sábado, 3 de dezembro de 2011

24 de Novembro – quem são os violentos?



MAIS PROVOCADORES INFILTRADOS DESMASCARADOS: “Casal” de polícias à paisana: o de casaco azul e o de casaco castanho. Estão os dois em todas as fotos" - Foto retirado do blog “5 dias”

A Plataforma 15 de Outubro, internacionalista, apartidária e pacífica, reivindicando a reposição da justiça e da verdade no que diz respeito aos eventos do dia 24 de Novembro, declara :

• Testemunhámos e denunciamos a presença de polícia não fardada e não identificada na manifestação de 24 de Novembro em frente a São Bento. Estes elementos, entre os manifestantes, incitaram à violência com palavras e acções, ao contrário do que afirmou inequivocamente o Ministro da Administração Interna. Esta acção da polícia de um Estado de Direito e dito “democrático” configura uma ilegalidade e um crime. A acção da polícia nos piquetes de greve deste dia pautou-se igualmente pela ilegalidade e repressão, tendo-se apresentado nos locais onde se encontravam os piquetes armada com caçadeiras e metralhadoras, além de ter sido enviada polícia de intervenção para atacar e romper os piquetes.

• Repudiamos ser, consciente e propositadamente, apelidados de “delinquentes”, “criminosos” e outros adjectivos que claramente configuram um insulto pessoal e colectivo, com o único objectivo de anular a Plataforma 15 de Outubro como sujeito político. Foi impedida a realização da Assembleia Popular prevista para as 18h00, hora em que começaram os distúrbios. Está a ser construída, consciente e propositadamente, uma narrativa de terror social que visa claramente criminalizar o movimento social e os eventos da Greve Geral e manifestação que, tendo sido um grande sucesso, é minorada pela construção de factos e eventos de “violência” por parte das estruturas de poder.

• Manifestamo-nos contra a detenção avulsa de pessoas isoladas, outra tentativa de reforçar esta narrativa criminalizadora.

• Somos e continuaremos a reivindicarmo-nos como uma plataforma de acção política pacífica e não aceitaremos ser, como colectivo, associados a qualquer acto de violência que cidadãos em nome individual possam cometer na demonstração da sua legítima revolta.

• Rejeitamos a inversão total e propagandística da verdade que está em curso, procurando apelidar de violentas pessoas e movimentos que procuram defender os seus direitos e interesses de forma pacífica. A violência das medidas de austeridade é que é indesmentível e por mais cortinas de fumo que por ela sejam lançadas, está à vista de todo o povo. Acusamos o governo de violência, directa e indirecta, sobre o país.

• Em resposta a esta campanha vergonhosa, informamos que convocaremos uma nova manifestação, a realizar no final de Janeiro.

Por tudo isto, a Plataforma 15 de Outubro exige:

• A divulgação pública das provas audiovisuais, filmes e fotografias que demonstram claramente a presença e acção provocadora de agentes da polícia não identificados e não fardados dentro da manifestação que ocorreu no dia 24 de Novembro.

• A abertura, por parte das entidades competentes, de inquéritos que visem a investigação da acção policial, nomeadamente o uso de violência sobre manifestantes isolados e a instigação à violência por parte de elementos não identificados e não fardados da polícia.

• Que os meios de comunicação social, que tão prontamente assumiram esta narrativa distorcida dos acontecimentos, dêm espaço às informações que têm vindo a público, cumprindo o seu dever de informar e repôr a verdade dos factos.

• Que sejam retiradas consequências do facto de terem sido proferidas publicamente inverdades por parte do Ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, que reforçaram uma narrativa que não corresponde comprovadamente à verdade dos factos.

• Que os detidos no dia 24 de Novembro sejam absolvidos, sendo tido em conta nos seus processos o facto de terem sido detidos de forma ilegal e abusiva através de agentes provocadores que, além do mais, incitaram delitos. Expressamos total solidariedade em relação aos companheiros e companheiras detidos nesse dia.

A criminalização da actividade política e da contestação é um sinal claro dos tempos em que vivemos, em que a Democracia é ameaçada e posta em causa justamente pelo Estado que tem como dever protegê-la. A tentativa de suprimir os acontecimentos históricos que foram a Greve Geral de dia 24 de Novembro e a expressão popular ocorrida na manifestação nesse dia serve de sinal de aviso às forças progressistas. Não permitiremos que vingue a tentativa de fazer com que o medo sufoque a legitimidade das reivindicações populares à dignidade e aos direitos e, como tal, estaremos novamente nas ruas, no final de Janeiro.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Abaixo a politica anti-social e anti-laboral do governo capitalista! Viva a Greve Geral!



Bastaria as primeiras medidas de austeridade e anti-laborais tomadas pelo actual governo da burguesia capitalista, para se concluir que estavamos na presença do governo mais reaccionário e autoritário desde o 25 de Abril de 1974.



Os BRUTAIS aumentos dos transportes de 15 a 25%; dos impostos sobre a electricidade e gáz e de outros bens materiais essenciais de 6% para 23% , e o corte em 50% no subsídio de Natal, eram já um indicador bem preciso, das medidas de austeridade que iriam constar no actual OGE em "discussão" parlamentar, tais como: A retirada do 13ª e 14º mês, o congelamento dos salários e das pensões, os cortes orçamentais na Saúde, na Educação e na Segurança Social, bem como de novo o aumento generalizado dos bens de consumo e transportes já anunciados, medidas estas que vão agravar ainda mais profundamente as condições económicas e sociais da população trabalhadora e aposentada e particularmente os jovens.
Ou seja trata-se do empobrecimento anunciado e constante dos trabalhadores, para que a burguesia possa combater a crise que criou e a divida que contraiu para seu enriquecimento.


Assim só nos resta recorrer à luta para RESISTIR e OBRIGAR o governo a recuar, daí a importância desta GREVE GERAL e de outras formas de luta que imediatamente devem de ser convocadas.
Viva a Greve Geral!
A Luta Continua!

domingo, 13 de novembro de 2011

Discurso na Praça Vermelha de Moscovo na Comemoração do 24º Aniversário da Revolução



J. V. Stálin
7 de Novembro de 1941
Camaradas, homens do Exército Vermelho e da Marinha Vermelha, comandantes e instrutores políticos, operários e operárias, colcosianos e colcosianas, intelectuais, irmãos e irmãs da retaguarda inimiga que caíram temporariamente sob o jugo dos bandidos alemães, nossos gloriosos guerrilheiros e guerrilheiras que estão desorganizando a retaguarda dos invasores alemães.


Em nome do governo soviético e de nosso Partido Bolchevista, envio a todos as saudações e congratulações pelo 24.° aniversário da grande Revolução Socialista de Outubro.


Camaradas!
Comemoramos hoje, em difíceis condições, o vigésimo quarto aniversário da Revolução de Outubro. O traidor ataque dos bandidos alemães e a guerra desencadeada pelos mesmos, constituem uma ameaça para nossa pátria. Perdemos temporariamente algumas regiões, ao mesmo tempo que o inimigo se encontra às portas de Leningrado e de Moscovo.


O inimigo havia calculado que nosso exército seria destruído ao primeiro golpe e que nossa pátria cairia de joelhos. Mas equivocou-se redondamente. Apesar dos revezes temporários, nosso exército e nossa armada responderam valentemente aos ataques inimigos ao longo de toda a frente, infligindo-lhe grandes perdas, enquanto que toda a nossa pátria organizou-se em um só campo de batalha afim de, unida ao nosso exército e à nossa marinha, cortar o passo do invasor.


Houve uma época em que nosso país se achava em condições ainda mais difíceis. Recordemos o ano de 1918, quando celebramos o primeiro aniversário da Revolução de Outubro. Naquela época, três quartas partes de nosso país encontravam-se em mãos dos intervencionistas estrangeiros. Havíamos perdido temporariamente a Ucrânia, o Cáucaso, a Ásia Central, os Urais, a Sibéria e o Extremo Oriente. Não tínhamos aliados, não tínhamos o Exército Vermelho (que começara a ser organizado), e tínhamos falta de pão, de armas e de roupas.
Naquela época, quatorze Estados se lançaram sobre nosso país, mas nós não nos deixamos dominar pelo desespero. Em plena conflagração, organizamos o Exército Vermelho e convertemos nosso país num vasto campo militar. O espírito do grande Lenine inspirou-nos em todos os momentos, na luta contra os intervencionistas.


E que foi que aconteceu?
Derrotamos os intervencionistas, recuperamos nossos territórios perdidos e asseguramos a vitória.
Hoje, nosso país se encontra em posição muito mais vantajosa do que há vinte e três anos. Hoje, é varias vezes mais rico em indústrias, matérias primas e alimentos. Hoje, temos aliados que se unirão a nós numa frente única contra os invasores alemães. Hoje, gozamos da simpatia e do apoio de todos os povos da Europa que jazem sob o jugo da tirania fascista. Hoje, temos um esplêndido exército e uma esplêndida marinha, que defendem a liberdade e a independência de nossa pátria. Não sofremos a carestia de alimentos, nem de armas, nem de roupas.


Toda nossa pátria, todos os povos de nossa pátria, apóiam nosso exército e nossa marinha, ajudando-os a aniquilar as hordas nazistas. Nossas reservas em potencial humano são inextinguíveis. O espírito do grandeLenine inspira-nos em nossa guerra patriótica, hoje, como há vinte e três anos passados.
É possível, então, duvidar de que podemos e devemos obter a vitória sobre os invasores alemães? O inimigo não é tão forte como alguns intelectuais aterrorizados o pintam. O demônio não é tão terrível como o descrevem. Quem pode negar que nosso exército conseguiu, mais de uma vez, fazer fugir as tropas alemãs, presas de pânico?


Se examinarmos a verdadeira situação da Alemanha, dando pouco crédito às asserções interessadas dos seus propagandistas, não é difícil compreender que os invasores fascistas estão na iminência de desastre.


A fome e a miséria imperam na Alemanha. Em quatro meses e meio de guerra, os fascistas perderam quatro milhões e meio de soldados. A Alemanha está sofrendo uma grande sangria que destrói o seu potencial humano. O espírito de rebelião vai ganhando terreno, não somente nas nações européias, submetidas ao jugo dos invasores fascistas, mas também entre os próprios alemães, que não vêem o fim da guerra.


Os assaltantes fascistas estão empregando suas últimas reservas. Não há dúvida que a Alemanha não poderá manter esse esforço durante muito tempo. Mais alguns meses, dentro talvez de um ano, a Alemanha ruirá sob o peso de seus próprios crimes.


