sábado, 16 de abril de 2011

Não pagamos a vossa crise ! UE/FMI FORA DAQUI !


Em trinta e sete anos é a terceira vez, que os vários governos capitalistas afundam e aproximam o país da Banca Rôta.

O Individamento Externo que na maioria esmagadora das vezes foi feito para servir os interesses económicos da grande burguesia capitalista e financeira, atingiu valores colossais e superiores a 400.000 milhões de euros (sendo a divida pública perto de 175.000 milhões de euros) tornando quase impossível o seu pagamento.


Apesar deste valor volumoso da divida ainda receberem milhares de milhões de euros provindos da UE,(onde o FARTAR VILANAGEM, foi a palavra de ordem diária) o governo é OBRIGADO a recorrer a novo RESGATE, agora à UE/FMI, para pagamento dos juros aos crédores e injectar liquidês financeira na banca privada à beira do colápso e ainda para satisfazer as contas correntes do Estado.


Para que este RESGATE financeiro decorra de acordo com os seus interesses económicos, montaram um circo mediático à volta das decisões da UE/FMI, como se as imposições fossem o resultado do diálogo e da negociação préviamente obtido. É preciso dizer que não há NEGOCIAÇÃO NENHUMA entre a UE/FMI e o Governo, as medidas que vão ser impostas tanto no plano social, como no plano laboral para atender à situação de crise do DÉFICE PÚBLICO e do INDIVIDAMENTO EXTERNO são as medidas que a grande burguesia nacional e internacional vem exigindo ao governo há muito tempo e que este vem satisfazendo.


Para provar isto mesmo basta lêr as declarações do Sr. Strauss-Kahn, Director do Fundo Monetário Internacional (FMI) : "Portugal vai sofrer cortes orçamentais dolorosos e durante muito tempo". Dito de outra forma quer dizer: O governo cumprindo as ordens da UE/FMI e servindo os interesses económicos da classe capitalista dominante, vai impôr medidas de austeridade DOLOROSAS ao proletariado e aos mais pobres da população trabalhadora não assalariada.


Ou seja, eles vão impôr a redução do Estado Providência à sua minima expressão, com cortes financeiros no Sistema de Saúde e obrigar a população a pagar mais pelos serviços de saúde e farmaciéuticos que lhes são prestados; Congelamento das pensões e cortes nos apoios sociais em todas as áreas da Segurança Social; Cortes no apoio financeiro ao Ensino, prevendo-se o despedimento de milhares de professores.


No plano económico do Estado vão impôr a privatização das empresas publicas rentáveis e o encerramento das não rentáveis, como se todas as empresas que o Estado cria, estejam obrigadas a dar lucro, aqui milhares de trabalhadores tem o seu posto de trabalho em risco. Pretendem alargar ainda mais os sectores públicos da Educação e da Saúde ao capital privado e à igreija; Privatizar parte dos fundos da Segurança Social, como há muito o PSD e CDS exigem.


No sector económico privado e de acordo com as medidas que o actual governo tinha já preparado, vão impôr a Flexibilização total da Lei Laboral, transformando esta num farrapo, impondo uma maior precariedade laboral, maior facilidade para despedir e o não pagamento de qualquer soma indemnizatória ao trabalhador e cortes nos direitos económicos e sociais agregados ao trabalho, o aumento da carga horária e da exploração sobre os trabalhadores, com ritmos mais intensivos de trabalho.


A exemplo do que aconteceu no PEC III, as camadas intermédias assalariadas serão novamente fustigadas, além dos novos cortes salariais definitivos que vão sofrer, a UE/FMI/Governo está-se a preparar para lhes roubar também o décimo terçeiro mês e a juntar-se a estes estão também os pensionistas que auferem pensões acima do escalão dos 1500 euros (se não for mais baixo) que sofrerão cortes na sua pensão, que a juntar ao número da inflação de 4% tanto uns como outros verão os seus ordenados e pensões baixar perto de 7,5% vendo assim o seu nível de vida adquerido a aproximar-se da pobreza.


As camadas mais baixas do proletariado e da população trabalhadora não assalariada, que sobrevivem de baixos rendimentos e abaixo do limite de pobreza verão também a sua miséria social aumentar, por um lado pelo congelamento dos salários e pensões, por outro pela diminuição resultante dos aumentos dos impostos e pelo aumento da inflação.


