segunda-feira, 27 de junho de 2011

Grécia, Greve de 48 horas: A resposta aos novos dilemas intimidantes do governo e da EU.

"Enquanto em Portugal, os partidos ditos defensores dos trabalhadores, apelam e exigem a "renegociação" da divida soberana, que a fazer no quadro do capitalismo não deixara de ser o proletariado e os mais pobres da população a pagar a crise económica criada pela burguesia e pelo capitalismo? Na Grécia o PCdaGrécia e a Frente Sindical PAME apelam ao povo para levar a sua luta o mais longe possivel contra a ofensiva capitalista e o capitalismo." "A Chispa!"


KKE*
Após três dias de discussão no Parlamento, o retocado governo obteve, na terça-feira, 22 de junho,1 um voto de confiança, com os votos dos parlamentares do PASOK. 2. 155membros do Parlamento, dos 298 que participaram no processo, deram um voto de confiança ao governo, enquanto 143 votaram contra. 3.A Secretária-geral do CC do KKE Aleka Papariga, denunciou o dilema intimidante que a UE e o governo colocaram ao povo trabalhador grego:

“O ultimato da UE, da zona euro, não é dirigido ao governo grego, que já o aceitou há muito tempo, mas ao povo grego. E diz: baixem os braços; se o não fizerem não receberão a quinta prestação do empréstimo”.


Aleka Papariga assinalou: “consideramos que o povo grego deve fazer o seu próprio ultimato. Isto é a melhor coisa a fazer. Não pode haver nenhuma negociação radical no quadro da UE. Também há partidos da oposição que fazem sugestões ao governo para que tais negociações se verifiquem. Ou se trata de uma dita solução fácil ou de uma posição que ignora o caráter da UE. Diria mesmo que isso é uma deliberada ignorância do verdadeiro carácter desta aliança predadora, como lhe chamamos, apesar de ser uma frase suave dada a corrente situação.


Assim, o povo grego deve fazer o seu próprio ultimato. Nós podemos assinalar o que a UE, o governo da ND4 e do PASOK, a burguesia grega – todos os seus setores: industriais, armadores, banqueiros, comerciantes, etc. – devem ao povo grego”.


Da tribuna do Parlamento, a Secretária-geral do CC do KKE fez um apelo aos trabalhadores para que ignorassem os dilemas intimidantes e assumissem uma parte activa na luta: “agora que o povo abre os olhos e o medo desperta consciências – porque há também o medo do despedimento – o KKE defende com mais intensidade a posição de que o povo deve tomar nas suas próprias mãos a propriedade dos meios de produção, assim como dos recursos naturais”.


As forças de classe que se aglutinam na PAME5 apelam a uma greve de 48 horas, logoque o governo apresente no Parlamento o novo pacote de medidas antipopulares.
22/6/2011
* PCdaGrécia-KKE

Sem comentários:

Enviar um comentário

Por favor nâo use mensagens ofensivas.