Camaradas! Soldados do Exército Vermelho e da Marinha Vermelha, comandantes e instrutores políticos, guerrilheiros e guerrilheiras.
Todo o mundo vos contempla como uma força capaz de destruir as hordas de ladrões que constituem as tropas agressoras do fascismo. Os povos escravizados da Europa esperam de vós a libertação. Essa é a grande missão que vos tocou por sorte.


Sede dignos dessa missão! A guerra que estais sustentando é uma guerra justa. Lembrai-vos das grandes figuras de vossos antecessores: Alexandre Nevsky, Dmitri Donskoi, Kusma Minin, Dmitri Pozharsky, Alexandre Suvorov, Mikhail Kutuzov. Que eles vos inspirem nesta guerra!


Fazei com que a bandeira vitoriosa do grande Lenine flameje sobre vossas cabeças!


Aniquilai os invasores alemães!


Morte aos exércitos fascistas de ocupação!


Longa vida à nossa gloriosa Mãe Pátria, à sua liberdade e sua independência!


Sob a bandeira de Lenine, marchai para a vitória!

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Comunicado das FARC-EP sobre a morte do comandante Alfonso Cano




Comunicado das FARC-EP sobre morte do comandante Alfonso Cano
06/11/2011

Declaración Pública
Escoitamos da oligarquía colombiana e os seus xenerais o anuncio oficial da morte do Camarada e Comandante Alfonso Cano. Resoan aínda as súas alegres gargalladas e os seus brindes de entusiasmo. Todas as voces do sistema coinciden en que isto significa a fin da loita guerrilleira en Colombia.


A única realidade que simboliza a queda en combate do camarada Alfonso Cano é a inmortal resistencia do pobo colombiano, que prefire morrer antes que vivir de xeonllos mendigando. A historia das loitas deste pobo está inzada de mártires, de mulleres e homes que endexamais se renderon na procura da igualdade e xustiza.
Non será esta a primeira vez que os oprimidos e explotados de Colombia choran un dos seus grandes dirixentes.


Nin tampouco a primeira en que o substituirán coa coraxe e a convicción absoluta na vitoria. A paz en Colombia non nacerá de ningunha desmobilización guerrilleira, senón da abolición definitiva das causas que deron nacemento ao alzamento. Hai unha política trazada e esa é a que se continuará.


Morreu o Camarada e Comandante Alfonso Cano. Caeu o máis fervente convencido da necesidade da solución política e da paz.

Viva a memoria do comandante Alfonso Cano!
Secretariado do Estado Maior Central das FARC-EP.
Montañas de Colombia, 5 de novembro de 2011.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Libertai o movimento popular! Suspendei todas as acusações contra os presos do "Ocupem Wall Street"! Parai os ataques policiais e as prisões!



Libertai o movimento popular!Suspendei todas as acusações contra os presos do “Ocupem Wall Street”!Parai os ataques policiais e as prisões!Apoiai “Ocupem Wall Street”!
Bail Out the People Movement

05.Out.11 :: Outros autores
“OCUPEM WALL STREET!”Teve início há cerca de duas semanas, em Nova Iorque, a acção “Ocupem Wall Street”.


O diario.info publica hoje três textos que permitem acompanhar mais de perto esta significativa acção, que se propôs intervir nem mais nem menos que num dos locais emblemáticos do capital financeiro. Esta corajosa iniciativa foi acolhida, como não podia deixar de ser, com brutal repressão policial: só no dia 1 de Outubro mais de 700 manifestantes foram detidos, espancados, algemados e levados para a prisão. Hoje mesmo realiza-se um grande comício popular de solidariedade com o movimento e de exigência de libertação imediata e sem acusação dos presos.A maior potência capitalista é também a sociedade mais desigual do planeta. E nessa sociedade em crise começam a abrir-se significativas brechas.

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APOIAI "OCUPEM WALL STREET"
A prisão de mais de 700 pessoas no sábado 1 de Outubro na ponte de Brooklin, pelo Departamento de Polícia de Nova Iorque (NYPD), é um ultraje e uma injustiça. Numerosas reportagens vídeo mostram agentes da polícia encaminhando a manifestação para as faixas de rodagem e não para os passeios. Depois bloquearam a deslocação e começaram a prender centenas de activistas. Isto constitui uma armadilha.


Uma rede informal de indivíduos e organizações apelou à ocupação, designada “Ocupem Wall Street!”. Teve início há 15 dias. Não tem data limite. Ninguém sabe quanto tempo durará. Mas está neste momento a atrair um crescente e entusiástico apoio de massas, dando voz ao ódio generalizado à banca.


Os manifestantes opõem-se ao domínio que os maiores bancos e corporações exercem nos dias de hoje sobre todos os aspectos da vida dos EUA. O único interesse dos bancos reside na maximização dos lucros, não em ir ao encontro das necessidades populares nos EUA ou em qualquer outra parte do mundo. Os manifestantes são sobretudo jovens que se reuniram heroicamente às dezenas de milhares para “Ocupar Wall Street!”, protestando contra o poder de uma pequena elite sobre todo o resto da humanidade, “os outros 99%”.Foram recebidos com brutalidade, intimidação e opressão, pelo crime de levantarem a voz e lutarem pela justiça.


A brutalidade é apenas mais uma vertente da actuação habitual da NYPD. Os assassínios racistas de Sean Bell e Amadou Diallo, os brutais ataques, já com séculos de tradição, a todo o género de protestos pacíficos, os ataques policiais contra os manifestantes na semana anterior às prisões em massa de 1 de Outubro, as centenas de milhares de operações “stop e revista” a jovens de cor, os esforços para atacar trabalhadores emigrantes, tudo isso mostram a quem serve a NYPD, e de quem recebe ela ordens.


Exigimos a imediata libertação dos presos e a anulação de todas as acusações sobre eles. Exigimos também que a NYPD indemnize todos aqueles que prendeu injustamente.

Os criminosos mais violentos deste mundo não são quem protesta em Wall Street, mas quem lá está sentado, e é proprietário da riqueza do mundo. Na sua marcha implacável por maiores lucros e menores salários e para nos manter divididos fomentam o racismo, o sexismo, o preconceito LGBT, os ataques contra imigrantes e muçulmanos. Encerram milhares de fábricas e despedem milhões de trabalhadores aqui para pagar 1/10 desses salários em países estrangeiros oprimidos. Ao mesmo tempo que proferem palavras vazias sobre democracia, ocupam e bombardeiam países e levam a cabo ataques telecomandados, enquanto carregam contra os protestos cá dentro. Tiram lucros das intermináveis guerras, do militarismo, da destruição ambiental, de milhões de habitações alvo de despejo e do maior sistema prisional do mundo.


A juventude, unindo-se contra eles e clamando por justiça, são heróis e não deveriam ser sujeitos a intimidações, prisões e outros abusos pelas suas legítimas iniciativas.São convocados protestos de emergência contra as prisões em massa para 2ª feira às 17.00h frente à Câmara Municipal, e para 4ª feira, 5 de Outubro, um comício de massas trabalhadoras em apoio de “Ocupem Wall Street”.Anulem todas as acusações!Parem com os ataques policiais e as prisões em massa!Pelas necessidades do povo, contra a ganância dos bancos!Que alastrem as ocupações!


para enviar mensagens às autoridades municipais, estaduais, federais e judiciaisBail Out the People Movementc/o Solidarity Center55 W 17th St #5CNew York, NY 10011212-633-6646web: bailoutpeople.orgemail: bailoutpeople.org/cmnt.shtml

sábado, 24 de setembro de 2011

" Nós podemos travá-los! Não devemos nada - Não pagaremos o imposto de capitação!" Manifestação maciça do PAME



"por KKE
O povo trabalhador de Atenas enviou ontem esta mensagem, o povo da labuta dos arredores de Atenas e Pireu, trabalhadores, mulheres, auto-empregados, pensionistas, desempregados e estudantes que inundaram a Praça Syntagma aos milhares. Manifestações foram igualmente organizadas em dúzias de cidades por toda a Grécia. Numa grande e combativa manifestação o povo comum proclamou a sua clara e inalterável decisão: "Não devemos nada – Não pagaremos!" .


A manifestação foi uma clara mensagem de desafio face às ordens de pagamentos de repartições de finanças que estão a ser enviadas de forma maciça a toda família da classe trabalhadora e dos estratos populares, enquanto um novo aumento de impostos foi votado ontem no Parlamento pelo governo, o qual intima todo proprietário de casa, mesmo das propriedades mais pequenas, a pagar um imposto permanente e caro através das contas da electricidade.


Se acrescentarmos a estes impostos pesados a nova rodada de medidas que impõem novos impostos, uma nova redução dramática de salários, uma redução de pensões de mais de 50% com a demissão de 30 mil empregados do sector público com a perspectiva imediata de este número atingir 200 mil, etc, as famílias da classe trabalhadora e dos estratos populares serão levadas à indigência e bancarrota em massa.


O PAME, os sindicatos com orientação de classe e com uma intervenção organizada neste período, estão a colectar as ordens de pagamento dos trabalhadores e de modo maciço a proclamar que eles não vão pagar apesar da intimidação maciça do governo, referente a leilões e aprisionamento, ao mesmo tempo que ao grande capital estão a ser dadas isenções fiscais provocatórias e este está a receber novos privilégios. Agora o único caminho é a recusa em massa organizada a pagar.


O PAME apela a novas actividades contra os impostos pesados no dia 28 de Setembro, após a maciça manifestação de quarta-feira 21 de Setembro, chegando ao máximo com a greve no sector público e nas antigas companhias estatais a 5 de Outubro e a uma greve geral à escala nacional em 19 de Outubro. "NEM UM PASSO ATRÁS"


Deveria ser notado que uma grande delegação do Comité Central do KKE estava presente no comício, encabeçada pela secretária-geral do CC do KKE, Aleka Papariga, que fez a seguinte declaração para os media:


"Nem um passo atrás. A grande maioria do povo deve fazer o que está a pensar fazer – não pagar os impostos pesados, recusar ser empurrado contra o muro. Devemos tornar as suas vidas um inferno. Esta confrontação começa agora, ela já existe e vai continuar no próximo período".


Deve ser notado que no comício do PAME foi aprovada uma resolução de solidariedade com o povo palestino e com a exigência de que a Palestina se torne um estado membro da ONU, reconhecido com as suas fronteiras de 1967 e com Jerusalém Leste como sua capital.

22/Setembro/2011


terça-feira, 30 de agosto de 2011

Não às medidas de austeridade, a classe capitalista que Pague a Crise !