Mas não só, dado que estas medidas são altamente gravosas, DRÁCONIANAS (como afirmam os seus autores) e a ser implementadas nos próximos anos, nós dizemos enquanto o crescimento económico não se verificar e que segundo os economistas do sistema capitalista poderá demorar no minimo uma década, e como vão agravar profundamente a miséria social existente, a burguesia, JÁ EXIGE um governo FORTE e MAIORITÁRIO que abranga os seus três partidos, PS, PSD e CDS, para PODER REPRIMIR o movimento proletário e popular que tente resistir a tal ofensiva reaccionária e colocar os seus interesses económicos em causa.


Covarde e Enganadora

A esquerda do sistema constitucional parlamentar burguês, o B.E. e o PCP e também a CGTP confrontados com esta ofensiva e vendo o campo de manobra para a sua politica reformista, conciliadora e colaboracionista a fugir-lhe debaixo dos pés, dizem-se contra a intervenção da UE/FMI, mas de pronto corrigem as suas posições politicas e recuam, (como é hábito na sua lógica utópica e demagógica de procurar suavizar os sacrificios impostos pela burguesia e pelo capitalismo) propondo a RENEGOCIAÇÃO ou REESTRUTURAÇÃO da DIVIDA, que a ser renegociada ou reestruturada só o será por um governo burguês capitalista, que não terá os interesses e sacrifícios populares em conta, mas sim e apenas como é lógico, os interesses da burguesia capitalista e financeira, daí esta proposta para os interesses dos trabalhadores, não ter interesse nenhum.


Esta atitude COVARDE e ENGANADORA que nem sequer tem em conta o VALOROSO exemplo que veio do povo Islandês, que se nega a pagar as dividas contraídas pela sua burguesia, PROVA mais uma vez até que ponto estes partidos estão dispostos a sacrificar os interesses dos trabalhadores e a quebrar a sua resistência à ofensiva capitalista, em prol de contra-partidas menos dolorosas e que não coloquem em causa a existência da aristocracia operária e a pequena e média burguesia capitalista que defendem.


A CGTP que pela voz de C. da Silva já antes tinha chamado a atenção para o "perigosissimo conflito social que estas medidas podiam incorporar", quando antes devia de ter chamado os trabalhadores à luta mais intrasigente contra a ofensiva capitalista da UE/FMI/Governo, vêm agora também propôr que se lute por "mobilizar as pessoas para a resolução dos problemas do interesse nacional" como se o interesse nacional, fosse o interesse das várias classes que compõem a sociedade.

Ao tomar esta atitude de colaboração com a dita "defesa dos interesses nacionas" a CGTP está-se a colocar ao lado dos interesses imediatos da burguesia capitalista nacional e internacional e a procurar sujeitar o proletariado e as camadas mais pobres da população, a arcar com as responsabilidades do Estado de Banca Rôta em que a burguesia colocou o país e a vida dos trabalhadores e ao mesmo tempo a dar sinais de que não se vai opôr a tal ofensiva e a ter o mesmo papel que determinou a aplicação dos PECs anteriores.


É necessário mobilizar e chamar as pessoas sim, mas é para novas Greves Gerais e novas manifestações mais combativas e que ultrapassem o número de presenças das de 12 de Março e de 1 de Abril, assim apelamos a todos os trabalhadores, à juventude e a todas as Gerações à Rasca, para que em 25 de Abril e no 1ºde Maio, encham as ruas e praças de todas as cidades de Portugal e gritem bem alto, NÃO PAGAMOS A VOSSA CRISE ! UE/FMI FORA DAQUI !

domingo, 10 de abril de 2011

Carvalho da Silva no seu melhor !


Depois de várias governações com politicas reaccionárias e em particular os últimos seis anos, onde cumpriu e praticou as ordens imanadas pela grande burguesia financeira nacional e europeia, dirigindo contra os trabalhadores uma poderosa ofensiva capitalista, destruindo práticamente todos os seus direitos económicos e sociais, C. da Silva ainda acha que o PS é um partido de esquerda e desafiou-o a juntar-se às conversações entre o PCP e o BE, para que haja um "amplo entendimento de governação à esquerda" (veja-se só, À ESQUERDA).


Ou seja, o que C.da Silva propõe é de facto, um AMPLO ACORDO SOCIAL que permita à burguesia capitalista portuguesa e à UE/FMI aplicar as medidas de austeridade com o minimo de conflitualidade social (como aliás aconteceu nos PECs anteriores) que evite o tal "perigosissimo conflito social" (de que tem medo) e que pode resultar de tais medidas anti-sociais.

Será que esta opinião, é apenas de C.da Silva ou este, é, apenas, o porta voz,de um movimento muito mais vasto e que por diversas vezes já se manifestou disposto a "sacrificar-se" (a sacrificar os trabalhadores) em nome do "ALTO SENTIDO PATRIÓTICO" que tão caro é ao BE e ao PCP?


