos e bárbaros anos, numa PASSEATA do governo, como reforçou a sua demagogia e ampliou o seu campo de manobra nas próximas eleições.

Assim sendo cabe aos trabalhadores e em particular aos mais conscientes e revolucionários, aos sindicalistas, retirar todas as concluões politicas destes quatro anos e AVANÇAR.





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