A violência anti-social e anti-laboral da politica reaccionária do Governo capitalista PSD/CDS, com o apoio parlamentar do PS, seguida do anúncio reforçado em conferência de imprensa pelo FMI, que uma politica ainda mais reaccionária e austera está para chegar, são a prova bem concreta de que estamos perante a maior ofensiva capitalista dos últimos 50 anos, como aliás o 1ª Ministro disso fêz questão em se vangloriar, ou seja trata-se de destruir o resto das conquistas económicas e sociais conseguidas após o 25 de Abril e inclusivamente aquelas que foram conseguidas na década de 1960 durante a ditadura fascista de Salazar e Caetano.

O que quer dizer, que, o corte de 50% no décimo terceiro mês; O aumento brutal dos transportes colectivos, públicos e privados, (com anúncio de novo aumento para Janeiro); O aumento do IVA de 6%, para 23% da Electricidade, do Gaz e da maior parte dos géneros alimenticios de primeira necessidade; Os cortes anunciados de 10 a 15% no O.G.E. particularmente nas áreas da Saúde e Educação, fazendo a população pagar mais por estas; A reducção ao minimo do sistema proteccionista previsto na Lei Laboral, reduzindo drásticamente as indemnizações a que os trabalhadores tem direito, e desta forma facilitando os despedimentos e criando mais precariedade; Congelar os salários e reduzir o tempo e os subsídios de desemprego; Redução da Taxa Social Única ao patronato, que terá que ser compensada com mais aumentos de impostos, são apenas as primeiras medidas de austeridade de uma longa escalada reaccionária.

Para justificar esta ofensiva anti-social e anti-laboral o governo capitalista apoia-se em três pontos:
1º Que está vinculado ao cumprimento do "acordo memorando" que assinaram conjuntamente com o PS, com a triade imperialista UE/BCE/FMI.
2º Que lhes foi atribuída uma maioria pelos eleitores nas últimas eleições para governar e cumprir o seu programa.
3º Que se trata de um "esforço necessário" que visa reduzir o Déficit Público e recuperar a competitividade da economia nos próximos dois anos.

Sobre o empréstimo pedido à UE/BCE/FMI e do qual resultou este dito "acordo" altamente ruinoso e penalizante para os trabalhadores e para os mais pobres, diremos que ele é o resultado das politicas capitalistas anteriores que colocaram o país na Banca Rôta e que agora de novo servirá para recapitalizar a banca e a burguesia capitalista e ao mesmo tempo garantir o pagamento dos juros da divida presente e das anteriores contraidas pelos vários governos capitalistas.

Sobre a dita maioria eleitoral de que dizem beneficiar, não se trata de facto da maioria dos eleitores, mas sim apenas da maioria dos 55% que votaram, dado que o restante decidiu abester-se devido ao descrédito que sentem em relação a todos os partidos existentes, e em particular os com assento parlamentar.

Sobre o terceiro ponto, diremos que só por demagogia se pode dizer que a recessão económica e os sacrificios a impôr apenas durarão dois anos e que depois haverá uma retoma que permitirá o crescimento da economia, quando até os próprios economistas que defendem o sistema capitalista e o próprio governo, são unânimes em considerar que não vai ser fácil sair do meio deste furacão, e mesmo que haja qualquer recuperação, ela demorará no minimo uma década, mas com o agravar do actual quadro económico mundial, particularmente nas grandes potências económicas ocidentais, as suas consequências sobre a economia nacional serão ainda mais devastadoras e obrigará a um longo periodo de recessão, que só poderá ser ultrapassada pela redução drástica dos custos de produção, que implicará reduções colossais nos salários e nos direitos sociais e laborais do proletariado e restantes camadas pobres da população trabalhadora não assalariada e pensionista.

Perante esta ofensiva capitalista sem memória onde o quadro de exploração e de empobrecimento se aprofunda constantemente e sem qualquer possibilidade de retorno no quadro do sistema ecónomico capitalista, como é possivel se assistir a tanta passividade por parte da CGTP particularmente, dado que da UGT só se pode esperar traição, não só porque apoiou o acordo com a UE/BCE/FMI, como foi declaradamente apoiante da maior parte das medidas dos PECs do anterior governo, apesar de na sua demagogia diária se procurar encobrir em torno de qualquer medida que lhe pareça mais grave e não lhe deixe qualquer espaço de manobra. Foi esta passividade, moderação, diremos mesmo colaboracionismo, as formas limitadas e inconsequêntes das lutas travadas contra as politicas reaccionárias do anterior governo capitalista, o medo da sua radicalização como se provou a seguir à Greve Geral de 24 de Novembro que nos trouxe até aqui.

O mesmo se coloca em relação ao PCP e BE, que reduzem práticamente a sua dita oposição ao quadro parlamentar e a insistir na sua velha cruzada utópica de procurar humanizar o capitalismo, quando propõem uma maior equidade nas medidas, o que prova que não estão contra elas, mas apenas, que se peça mais aos capitalistas.

Exigem a "renegociação" ou "reestruturação" da divida soberana, com o objectivo de alargar o prazo e reduzir as Taxas de Juro, afim de suavizar as medidas de austeridade exigidas, pela simples razão que têm medo que tais medidas possam mobilizar os trabalhadores e provocar "conflitos sociais gravissimos" que possam colocar a ordem económica capitalista em causa.

Exigem que se crie os meios que permita o aumento da produção, que no seu entender combateria a crise e permitiria um maior desenvolvimento da economia capitalista, quando o problema e a origem da crise económica mundial e nacional está no excesso de produção e perda de competitividade, proposta esta, que a ser levada à prática no actual quadro capitalista, só poderia criar mais exploração e desemprego.

Censuram o governo capitalista por falta de perspectiva e o alertam para os perigos de recessão económica que tais medidas anti-sociais de austeridade provocam na economia, como se o governo e a classe capitalista disso não soubessem ou tivessem outra alternativa para defender os seus interesses, quando está impedida de modernizar e reestruturar o tecido produtivo, devido à falta de capitalização das empresas e ao estado de banca rôta em que se encontra o país.

O governo capitalista diáriamente nos sacode com várias e violentas medidas de austeridade, a cada minuto que passa torna a nossa vida num inferno, a CGTP só agora anunciou uma manifestação nacional e intenções de convocação de uma Greve Geral que já devia ter sido feita quando o governo anunciou o corte de 50% no 13º mês e no aumento brutal dos transportes, situação esta que permitiu ao governo uma primeira vitória e a embalagem para novas medidas como aquelas que já foram aprovadas e as anunciadas, assim esperamos tendo em conta que a ofensiva do Governo capitalista está para durar, que não nos fiquemos apenas por estas intenções, o proletariado e os mais pobres devem se mobilizar e exigir a radicalização das lutas até onde for possivel, afim de fazermos recuar o Governo e seus aliados e contribuirmos para a sua derrota.


Não às medidas de austeridade, a classe capitalista que pague a crise !


terça-feira, 26 de julho de 2011

A guerra de Israel contra as crianças: 1200 presas num só ano



Jonathan Cook [*]
A polícia israelita tem sido criticada pelo tratamento infligido a centenas de crianças palestinas, algumas das quais com apenas sete anos, presas e sujeitas a interrogatório por suspeita de arremesso de pedras em Jerusalém Leste.


Segundo estatísticas policiais recolhidas pela ACRI (Associação Israelita dos Direitos Humanos) no ano passado foram abertas investigações criminais, em Jerusalém, a mais de 1200 menores palestinos acusados de arremesso de pedras. Este número é perto do dobro do número de crianças presas no mesmo ano no território Palestino mais alargado da Faixa Ocidental.

A maior parte das detenções ocorreu no distrito de Silwan, próximo da Cidade Velha de Jerusalém, onde 350 colonos judeus extremistas instalaram vários enclaves ilegais, fortemente guardados, no meio de 50.000 residentes Palestinos.

No final do mês passado, e numa atitude que reflete a crescente indignação face às prisões em Silwan, foi noticiado que uma multidão impediu a polícia de prender Adam Rishek, uma criança de sete anos acusada de arremessar pedras. Mais tarde os seus pais apresentaram um protesto acusando os policiais de tê-la agredida.

A tensão entre residentes e colonos tem aumentado constantemente desde que o município de Jerusalém revelou, em Fevereiro, um plano de demolição de dezenas de habitações Palestinas no bairro Bustan com vista à expansão de um parque arqueológico de temática bíblica gerido pela Elad, uma organização de colonos.
No momento o plano está suspenso, em resultado de pressão dos EUA sobre o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu.

Fakhri Abu Diab, um dirigente da comunidade local, alertou para que os constantes confrontos entre os jovens de Silwan e os colonos, que alguns designam como “intifada das pedras”, poderiam desencadear um levante geral palestino.

“As nossas crianças estão sendo sacrificadas em nome do objetivo dos colonos de se apossarem da nossa comunidade”, disse.
Num relatório recente intitulado “Espaço Inseguro”, a ACRI concluiu que, na repressão sobre o arremesso de pedras, a polícia está ignorando os direitos legítimos das crianças e deixando muitos menores profundamente traumatizados.

Testemunhos recolhidos por grupos defensores dos direitos revelam um padrão comum de prisões de crianças em operações que decorrem em altas horas da noite, sendo algemadas e interrogadas durante horas sem a presença quer dos pais quer de advogado. Em muitos casos as crianças têm relatado que foram alvo de ameaças e de violência física.

No mês passado, 60 peritos israelitas - juristas e especialistas em cuidados infantis - incluindo Yehudit Karp, antigo procurador-geral adjunto, escreveram a Netanyahu condenando o comportamento da polícia.“Causam particular preocupação”, escreveram, “os testemunhos de crianças com idades inferiores a 12 anos, a idade mínima legal para responsabilização criminal, que foram sujeitas a inquérito e que não foram poupadas a formas violentas e agressivas de interrogatório”.

Ao contrário do que sucede na Faixa Ocidental, sujeita a um regime jurídico militar, supor-se-ia que as crianças suspeitas de arremesso de pedras em Jerusalém Leste fossem tratadas de acordo com a lei criminal israelita.
Israel anexou Jerusalém Leste depois da guerra dos Seis Dias, em 1967, violando a lei internacional, e seus 250.000 habitantes Palestinos são tratados como residentes permanentes de Israel.

Os menores, por definição qualquer pessoa com idade inferior a 18 anos, deveriam ser interrogados por pessoal especialmente formado e apenas no decurso do dia. As crianças devem ter a possibilidade de consultar um advogado e um familiar deve estar presente.