Esperamos que os trabalhadores REFLITAM e ANALISEM CONVINIENTEMENTE a dita opinião de C.da SILVA e se preparem para a luta, porque o desejo "deste" dirigente sindical é continuar a CLAUDICAR perante a continuição, mas agora mais grave da ofensiva capitalista sobre os trabalhadores a levar à prática pelo Governo P"S"/UE/FMI, com o apoio do P"SD" E C"D"S.


segunda-feira, 4 de abril de 2011

Resposta massiva e dinâmica do P.C.Grego-KKE, contra a guerra imperialista na Líbia !


"Estas acções do Partido Comunista Grego, e da PAME (Central Sindical Grega) de incorporar no movimento de luta do proletariado Grego, contra a burguesia, o capitalismo e o imperialismo, em solidariedade internacionalista militante, contra a intervenção militar imperialista na Libia, deve de servir como exemplo para todos os comunistas, revolucionários e sindicalistas portugueses, que não vão além de simples MOÇÕES e ínclusivamente não condenam enérgicamente o apoio que o grupo parlamentar europeu do BE deu no Parlamento Europeu a tal intervenção militar imperialista. -A Chispa !"


No domingo à tarde, 20 de Março de 2011, o KKE realizou manifestações de massas e protestos com placards, em Atenas e dezenas de cidades gregas, contra a intervenção imperialista na Líbia e o envolvimento do governo grego nos planos imperialistas, através da concessão de bases militares, barcos de guerra e aviões.


A resposta do KKE foi imediata, precisamente no momento em que começaram as operações de guerra dos imperialistas. O comunicado de imprensa do CC de 19 de Março realçava: «O KKE denuncia a intervenção militar na Líbia, desencadeada pelo imperialismo internacional, com a participação da Grécia e encabeçada pelos imperialistas da UE, os carniceiros da França e Grã-Bretanha, com o apoio dos EUA.


Isto é a EU da “democracia e liberdade”; isto é o “mundo livre”!

O pretexto dos imperialistas – e, também de G. Papandreou – que proclamam que o seu interesse é “humanitário” é uma vergonhosa hipocrisia, pois, abertamente ou em segredo, cooperam e negoceiam com os governos autoritários e antipopulares em África, Médio Oriente e em qualquer outro lugar. Não têm legitimação.


O seu interesse tem a ver com o petróleo e o gás natural da Líbia e não com o seu povo, o qual querem explorar pondo-se ao lado da oposição, enquanto, até uns dias atrás, todos apoiaram Kadhafi – incluindo G. Papandreou.


O povo da Líbia é o único que tem a responsabilidade de encontrar a solução para os imensos problemas que enfrentam. Não precisa de lobos para o proteger.


O povo grego deve ser solidário com o povo da Líbia. Aqueles que atacam a Líbia são aqueles que puseram o peso da crise nas costas dos trabalhadores, aqueles que exploraram o povo com os memorandos, as privatizações, a abolição dos acordos coletivos de trabalho, os salários de fome.


As bases americanas e da NATO em Suda e Aktio devem ser imediatamente encerradas. Os aviões e barcos militares gregos devem retirar imediatamente da Líbia.»


Realizou-se uma manifestação até à embaixada americana e escritórios da UE na tarde de domingo (20/3), o KKE realizou uma grande manifestação junto ao Parlamento grego, na praça central da capital grega.


Thanassis Paphilis, membro do CC do KKE, porta-voz parlamentar e Secretário-geral do Conselho Mundial da Paz falou na concentração e realçou: “O povo grego e os povos da região e de todo o planeta não devem ser e já não são ingénuos. Estão conscientes e têm muita experiência. O petróleo e o gás natural, o controlo dos recursos naturais, os lucros da plutocracia e dos monopólios foram e são as causas para a intervenção imperialista”. E mais à frente sublinhou que “Os assassinos que atacam hoje a Líbia são os mesmos que estão a eliminar os direitos dos trabalhadores nesses países, fazendo-os carregar o fardo da crise capitalista. São os mesmos que conduzem os jovens ao desemprego, que aniquilam os acordos coletivos de trabalho, que condenam os produtores da riqueza, isto é, os trabalhadores, a salários de fome e os convidam a trabalhar até à morte. São os mesmos que asseguram lucros fabulosos aos monopólios e grupos empresariais.”


A manifestação deslocou-se para os escritórios da delegação da UE e para a embaixada americana. A primeira paragem foi nos escritórios da União Europeia, em cuja porta foi colocado o comunicado de imprensa do CC do KKE. O mesmo aconteceu nas embaixadas francesa e britânica.


