terça-feira, 16 de dezembro de 2014

TAP "Governo mantém intenção de privatizar, nós mantemos a greve"




O dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e dos Aeroportos Paulo Duarte disse hoje que a greve marcada para o final do ano se irá manter na sequência da recusa do Governo de suspender a privatização da empresa.

"A posição dos sindicatos ficou bem expressa no documento que enviámos. Nós pedimos que [o Governo] suspendesse este modelo de privatização em curso e, se assim fosse, a greve era suspensa", afirmou, explicando que face à recusa do Governo, a greve será mantida."

Ao afirmarem que estão contra este "modelo de privatização"  quer dizer que  aceitam a privatização e assim sendo trata-se de  uma grave cedência às pretensões reacionárias e anti-laborais do governo capitalista e a colocar em causa os interesses e a vontade dos trabalhadores várias vezes manifestada contra  qualquer forma de privatização da TAP, visto que não há nenhum "modelo" privado por melhor que seja o acordo realizado, que garanta os postos de trabalho, e até mesmo como empresa publica apesar de haver maior segurança, nada está garantido se os trabalhadores não estiverem permanentemente vigilantes e mobilizados contra tal situação.

Por outro, esta posição de cedência já provocou uma baixa gravíssima,  com o abandono do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo Civil, SNPVAC da própria Plataforma Sindical, por não concordar com tal proposta e se manter leal em relação a qualquer privatização, num momento em que se exige o máximo de unidade a todos os trabalhadores, bem como a todos os sindicatos seus representantes, em face da chantagem e ameaças de Requisição Civil por parte do governo.

Pensamos ainda que esta luta contra a privatização das empresas publicas, pela defesa dos interesses e direitos dos trabalhadores, não pode ficar isolada a cada empresa, porque não só fragiliza a luta de resistência a ter contra as intenções capitalistas do governo, bem como a sua própria vitória.

Assim sendo é importante que se estabeleça as ligações entre todas as empresas ameaçadas e avançar em unidade, transformando esta luta, numa luta de todas as empresas publicas, pois só assim será possível fazer recuar e até derrotar o governo reaccionário e conseguir a vitória para os trabalhadores.

Abaixo a chantagem e as ameaças de Requisição Civil!

Forjamos a unidade entre todas as empresas, contra o governo!

Viva a greve!





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