Ronit Sela, uma porta-voz da ACRI, afirmou que a sua organização ficara “chocada” com o número de crianças presas em Jerusalém Leste no decurso dos últimos meses, frequentemente por policiais à paisana.“Ouvimos muitos testemunhos de crianças que descrevem terríveis experiências de violência, tanto no momento da prisão como no interrogatório posterior”.

Muslim, de 10 anos, vive no bairro Bustan numa casa cuja demolição foi ordenada pelas autoridades israelitas. O seu caso foi incluído no relatório da ACRI e, em uma entrevista, ele afirmou que tinha sido preso quatro vezes em 2010, embora tivesse idade inferior ao limite mínimo para responsabilização criminal. Da última vez, em Outubro, foi apanhado na rua por policiais a paisana que saltaram de uma van.

“Um dos homens agarrou-me por trás e começou a estrangular-me. O segundo agarrou a minha camisa e rasgou-a pelas costas, e o terceiro torceu-me as mãos atrás das costas e amarrou-as com tiras de plástico. “Quem atirou pedras?” perguntou um deles. “Não sei”, respondi. Começou a me bater na cabeça e eu gritei de dor”.

Muslim foi levado preso e libertado seis horas mais tarde. Um médico local relatou que o rapaz tinha os joelhos feridos e ensanguentados e inchaços em várias partes do corpo.

O pai de Muslim, que tem dois filhos na prisão, disse que desde então o filho acorda frequentemente em pânico e perdeu a capacidade de concentração nos estudos escolares. “Estes acontecimentos arrasaram-no”.

Ronit Sela disse que o número de prisões em Silwan aumentou significativamente desde setembro, quando um segurança privado de um colonato matou um Palestino, Samer Sirhan, e feriu dois outros.Confrontos entre os colonos e jovens de Silwan ganharam maior visibilidade em outubro, quando David Beeri, diretor da organização de colonos Elad, foi filmado quando procurava atropelar dois rapazes que apedrejavam o seu carro.

Um deles, Amran Mansour, de 12 anos, que foi lançado por cima da viatura pelo impacto, foi preso pouco tempo depois, no fim da noite, em casa de sua família.

Ainda em outubro, nove deputados israelitas da direita queixaram-se de que o micro-ônibus em que se deslocavam foi apedrejado. Eles iam prestar solidariedade a Beit Yonatan, uma grande habitação na zona controlada pelos colonos em Silwan. Os tribunais israelitas ordenaram que essa habitação fosse demolida, mas o presidente do município de Jerusalém, Nir Barkat, recusou-se a cumprir a ordem.

Na véspera do ataque, Yitzhak Aharonovitch, ministro da segurança pública, avisou: “Vamos fazer com que o arremesso de pedras cesse usando a força secreta ou ostensiva, e vamos restabelecer a tranquilidade”.

No mês passado a polícia anunciou que passará a utilizar com maior frequência a detenção domiciliária de crianças e que passarão a ser impostas aos pais multas que poderão atingir até $ 1.400 dólares.

Um grupo israelita de defesa dos direitos humanos, B’Tselem, relatou o caso de “A.S”, de 12 anos, preso às 3 da madrugada e levado a interrogatório.

“Puseram-me de joelhos voltado para a parede. De cada vez que me movia um homem a paisana batia-me no pescoço com a mão…O homem mandou prostrar-me ao chão e pedir perdão, mas eu me recusei e disse-lhe que apenas me ajoelho perante Alá. Entretanto sentia dores intensas nos pés e nas pernas. Senti um violento temor e comecei a tremer”.

B’Tselem declara: “É difícil conceber que as forças de segurança atuassem de forma semelhante contra menores judeus”.

Micky Rosenfeld, um porta-voz da polícia, negou que a polícia tivesse violado os direitos das crianças. E acrescentou: “Cabe aos pais a responsabilidade de fazer parar o comportamento criminoso dos seus filhos”.

Jawad Siyam, activista da comunidade local de Silwan, afirmou que o objetivo das prisões e o recrudescimento da atividade dos colonos são “tornar a nossa vida insuportável e expulsar-nos da área”.

Os 60 peritos que escreveram a Netanyahu advertiram que a agressão sobre as crianças conduz a “distúrbios pós-traumáticos como pesadelos, insônia, descontrole urinário e temor permanente de policiais e soldados”. Sublinharam também que as crianças sujeitas a prolongada detenção domiciliar estavam sendo privadas do seu direito à educação.

No ano passado [2009] o Comitê das Nações Unidas Contra a Tortura exprimiu “profunda preocupação” face à forma como Israel trata os menores Palestinos, denunciando que Israel viola a Convenção da ONU sobre os Direitos da Criança, da qual é subscritor.

No decurso dos últimos 12 meses, a Defesa Internacional das Crianças tem fornecido à ONU dados acerca de mais de 100 crianças que afirmam terem sido violentadas física e psicologicamente sob custódia militar.

[*] Jonathan Cook - é escritor e jornalista residente em Nazaré, Israel
***
O original encontra-se em Counterpunch, (13.12.2010): http://www.counterpunch.org/cook12132010.html
Esta página encontra-se em http://www.cecac.org.br/
13/julho/2011

terça-feira, 5 de julho de 2011

Proclamação da PAME - Frente Militante de Todos os Trabalhadores - Grécia

Trabalhadores e trabalhadoras – Jovens


Não ajoelharemos - Não deixaremos cair os braços na greve geral pan-helénica nos dias em que o memorando antipopular será discutido no parlamento.


Temos de “deixar vazias” todas as fábricas, locais de construção, escritórios, lojas, portos, barcos, tudo.
· Para que a condenação das medidas anti-populares seja geral e em massa e a nossa mensagem à plutocracia, ao governo e à troika seja forte.


· Para que esta greve seja o começo do cancelamento destas medidas bárbaras através da luta, mesmo que a maioria governamental, possivelmente em conjunto com os outros partidos ou deputados, as votem.

· Temos de entrar rapidamente na luta para tornar mais próximo o dia em que sejamos para sempre libertados da exploração de classe e da opressão. Só assim nos poderemos salvar das bancarrotas, crises, memorandos,especuladores e desemprego.

Camaradas

O quadro em que ocorre e a duração de 48 horas desta greve – a sua forma e as suas reivindicações – tornam-na uma das mais importantes mobilizações das últimas décadas no nosso país.

2 O seu sucesso será uma poderosa mensagem em todos os sentidos:· Que não estamos dispostos a comprometer-nos com o pesadelo que nos prepararam.

· Que está contra eles não um “movimento das praças”, um movimento passivo e domesticado, geral e abstrato, um movimento de alguns “indignados”, mas um movimento sindical de classe que está organizado e forte em todos os locais de trabalho, em todos os bairros e povoações, e é capaz de determinar os acontecimentos a favor dos interesses populares.

Camaradas
NÃO DEVEMOS TER ILUSÕES – TEMOS DE AGIR AGORA
Esta crise é profunda e o seu desenvolvimento agrava-la-á. Não é o resultado de roubos ou maus gestores; não é uma crise provocada pela dívida. Isso é o sintoma, não a doença.

É uma crise de sobreacumulação de capital e de sobreprodução. É uma crise do capitalismo. É uma crise que diz respeito não só à Grécia, mas a todos os países. É por isso que o assalto aos direitos dos trabalhadores e do povo não tem fim.

A propriedade privada dos meios de produção está a aumentar o seu conflito com as necessidades do povo. A propriedade privada acumula enormes quantidades de capital que encontram dificuldade em ser investidos e realizados; produz imensas quantidades de mercadorias que não podem ser vendidas, apesar de as necessidadesdo povo não estarem satisfeitas.

A saída para a crise em benefício do capital implica a destruição dos excedentes, o esmagamento das conquistas e dos direitos dos trabalhadores tornando mesmo a força de trabalho mais barata, ao mais baixo nível possível, a exploração mais brutal e o desemprego em massa.

Contudo, há uma outra saída em benefício dos trabalhadores e das camadas populares. Implica uma mudança na relação de forças, o poder dos trabalhadores e uma economia popular.

SEM MEDO NEM COMPROMISSOSEstá na hora de os trabalhadores rejeitarem falsos dilemas. A dívida não foi criada pelo povo nem em seu benefício. Os défices nas contas públicas e nos bolsos das famílias são os enormes lucros nos cofres dos capitalistas. Eles procuram travar, obstruir os processos positivos que se desenvolvem entre o povo.

O POVO NÃO DEVE NADA A NINGUÉM – A PLUTOCRACIA E OS PARTIDOSBURGUESES É QUE DEVEM AO POVO· Nós não queremos apenas regatear a retirada do memorando. Lutamos contra as políticas que dão origem aos memorandos.

· Não queremos apenas que o PASOK (socialdemocratas) se vá embora e que mude o administrador. Queremos acabar com o capital e com as multinacionais cujos lucros são geridos pelos vários administradores.

3 O capitalismo não se tornou humano, quaisquer que possam ser os administradores do capitalismo na Grécia e na Europa. Será cada vez mais brutal para as camadas populares.

Não devemos cair na ratoeira dos referendos. Isso é causar desorientação, é uma caricatura da pretensa “democracia direta”. Na essência, o que eles procuram fazer é implantar um sistema reacionário e uma política antipopular com a concordância do povo.

PODEMOS MUDAR A SITUAÇÃO A NOSSO FAVOR

É um momento de responsabilidade para todos nós e especialmente para aqueles que reforçaram o PASOK (socialdemocratas), a ND (conservadores) e os partidos que apoiam a EU, através do seu voto e da sua atuação.

DIRIGIMO-NOS a todos os homens e mulheres que acreditaram no PASOK e na ND e lhes deram o poder e os seus mecanismos no movimento sindical. Apelamos a que dêem o passo hoje. Apelamos a que se juntem à luta comum para travar a humilhação do povo. A assumir a nossa própria perspetiva.

· Temos de tornar os nossos sindicatos autênticas organizações de massas; temos de nos juntar a eles para os transformar em baluartes da luta, em praças-fortes de resistência contra os patrões, contra os capitalistas e o sistema burguês como um todo. Todos os trabalhadores se devem organizar em massa dentro dos sindicatos. Os baluartes fundamentais da organização são as assembleias de trabalhadores e empregados na fábrica, na empresa, no sindicato.

· As ações diárias dos trabalhadores devem partir do sindicato, do processo coletivo de assembleias-gerais.

· Temos de correr com os sindicatos dos patrões, os comprometidos, a aristocracia operária que é o aliado e o braço direito do capital. Nos nossos sindicatos temos de puxar pelas pessoas lutadoras que são honestas ededicadas aos interesses da classe trabalhadora.