Aleka Papariga, Secretária Geral do CC do KKE, que participou na concentração do partido, fez a seguinte comunicação aos média: “Jugoslávia, Iraque, Afeganistão e agora a Líbia – pela quarta vez, a Grécia, com a responsabilidade do governo grego, participa num grave crime. No crime de uma injusta e suja guerra imperialista, em troca da participação numa parte dos recursos petrolíferos, daí resultando a intensificação da crise e novos sofrimentos para todos os povos da região.”


A Secretária Geral do CC do KKE, numa carta ao presidente do parlamento grego, exigiu a imediata convocação de uma sessão plenária do parlamento grego e um debate, ao nível dos líderes dos partidos, sobre o envolvimento da Grécia na intervenção imperialista na Líbia.


Deve realçar-se que, no domingo, se realizou uma manifestação (com uma grande adesão) junto à base americana de Suda (Creta), convocada pelo Comité Grego para a Paz e Cooperação, a Frente Militante de Todos os Trabalhadores (PAME) e outras organizações anti-imperialistas. Delegações de organizações anti-imperialistas de 11 países dos Balcãs e do Médio Oriente participaram na manifestação. Os manifestantes exigiram a imediata cessação da intervenção imperialista e o encerramento da base americana.


Foi publicada a extensa resolução do CC do KKE, em que se analisam os desenvolvimentos em toda a região. Na introdução, entre outras questões, destacam-se os seguintes pontos: «Na nossa região (Balcãs, Mediterrâneo Oriental, Médio Oriente, Norte de África, Cáucaso) desenrolam-se sérios e perigosos desenvolvimentos, que se caraterizam pela intensificação das contradições entre os poderes imperialistas e pela competição entre as classes burguesas, numa região que possui ricos recursos de energia e constitui uma “rota de transporte” de matérias primas da Ásia central, do Cáspio e do Médio Oriente para o Ocidente e para as potências emergentes da Ásia (China, Índia, etc.). Os mais poderosos monopólios, uniões imperialistas e poderes imperialistas emergentes enredaram-se numa rede de contradições e luta.


No quadro do sistema imperialista, as classes burguesas da região procuram alianças de “interesses” e movimentam-se em alianças e compromissos, de forma a beneficiarem da luta pelas riquezas naturais e pela partilha de mercados. Estas “alianças” internacionais, formadas pelos poderes imperialistas e grupos monopolistas, têm em conta a posição geopolítica de cada país, a sua posição na pirâmide imperialista e, também, a dinâmica da sua força (económica, militar, política). […] Muitas vezes, a luta que se desenvolve vai além de um quadro político e diplomático “pacífico” e tem continuidade com guerras económicas e de espionagem – e, mesmo, com meios militares – provando que “a guerra é a continuação da política por outros meios (especificamente violentos)”.


As rivalidades e a cooperação entre os capitalistas são como os dois polos opostos de um “íman”. Nesta luta utilizam-se a ONU e a NATO, as forças policiais e militares da UE, as bases militares, as grandes frotas navais, usando variados pretextos, como a “luta contra o terrorismo” e a “defesa de minorias”, os fluxos de imigração causados pelas guerras e intervenções imperialistas, ou a miséria e a pobreza engendradas pelo capitalismo, etc.».


A resolução do CC do KKE realça ainda, que é necessário fortalecer a luta anti-imperialista na região, em conjugação com a luta pelo derrube do capitalismo.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Liberdade para ARENAS !


“Arenas” en folga de fame indefinida 31 de Mar de 2011

SRI

Por mor da brutal situación que atravesa Manuel Pérez Martínez “Camarada Arenas” desde a súa dispersión ao cárcere de Albocasser, en Castelló, a sexta feira 1 de abril enceta unha folga de fame de carácter indefinido até que cese a represión que sofre:

Os carcereiros tírano ao chan e tentan vexalo cada vez que sae da cela, sexa ao patio ou ao teléfono. Prohíbenlle todo tipo de material mínimo de lectura, escritura e debuxo. Nin simples lapis. Mantéñenlle a luz acesa toda a noite, a lle impediren un sono en mínimas condicións. Na visita familiar do 26 de marzo tiveron o locutorio totalmente a escuras, sen apenas poder verse. Continúan as ameazas, diariamente.

“Arenas” ten 67 anos, leva 18 anos preso político e está gravemente enfermo.Impidamos o seu exterminio físico.


Chamamos á SOLIDARIEDADE e á DENUNCIA.

Centro Penitenciario de Castelló II – Alobcasser Paraje Mascarell, acceso CV-129, km. 15 12140 Albocasser (Castellón) Tlf.: 964158500 Fax.: 964158536