· Temos de enfraquecer o PASOK e a ND e todos os partidos que são os administradores dos interesses capitalistas e defensores dos blocos imperialistas e de mecanismos como a União Europeia e a NATO. Temos de melhorar a relação de forças a nosso favor e contra eles.

· Temos de construir a nossa própria frente social contra o esforço deles para se unirem na tomada de medidas para nos retirar tudo e nos pôr de joelhos por muitas décadas.

O futuro dos nossos filhos e o nosso próprio futuro não podem ser determinados pela vontade dos nossos exploradores. Temos de ganhar forças para impor os nossos próprios interesses.

COM A PODEROSA PAME E A ALIANÇA SOCIAL PODEMOS CONSEGUI-LO

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Grécia, Greve de 48 horas: A resposta aos novos dilemas intimidantes do governo e da EU.

"Enquanto em Portugal, os partidos ditos defensores dos trabalhadores, apelam e exigem a "renegociação" da divida soberana, que a fazer no quadro do capitalismo não deixara de ser o proletariado e os mais pobres da população a pagar a crise económica criada pela burguesia e pelo capitalismo? Na Grécia o PCdaGrécia e a Frente Sindical PAME apelam ao povo para levar a sua luta o mais longe possivel contra a ofensiva capitalista e o capitalismo." "A Chispa!"


KKE*
Após três dias de discussão no Parlamento, o retocado governo obteve, na terça-feira, 22 de junho,1 um voto de confiança, com os votos dos parlamentares do PASOK. 2. 155membros do Parlamento, dos 298 que participaram no processo, deram um voto de confiança ao governo, enquanto 143 votaram contra. 3.A Secretária-geral do CC do KKE Aleka Papariga, denunciou o dilema intimidante que a UE e o governo colocaram ao povo trabalhador grego:

“O ultimato da UE, da zona euro, não é dirigido ao governo grego, que já o aceitou há muito tempo, mas ao povo grego. E diz: baixem os braços; se o não fizerem não receberão a quinta prestação do empréstimo”.


Aleka Papariga assinalou: “consideramos que o povo grego deve fazer o seu próprio ultimato. Isto é a melhor coisa a fazer. Não pode haver nenhuma negociação radical no quadro da UE. Também há partidos da oposição que fazem sugestões ao governo para que tais negociações se verifiquem. Ou se trata de uma dita solução fácil ou de uma posição que ignora o caráter da UE. Diria mesmo que isso é uma deliberada ignorância do verdadeiro carácter desta aliança predadora, como lhe chamamos, apesar de ser uma frase suave dada a corrente situação.


Assim, o povo grego deve fazer o seu próprio ultimato. Nós podemos assinalar o que a UE, o governo da ND4 e do PASOK, a burguesia grega – todos os seus setores: industriais, armadores, banqueiros, comerciantes, etc. – devem ao povo grego”.


Da tribuna do Parlamento, a Secretária-geral do CC do KKE fez um apelo aos trabalhadores para que ignorassem os dilemas intimidantes e assumissem uma parte activa na luta: “agora que o povo abre os olhos e o medo desperta consciências – porque há também o medo do despedimento – o KKE defende com mais intensidade a posição de que o povo deve tomar nas suas próprias mãos a propriedade dos meios de produção, assim como dos recursos naturais”.


As forças de classe que se aglutinam na PAME5 apelam a uma greve de 48 horas, logoque o governo apresente no Parlamento o novo pacote de medidas antipopulares.
22/6/2011
* PCdaGrécia-KKE

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Única alternativa não é a "renegociação"da divida, mas sim Resistir à ofensiva capitalista, acumular e alterar a correlação de forças !




Depois de lançarem o país numa longa década de estagnação, recessão económica e banca rôta, de ataques profundos aos direitos económicos e sociais dos trabalhadores, crise económica capitalista esta, que é responsável por um milhão de desempregados, dos quais perto de 30% são jovens e entre estes 75 mil são licenciados; 20% da população activa em situação de precariedade laboral e recibos verdes; Por uma vaga emigratória só comparável com aquela ocorrida nos anos sessenta do século passado; 2 milhões de pessoas a viver abaixo dos limites de pobreza; 40% das nossas crianças, (segundo dados oficiais recentes) a passar fome; De elevada corrupção e onde os corruptos saiem sempre ilesos, o que é que determinou que fossem exactamente os partidos capitalistas mais conservadores a beneficiar e a capitalizar o descontentamento social que parte do proletariado e dos mais pobres vêm travando contra esses ataques?

O BE e o PCP para encobrirem o seu desaire e estagnação eleitoral, afirmam que o resultado obtido pelo conjunto dos três partidos que realizaram o "acordo" se deve à pressão, manipulação e intoxicação que os meios de comunicação social burgueses realizaram em torno dos perigos que o pais podia correr, caso não se viabiliza-se e vota-se nos partidos que "acordaram" com a triade imperialista UE/BCE/FMI o empréstimo. E é evidente que esta pressão existiu e teve a sua quota parte de responsabilidade, mas o contrário nos espantaria se não o fizessem, visto que são defensores e propagandistas do sistema económico capitalista.

Afirmaram ainda para completar o seu raciocínio politico o facto de o PSD, PS e CDS, fugirem ao debate e ao esclarecimento das medidas que "aprovaram", o que também não deixa de ser verdade. Mas se o PSD, PS e CDS sabiam que tal debate os impossibilitava de utilizarem a sua demagogia politica e os podia prejudicar com resultados eleitorais menos favoráveis e a colocar em causa a sustentação social que tais medidas necessitam para ser concretizadas, porque razão fazê-lo se estavam a ir contra os seus interesses económicos e politicos.

Apesar da sua importância não foram estes dois factores que determinaram que 80% dos eleitores votantes,votassem nos partidos que assinaram o chamado "memorando" foi antes sim, a intervenção politica oportunista social-democrata do BE e do PCP que é feita em torno do combate às politicas de direita dos vários governos ao longo dos anos, como se estes governos estivessem obrigados a fazer uma politica de acordo com os interesses gerais do país e da sociedade e não em torno dos interesses económicos da classe e do sistema económico capitalista que defendem, ou seja em vez de combaterem o capitalismo de que dizem opôr-se, acabam por defender uma politica dita social à esquerda do quadro constitucional capitalista, escondendo o caracter explorador, reaccionário e responsável do sistema económico, como o causador das chagas sociais existentes, provocando a confusão nas massas menos conscientes e dando aso que estas optem sempre independentemente dos seus interesses económicos e sociais pelo partido que lhes parece a ALTERNÂNCIA na esperança de melhorarem o seu nivel de vida, como foi agora o caso.

Outra das questões que mais contribuiu para o seu desaire e estagnação eleitoral, foi o facto de o BE e o PCP estarem impedidos pela suas propostas politicas de se demarcarem politicamente das causas principais que determinaram a crise profunda que o capitalismo nacional atravessa e apresentarem como alternativa central ao "acordo" a "renegociação" ou "reestruturação" da divida soberana, quando se sabia e sabe que tal alternativa não era mobilizadora e muito menos defendia os interesses do proletariado e dos mais pobres da sociedade. Ou seja a preocupação que revelaram e revelam com o pagamento da divida contraída que serviu para enriquecimento da burguesia, foi e é de tal ordem, que acabaram também eles por ajudar a criar um clima de medo e terror que favoreceu a actual maioria se voltou contra as suas próprias pretensões eleitorais.

No nosso entender o que determinou este resultado eleitoral e a obtenção por parte do PSD, PS e CDS de uma maioria esmagadora parlamentar, que lhes concede uma base numérica confortável para aplicar as suas politicas reaccionárias, foram as formas de luta inconsequentes, pouco combativas e a conta gotas que os dirigentes sindicais proposeram aos trabalhadores durante toda a vigência da politica capitalista sócratista, que permitiram a este aplicar os seus OGE e PECs e aprofundar a ofensiva capitalista com o minimo de instabilidade social, razão pelo qual os trabalhadores foram recuando e não elevaram a sua capacidade de resistência e o seu nivel de consciência de classe e politica, criando assim as condições propicias para transformar o acto eleitoral num PLEBESCITO de apoio às politicas de austeridade que querem impôr. E tanto assim é, que P.P.Coelho debaixo da sua arrogância reaccionária já prometeu levar as medidas para além do "acordado" o que prova de certa maneira que a triade imperialista pouco impôs e que apenas exigiu aquilo que a burguesia financeira e capitalista vem exigindo à muito.



Esperamos que todos compreendam a nova situação e as exigências que ela comporta, para que possamos romper com todas as nossas forças as situações que nos trouxe até aqui.
























terça-feira, 31 de maio de 2011

Não às imposições capitalistas ! Em 5 de Junho votemos todos contra a tríade PS, PSD, CDS !



Afinal a dita "ajuda" financeira a Portugal de 78 mil milhões de euros, a juros de 5.7% na qual grande parte servirá para recapitalizar e manter os lucros do sistema financeiro privado, foi também um enorme negócio lucrativo para o BCE e FMI (que arrecadarão em juros apróximadamente 30 mil milhões de euros) mas que no entanto, não só não eliminará os riscos iminentes de colapso económico em que se encontra a economia e o sistema financeiro nacional, como sujeita o país a novos e imediatos empréstimos, criando novas exigências de cumprimento do pagamento da divida soberana insuportáveis, para uma economia absoleta, em perda de competitividade e que revela incapacidade crónica de crescimento.
Ficou demonstrado ainda, como antes o tinhamos previsto, que o "memorando acordado" entre a tríade nacional PS/PSD/CDS e a EU/BCE/FMI, é afinal um conjunto de medidas, ainda mais reaccionárias e DRACONIANAS que aquelas que o Governo/PS aplicou e que vai muito mais para além do PEC IV , medidas essas que os economistas ao serviço da grande burguesia, o PSD e o CDS há muito vinham a exigir e que agora vão ter a possibilidade de as aplicar ao abrigo da intervenção da UE/BCE/FMI.

Trata-se de um conjunto de medidas que visa reduzir o Déficite Público e que exige, uma nova ornamentação administrativa do território nacional, com encerramento de Câmaras e Juntas de Fréguesia e outras Instituições Públicas, a privatização acelerada das empresas públicas rentáveis, que acarretará milhares de despedimentos, independentemente de estes virem a ser objecto ou não, do chamado acordo de "rescisão amigável", bem como a continuação do desmantelamento e redução ao minimo do que resta do chamado Estado de Previdência.


Na Segurança Social, na Saúde e na Educação, não só exigem que os mais pobres paguem mais por estes serviços, como querem garantir a continuidade da privatização e o sustento desta por parte do Estado. Com o argumento da insustentabilidade dos fundos da segurança social, cortam vários apoios às familias quando estas não têm outro meio de sobrevivência, reduzem e congelam as pensões, cortam nos subsidios e nos prazos de tempo que os desempregados têm direito, querem o aumento da idade de aposentação para os 67 anos, obrigando estes a trabalhar até morrer ou então a recorrerem à reforma antecipada para lhes diminuir a pensão a que têm direito, entretanto reduzem em 4% se não for mais, os descontos da Taxa Social Única aos capitalistas.

Com o objectivo de reduzirem a perda de competitividade da economia e relançar esta numa nova fase de crescimento, única condição que lhes permite o retorno aos lucros a que estavam habituados e a garantir o pagamento da divida e o acesso a novos empréstimos ruinosos, (além da redução de 4% na Taxa Social Única)exigem ainda, o congelamento do Salário Minimo e o rebaixamento dos outros salários, bem como a eliminação do que resta dos direitos económicos e sociais agregados à Lei Laboral e uma maior flexibilização desta, como por exemplo: Reduzir as indemnizações que os trabalhadores têm direito, de um MÊS por cada ANO, para dez dias por ANO, e a ABOLIÇÃO do conceito de " Justa Causa" que devia de servir para defender o trabalhador das arbitrariedades do poder patronal.

O dito "acordo" entre a TRÍADE NACIONAL e a IMPERIALISTA EUROPEIA, não é nada mais que a continuação a um grau mais elevado da ofensiva capitalista que o actual governo e os anteriores já realizaram e que não vai ficar por aqui. A classe capitalista nacional já demonstrou e demonstra constantemente, que é INCAPAZ de INOVAR e de ULTRAPASSAR a sua habitual subserviência económica em relação às outras economias e como tal, não tem outra saída para a crise económica profunda que atravessa, que não seja baixar os custos da sua produção para poder readquerir a competitividade perdida, e a fazê-lo, só tem duas formas para o fazer : Primeiro, pela redução dos salarios e dos direitos sociais, do aumento dos ritmos e do horário de trabalho. Segundo, pela concentração e fusão de capitais entre as pequenas e médias empresas ( caso vão a tempo e tenham capital para o fazer) e pela sua modernização tecnológica. Ambas as situações, não só não resolverão o desemprego existente como o irão agravar no presente e no futuro, na medida em que a competitividade ainda se torne mais agressiva.

VOTEMOS TODOS CONTRA A TRÍADE CAPITALISTA, PS, PSD, CDS !
A burguesia financeira e capitalista, quer transformar o próximo acto eleitoral num PLEBESCITO POPULAR de apoio às medidas que quer impôr, para isso cobre-se de toneladas de demagogia para salvaguardar e irresponsabilizar o sistema económico capitalista, procurando responsabilizar o Governo e J.Sócrates, pelo descalabro económico e social e pelas centenas de milhar de desempregados, como se este não tivesse tomado as medidas necessárias para defender os interesses económicos capitalistas e não fizesse parte do mesmo sistema, para justificar e coptar o apoio popular para as medidas DRACONIANAS de austeridade que querem impôr.

Para completar a situação o PCP e o BE embora com posições politicas diferentes,ou seja à esquerda do sistema, mas que acabam por servir os interesses do partido da alternância sempre que o outro que está no governo se apresente esgotado defendem a mesma coisa, responsabilizam Sócrates e deixam o sistema económico isento de responsabilidades. Esta VELHA TÁCTICA que tem permitido ao longo de 35 anos o PS substituir o PSD e vice-versa com o apoio do CDS, lógica reaccionária esta, com consequências económicas e sociais gravissimas para o proletariado e para os mais pobres da população trabalhadora e aposentada.

Mas mais grave é apresentarem como ALTERNATIVA soluções económicas que se caracterizam e se reduzem a auxiliar a burguesia nacional a ultrapassar os seus momentos de crise, como por exemplo este que agora atravessa, quando propõem propostas que em vez de combaterem a ofensiva capitalista, pelo contrário vão ao seu encontro, tais como: O apoio ao "desenvolvimento e crescimento económico", à "dinamização do mercado interno", "apoio às pequenas e médias empresas" aplicação de "Taxas de Juro Fiscais Extraordinárias" apenas para os capitalistas que obtenham um lucro anual superior a 50 milhões de euros, que convenhamos não está ao alcance de qualquer grande capitalista, e por fim, a "renegociação ou reestruturação" da divida soberana, quando se sabe que este desenvolvimento e dinamização, como mesmo o pagamento da divida com prazos mais alargados e a juros mais baixos, no quadro do capitalismo será sempre realizado e renegociado segundo os interesses económicos da classe capitalista e como tal, será sempre o proletariado e os mais pobres a pagar.

Quando pelo contrário era necessário mobilizar o proletariado, a juventude e todos aqueles que vão sofrer profundamente as consequências da ofensiva capitalista numa frente de RESISTÊNCIA para novas e mais consequentes formas de luta, contra as medidas que nos querem impôr, resistência esta que pode acumular e alterar a correlação de forças e reduzir o apoio social eleitoral, bem como o espaço de manobra ao futuro Governo e os obrigue a recuar e a fazê-los pagar a crise que criaram.





quarta-feira, 18 de maio de 2011

Trabalhadores gregos fazem Greve Geral contra as medidas anti-sociais de austeridade ! Um Forte exemplo a seguir pelos trabalhadores portugueses !

Grécia: A Greve Geral de 11 de Maio
por KKE


Uma greve geral de grande importância, conduzida pela PAME (Central Sindical), foi iniciada na quarta-feira, dia 11 de Maio, contra o contínuo ataque contra os trabalhadores que vem sendo praticado pelo governo do PASOK, a União Europeia, o FMI, o Banco Central Europeu, a plutocracia do país apoiada por seus partidos.


Milhões de trabalhadores do sector público e privado, aderiram à Greve Geral. Fábricas, empresas, estabelecimentos comerciais, todos os orgãos de comunicação, os portos e outros sectores permaneceram encerrados. Linhas de piquetes desde a madrugada, rodearam locais de trabalho e apoiaram a greve dos trabalhadores de forma organizada. Os trabalhadores grevistas ao demonstraram uma enorme combatividade desafiaram o terrorismo da classe capitalista, a intimidação, a decepção e o fatalismo.


Milhares de comunistas, membros e dirigentes do KKE e KNE, visitaram e interviram nas fábricas e em diversos locais de trabalho com sucesso, apresentando as suas alternativas revolucionárias imediatas aos trabalhadores.


Dezenas de milhares de manifestantes protestaram e lutaram no centro de Atenas e em dezenas de outras cidades pela condenação das medidas anti-trabalhadores que estão sendo implementadas pelo Governo capitalista, em particular, os salários do sector público e as antigas empresas públicas que pretendem privatizar, os direitos sociais e as pensões, eles estão a querer impôr, como um principio geral "relações laborais mais fléxiveis" e favoráveis aos interesses da classe patronal, ao mesmo tempo o Governo está a elaborar um plano de encerramento de organismos públicos e a demitir os trabalhadores que se encontram em situação de trabalho com contrato a prazo e precário. Estão previstos cortes mais profundos nos serviços de Saúde e no apoio à medicação, na Educação e Bem estar e na cobertura de seguro social para profissões perigosas e insolubres, novos impostos indirectos vão ser implementados.


A secretária-geral do KKE, Aleka Papariga, participou da manifestação da PAME em Atenas e fez a seguinte declaração aos jornalistas: "A linha política dos de cima (da burguesia capitalista) leva a uma falência organizada e controlada. O povo, os trabalhadores do sector público e privado , os trabalhadores pobres e por conta própria, devem escrever suas próprias páginas na história deste país, em letras realmente bem grandes e em negrito. Esta angústia deve ser transformada em força para que a nossa resistência se possa transformar num contra-ataque e nos levar à vitória. Não há outro caminho".


O principal orador da manifestação da PAME em Atenas, Vasilis Stamoulis, presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Têxteis e Curtume, salientou, entre outras coisas na sua intervenção: "Nós estamos a enviar uma mensagem, onde dizemos, que as novas e bárbaras medidas que eles estão a preparar encontrarão resistência massiva e decisiva dos trabalhadores, dos autônomos, dos agricultores pobres e médios, da juventude e de todo o povo. Eles querem que nos ajoelhemos, querem nos subjugar para que não ergamos nossas cabeças em resposta. Eles serão surpreendidos por um plano e uma perspectiva para nossa libertação final e radical da propriedade capitalista. Não importa a forma de administração que eles escolham, a barbárie não pode se tornar humana. Com ou sem uma renegociação com prazos mais dilatados ou uma maquilhagem ou qualquer outra forma que eles escolham para lidar com a dívida, continuaremos a pagar sem fim no horizonte.


Eles estão a levar-nos à falência económica e social mais completa no intuito de salvar os lucros do capital. Exigimos que sejam eles a pagar a sua crise. O déficit e a dívida são da sua inteira responsabilidade. Há lucros massivos nos seus bancos e cofres...


" A promoção de rodadas vazias pelas maiorias da Confederação Geral dos Trabalhadores Gregos (GSEE) e da Confederação dos Sindicatos de Funcionários Públicos (ADEDY) não nos ilude. Eles estão completamente alinhados à linha política básica do capital e do governo. Eles defendem, como saída o reforço da competitividade do capital. Isso faz parte da liderança comprometida dos sindicatos Europeus que virão ao nosso país nos próximos dias para promover seu congresso, os quais, por anos, tem sido activos e ansiosos na mesma direção – como o capital, em nível Europeu, se tornará mais competitivo que outros centros imperialistas e competidores como a China, a Índia, etc. Essa casta de burocracias sindicais, esses capachos das transnacionais não são bem vindos em nosso país".


Depois disso, os manifestantes marcharam ao longo das ruas de Atenas e passaram pelo parlamento do país. O slogan "Sem nós nenhuma engrenagem gira. Os trabalhadores, podem fazer as coisas sem os patrões", que agitou os actos da greve, demonstrou que o movimento sindical classista, que é organizado pela PAME, não somente almeja a organização da luta com o intuito de repelir os ataques anti-sociais, mas também reforçar o seu conteúdo político-ideológico, enfatizando a possibilidade e a necessidade de outra sociedade, sem a exploração do homem pelo homem.


A PAME, no total, realizou manifestações de greve e marchas em 73 cidades, que foram claramente, maiores que aquelas organizadas pelos líderes comprometidos com as federações sindicais privadas (GSEE) e públicas (ADEDY). Em Atenas, na marcha da GSEE-ADEDY, depois da conclusão da manifestação de greve da PAME, houve brigas devido à actividade de provocadores. Seguiu-se um ataque das forças especiais da polícia, que teve, como resultado, um manifestante gravemente ferido. O ataque criminoso da polícia contra os manifestantes foi denunciado na declaração da assessoria de imprensa do CC do KKE, que apontou além de outras coisas, que: "o KKE denuncia o assalto criminoso da polícia contra manifestantes que resultou no grave ferimento de um manifestante. O ataque policial é parte de, e o resultado, tanto da linha política governamental quanto dos mecanismos burgueses de barrar a fúria e a luta do proletariado, que foram provocadas pelo furacão anti-social das medidas de austeridade do governo capitalista, da UE e da plutocracia. O povo não deve se submeter a nenhum tipo de chantagem e ataque contra ele; deve organizar uma muralha e contra-atacar".

terça-feira, 3 de maio de 2011

Viva o 1º de Maio !




I.V. Stalin
Abril 1912
No século XIX, os trabalhadores de todos os países resolveram celebrar anualmente este dia, o primeiro de maio. Isso foi em 1889, quando, no Congresso de Socialistas de Toureza está acordando de seu sono de inverno, quando as matas e morros estão vestindo seus mantos verdes e os campos e os prados estão adornando-se com flores,quando o sol brilha mais calorosamente, quando a alegria do renascimento enche o ar e a natureza se entrega à dança e à alegria – eles resolveram proclamar, abertamente e em alta voz a todo o mundo, precisamente neste dia, que os trabalhadores estão trazendo a primavera à humanidade e sua libertação das correntes do capitalismo, que essa é a missão dos trabalhadores, de renovar o mundo com base na liberdade e no socialismo.

Toda classe tem seus próprios festivais. A nobreza introduziu seus festivais, e neles proclama seu “direito” de roubar os camponeses. A burguesia tem os seus festivais e em suas datas “justificam” seu “direito” de explorar os trabalhadores. O clero também tem seus festivais, e neles elogia o sistema existente sob o qual os trabalhadores morrem na pobreza enquanto os ociosos nadam na luxúria.


Os trabalhadores, também, precisam ter seus festivais, e neles devem proclamar: trabalho universal, liberdade universal, igualdade universal de todos os homens. Este festival é o Primeiro de Maio.


É isso o que os trabalhadores resolveram fazer já naquela data, em 1889.
Desde então o grito de guerra dos trabalhadores pelo socialismo tem ecoado cada vez mais alto nos encontros e passeatas do primeiro de maio. O oceano do movimento operário se expande mais e mais, se espalhando para novos países e estados, da Europa e da América à Ásia, África e Austrália.


No curso de apenas algumas décadas, a previamente débil associação internacional dos trabalhadores se tornou uma poderosa irmandade internacional, que mantem congressos regulares e une milhões de trabalhadores em todas as partes do mundo. O mar de fúria proletária está subindo em ondas gigantescas, e avança cada vez mais ameaçadoramente contra as cidadelas cambaleantes do capitalismo. A grande greve dos mineiros recentemente deflagrada na Grã-Bretanha, na Alemanha, na Bélgica, na América, etc, uma greve que colocou medo nos corações dos exploradores e dos governantes de todo o mundo, é um claro sinal de que a revolução socialista não está distante…


“Nós não adoramos o bezerro de ouro!” Nós não queremos o reino da burguesia e dos opressores! Condenação e morte ao capitalismo e seus horrores da pobreza e derramamento de sangue!

Viva o reino do trabalho, viva o socialismo!


Isso é o que os operários conscientes de todos os países proclamam neste dia.
E confiantes na vitória, serenos e fortes, eles marcham orgulhosamente ao longo da estrada para a terra prometida, rumo ao glorioso socialismo, passo a passo levando a cabo o grande chamado de Karl Marx: “Trabalhadores de todos os países, uni-vos!”

É assim que os trabalhadores nos países livres celebram o primeiro de maio.
Vamos, então, estender nossas mãos a nossos camaradas em todo o mundo e junto com eles proclamar:
Abaixo o capitalismo!
Viva o socialismo!

sábado, 16 de abril de 2011

Não pagamos a vossa crise ! UE/FMI FORA DAQUI !


Em trinta e sete anos é a terceira vez, que os vários governos capitalistas afundam e aproximam o país da Banca Rôta.

O Individamento Externo que na maioria esmagadora das vezes foi feito para servir os interesses económicos da grande burguesia capitalista e financeira, atingiu valores colossais e superiores a 400.000 milhões de euros (sendo a divida pública perto de 175.000 milhões de euros) tornando quase impossível o seu pagamento.


Apesar deste valor volumoso da divida ainda receberem milhares de milhões de euros provindos da UE,(onde o FARTAR VILANAGEM, foi a palavra de ordem diária) o governo é OBRIGADO a recorrer a novo RESGATE, agora à UE/FMI, para pagamento dos juros aos crédores e injectar liquidês financeira na banca privada à beira do colápso e ainda para satisfazer as contas correntes do Estado.


Para que este RESGATE financeiro decorra de acordo com os seus interesses económicos, montaram um circo mediático à volta das decisões da UE/FMI, como se as imposições fossem o resultado do diálogo e da negociação préviamente obtido. É preciso dizer que não há NEGOCIAÇÃO NENHUMA entre a UE/FMI e o Governo, as medidas que vão ser impostas tanto no plano social, como no plano laboral para atender à situação de crise do DÉFICE PÚBLICO e do INDIVIDAMENTO EXTERNO são as medidas que a grande burguesia nacional e internacional vem exigindo ao governo há muito tempo e que este vem satisfazendo.


Para provar isto mesmo basta lêr as declarações do Sr. Strauss-Kahn, Director do Fundo Monetário Internacional (FMI) : "Portugal vai sofrer cortes orçamentais dolorosos e durante muito tempo". Dito de outra forma quer dizer: O governo cumprindo as ordens da UE/FMI e servindo os interesses económicos da classe capitalista dominante, vai impôr medidas de austeridade DOLOROSAS ao proletariado e aos mais pobres da população trabalhadora não assalariada.


Ou seja, eles vão impôr a redução do Estado Providência à sua minima expressão, com cortes financeiros no Sistema de Saúde e obrigar a população a pagar mais pelos serviços de saúde e farmaciéuticos que lhes são prestados; Congelamento das pensões e cortes nos apoios sociais em todas as áreas da Segurança Social; Cortes no apoio financeiro ao Ensino, prevendo-se o despedimento de milhares de professores.


No plano económico do Estado vão impôr a privatização das empresas publicas rentáveis e o encerramento das não rentáveis, como se todas as empresas que o Estado cria, estejam obrigadas a dar lucro, aqui milhares de trabalhadores tem o seu posto de trabalho em risco. Pretendem alargar ainda mais os sectores públicos da Educação e da Saúde ao capital privado e à igreija; Privatizar parte dos fundos da Segurança Social, como há muito o PSD e CDS exigem.


No sector económico privado e de acordo com as medidas que o actual governo tinha já preparado, vão impôr a Flexibilização total da Lei Laboral, transformando esta num farrapo, impondo uma maior precariedade laboral, maior facilidade para despedir e o não pagamento de qualquer soma indemnizatória ao trabalhador e cortes nos direitos económicos e sociais agregados ao trabalho, o aumento da carga horária e da exploração sobre os trabalhadores, com ritmos mais intensivos de trabalho.


A exemplo do que aconteceu no PEC III, as camadas intermédias assalariadas serão novamente fustigadas, além dos novos cortes salariais definitivos que vão sofrer, a UE/FMI/Governo está-se a preparar para lhes roubar também o décimo terçeiro mês e a juntar-se a estes estão também os pensionistas que auferem pensões acima do escalão dos 1500 euros (se não for mais baixo) que sofrerão cortes na sua pensão, que a juntar ao número da inflação de 4% tanto uns como outros verão os seus ordenados e pensões baixar perto de 7,5% vendo assim o seu nível de vida adquerido a aproximar-se da pobreza.


As camadas mais baixas do proletariado e da população trabalhadora não assalariada, que sobrevivem de baixos rendimentos e abaixo do limite de pobreza verão também a sua miséria social aumentar, por um lado pelo congelamento dos salários e pensões, por outro pela diminuição resultante dos aumentos dos impostos e pelo aumento da inflação.


Mas não só, dado que estas medidas são altamente gravosas, DRÁCONIANAS (como afirmam os seus autores) e a ser implementadas nos próximos anos, nós dizemos enquanto o crescimento económico não se verificar e que segundo os economistas do sistema capitalista poderá demorar no minimo uma década, e como vão agravar profundamente a miséria social existente, a burguesia, JÁ EXIGE um governo FORTE e MAIORITÁRIO que abranga os seus três partidos, PS, PSD e CDS, para PODER REPRIMIR o movimento proletário e popular que tente resistir a tal ofensiva reaccionária e colocar os seus interesses económicos em causa.


Covarde e Enganadora

A esquerda do sistema constitucional parlamentar burguês, o B.E. e o PCP e também a CGTP confrontados com esta ofensiva e vendo o campo de manobra para a sua politica reformista, conciliadora e colaboracionista a fugir-lhe debaixo dos pés, dizem-se contra a intervenção da UE/FMI, mas de pronto corrigem as suas posições politicas e recuam, (como é hábito na sua lógica utópica e demagógica de procurar suavizar os sacrificios impostos pela burguesia e pelo capitalismo) propondo a RENEGOCIAÇÃO ou REESTRUTURAÇÃO da DIVIDA, que a ser renegociada ou reestruturada só o será por um governo burguês capitalista, que não terá os interesses e sacrifícios populares em conta, mas sim e apenas como é lógico, os interesses da burguesia capitalista e financeira, daí esta proposta para os interesses dos trabalhadores, não ter interesse nenhum.


Esta atitude COVARDE e ENGANADORA que nem sequer tem em conta o VALOROSO exemplo que veio do povo Islandês, que se nega a pagar as dividas contraídas pela sua burguesia, PROVA mais uma vez até que ponto estes partidos estão dispostos a sacrificar os interesses dos trabalhadores e a quebrar a sua resistência à ofensiva capitalista, em prol de contra-partidas menos dolorosas e que não coloquem em causa a existência da aristocracia operária e a pequena e média burguesia capitalista que defendem.


A CGTP que pela voz de C. da Silva já antes tinha chamado a atenção para o "perigosissimo conflito social que estas medidas podiam incorporar", quando antes devia de ter chamado os trabalhadores à luta mais intrasigente contra a ofensiva capitalista da UE/FMI/Governo, vêm agora também propôr que se lute por "mobilizar as pessoas para a resolução dos problemas do interesse nacional" como se o interesse nacional, fosse o interesse das várias classes que compõem a sociedade.

Ao tomar esta atitude de colaboração com a dita "defesa dos interesses nacionas" a CGTP está-se a colocar ao lado dos interesses imediatos da burguesia capitalista nacional e internacional e a procurar sujeitar o proletariado e as camadas mais pobres da população, a arcar com as responsabilidades do Estado de Banca Rôta em que a burguesia colocou o país e a vida dos trabalhadores e ao mesmo tempo a dar sinais de que não se vai opôr a tal ofensiva e a ter o mesmo papel que determinou a aplicação dos PECs anteriores.


É necessário mobilizar e chamar as pessoas sim, mas é para novas Greves Gerais e novas manifestações mais combativas e que ultrapassem o número de presenças das de 12 de Março e de 1 de Abril, assim apelamos a todos os trabalhadores, à juventude e a todas as Gerações à Rasca, para que em 25 de Abril e no 1ºde Maio, encham as ruas e praças de todas as cidades de Portugal e gritem bem alto, NÃO PAGAMOS A VOSSA CRISE ! UE/FMI FORA DAQUI !

domingo, 10 de abril de 2011

Carvalho da Silva no seu melhor !


Depois de várias governações com politicas reaccionárias e em particular os últimos seis anos, onde cumpriu e praticou as ordens imanadas pela grande burguesia financeira nacional e europeia, dirigindo contra os trabalhadores uma poderosa ofensiva capitalista, destruindo práticamente todos os seus direitos económicos e sociais, C. da Silva ainda acha que o PS é um partido de esquerda e desafiou-o a juntar-se às conversações entre o PCP e o BE, para que haja um "amplo entendimento de governação à esquerda" (veja-se só, À ESQUERDA).


Ou seja, o que C.da Silva propõe é de facto, um AMPLO ACORDO SOCIAL que permita à burguesia capitalista portuguesa e à UE/FMI aplicar as medidas de austeridade com o minimo de conflitualidade social (como aliás aconteceu nos PECs anteriores) que evite o tal "perigosissimo conflito social" (de que tem medo) e que pode resultar de tais medidas anti-sociais.

Será que esta opinião, é apenas de C.da Silva ou este, é, apenas, o porta voz,de um movimento muito mais vasto e que por diversas vezes já se manifestou disposto a "sacrificar-se" (a sacrificar os trabalhadores) em nome do "ALTO SENTIDO PATRIÓTICO" que tão caro é ao BE e ao PCP?


Esperamos que os trabalhadores REFLITAM e ANALISEM CONVINIENTEMENTE a dita opinião de C.da SILVA e se preparem para a luta, porque o desejo "deste" dirigente sindical é continuar a CLAUDICAR perante a continuição, mas agora mais grave da ofensiva capitalista sobre os trabalhadores a levar à prática pelo Governo P"S"/UE/FMI, com o apoio do P"SD" E C"D"S.


segunda-feira, 4 de abril de 2011

Resposta massiva e dinâmica do P.C.Grego-KKE, contra a guerra imperialista na Líbia !


"Estas acções do Partido Comunista Grego, e da PAME (Central Sindical Grega) de incorporar no movimento de luta do proletariado Grego, contra a burguesia, o capitalismo e o imperialismo, em solidariedade internacionalista militante, contra a intervenção militar imperialista na Libia, deve de servir como exemplo para todos os comunistas, revolucionários e sindicalistas portugueses, que não vão além de simples MOÇÕES e ínclusivamente não condenam enérgicamente o apoio que o grupo parlamentar europeu do BE deu no Parlamento Europeu a tal intervenção militar imperialista. -A Chispa !"


No domingo à tarde, 20 de Março de 2011, o KKE realizou manifestações de massas e protestos com placards, em Atenas e dezenas de cidades gregas, contra a intervenção imperialista na Líbia e o envolvimento do governo grego nos planos imperialistas, através da concessão de bases militares, barcos de guerra e aviões.


A resposta do KKE foi imediata, precisamente no momento em que começaram as operações de guerra dos imperialistas. O comunicado de imprensa do CC de 19 de Março realçava: «O KKE denuncia a intervenção militar na Líbia, desencadeada pelo imperialismo internacional, com a participação da Grécia e encabeçada pelos imperialistas da UE, os carniceiros da França e Grã-Bretanha, com o apoio dos EUA.


Isto é a EU da “democracia e liberdade”; isto é o “mundo livre”!

O pretexto dos imperialistas – e, também de G. Papandreou – que proclamam que o seu interesse é “humanitário” é uma vergonhosa hipocrisia, pois, abertamente ou em segredo, cooperam e negoceiam com os governos autoritários e antipopulares em África, Médio Oriente e em qualquer outro lugar. Não têm legitimação.


O seu interesse tem a ver com o petróleo e o gás natural da Líbia e não com o seu povo, o qual querem explorar pondo-se ao lado da oposição, enquanto, até uns dias atrás, todos apoiaram Kadhafi – incluindo G. Papandreou.


O povo da Líbia é o único que tem a responsabilidade de encontrar a solução para os imensos problemas que enfrentam. Não precisa de lobos para o proteger.


O povo grego deve ser solidário com o povo da Líbia. Aqueles que atacam a Líbia são aqueles que puseram o peso da crise nas costas dos trabalhadores, aqueles que exploraram o povo com os memorandos, as privatizações, a abolição dos acordos coletivos de trabalho, os salários de fome.


As bases americanas e da NATO em Suda e Aktio devem ser imediatamente encerradas. Os aviões e barcos militares gregos devem retirar imediatamente da Líbia.»


Realizou-se uma manifestação até à embaixada americana e escritórios da UE na tarde de domingo (20/3), o KKE realizou uma grande manifestação junto ao Parlamento grego, na praça central da capital grega.


Thanassis Paphilis, membro do CC do KKE, porta-voz parlamentar e Secretário-geral do Conselho Mundial da Paz falou na concentração e realçou: “O povo grego e os povos da região e de todo o planeta não devem ser e já não são ingénuos. Estão conscientes e têm muita experiência. O petróleo e o gás natural, o controlo dos recursos naturais, os lucros da plutocracia e dos monopólios foram e são as causas para a intervenção imperialista”. E mais à frente sublinhou que “Os assassinos que atacam hoje a Líbia são os mesmos que estão a eliminar os direitos dos trabalhadores nesses países, fazendo-os carregar o fardo da crise capitalista. São os mesmos que conduzem os jovens ao desemprego, que aniquilam os acordos coletivos de trabalho, que condenam os produtores da riqueza, isto é, os trabalhadores, a salários de fome e os convidam a trabalhar até à morte. São os mesmos que asseguram lucros fabulosos aos monopólios e grupos empresariais.”


A manifestação deslocou-se para os escritórios da delegação da UE e para a embaixada americana. A primeira paragem foi nos escritórios da União Europeia, em cuja porta foi colocado o comunicado de imprensa do CC do KKE. O mesmo aconteceu nas embaixadas francesa e britânica.


Aleka Papariga, Secretária Geral do CC do KKE, que participou na concentração do partido, fez a seguinte comunicação aos média: “Jugoslávia, Iraque, Afeganistão e agora a Líbia – pela quarta vez, a Grécia, com a responsabilidade do governo grego, participa num grave crime. No crime de uma injusta e suja guerra imperialista, em troca da participação numa parte dos recursos petrolíferos, daí resultando a intensificação da crise e novos sofrimentos para todos os povos da região.”


A Secretária Geral do CC do KKE, numa carta ao presidente do parlamento grego, exigiu a imediata convocação de uma sessão plenária do parlamento grego e um debate, ao nível dos líderes dos partidos, sobre o envolvimento da Grécia na intervenção imperialista na Líbia.


Deve realçar-se que, no domingo, se realizou uma manifestação (com uma grande adesão) junto à base americana de Suda (Creta), convocada pelo Comité Grego para a Paz e Cooperação, a Frente Militante de Todos os Trabalhadores (PAME) e outras organizações anti-imperialistas. Delegações de organizações anti-imperialistas de 11 países dos Balcãs e do Médio Oriente participaram na manifestação. Os manifestantes exigiram a imediata cessação da intervenção imperialista e o encerramento da base americana.


Foi publicada a extensa resolução do CC do KKE, em que se analisam os desenvolvimentos em toda a região. Na introdução, entre outras questões, destacam-se os seguintes pontos: «Na nossa região (Balcãs, Mediterrâneo Oriental, Médio Oriente, Norte de África, Cáucaso) desenrolam-se sérios e perigosos desenvolvimentos, que se caraterizam pela intensificação das contradições entre os poderes imperialistas e pela competição entre as classes burguesas, numa região que possui ricos recursos de energia e constitui uma “rota de transporte” de matérias primas da Ásia central, do Cáspio e do Médio Oriente para o Ocidente e para as potências emergentes da Ásia (China, Índia, etc.). Os mais poderosos monopólios, uniões imperialistas e poderes imperialistas emergentes enredaram-se numa rede de contradições e luta.


No quadro do sistema imperialista, as classes burguesas da região procuram alianças de “interesses” e movimentam-se em alianças e compromissos, de forma a beneficiarem da luta pelas riquezas naturais e pela partilha de mercados. Estas “alianças” internacionais, formadas pelos poderes imperialistas e grupos monopolistas, têm em conta a posição geopolítica de cada país, a sua posição na pirâmide imperialista e, também, a dinâmica da sua força (económica, militar, política). […] Muitas vezes, a luta que se desenvolve vai além de um quadro político e diplomático “pacífico” e tem continuidade com guerras económicas e de espionagem – e, mesmo, com meios militares – provando que “a guerra é a continuação da política por outros meios (especificamente violentos)”.


As rivalidades e a cooperação entre os capitalistas são como os dois polos opostos de um “íman”. Nesta luta utilizam-se a ONU e a NATO, as forças policiais e militares da UE, as bases militares, as grandes frotas navais, usando variados pretextos, como a “luta contra o terrorismo” e a “defesa de minorias”, os fluxos de imigração causados pelas guerras e intervenções imperialistas, ou a miséria e a pobreza engendradas pelo capitalismo, etc.».


A resolução do CC do KKE realça ainda, que é necessário fortalecer a luta anti-imperialista na região, em conjugação com a luta pelo derrube do capitalismo.